segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

IPT conclui laudo sobre acidente em obra do Rodoanel

Do G1, em São Paulo
Queda de vigas ocorreu em novembro e deixou três feridos.
Governo e IPT não falam sobre resultado do laudo.
O laudo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) de São Paulo sobre o acidente no trecho sul da obra do Rodoanel Mário Covas já está pronto e foi entregue à Secretaria Estadual de Transportes na semana passada, segundo informou a secretaria.
A assessoria de imprensa da secretaria disse, nesta segunda-feira (28), que está analisando o laudo e, por enquanto, não vai se pronunciar. Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa do IPT confirmou a entrega do laudo e afirmou que não poderia falar sobre o documento, pois o sigilo está previsto em contrato com o governo do estado.
Na noite do dia 13 de novembro deste ano, três vigas de um viaduto em construção do Rodoanel caíram sobre a Rodovia Régis Bittencourt, em Embu, na Grande São Paulo, deixando três pessoas feridas. O viaduto tem 680 metros. Cada viga tinha 45 metros de comprimento e pesava 85 toneladas. Elas despencaram de uma altura de 20 metros, atingindo dois carros e um caminhão.
O Ministério Público de São Paulo instaurou um inquérito civil para apurar as causas do acidente. De acordo com a Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social, a investigação também deverá apurar se houve ato de improbidade administrativa por parte de agentes públicos estaduais.

Pedágio tem recorde de arrecadação no Estado

Folha de S. Paulo 24/12/2009
A arrecadação de pedágios na malha rodoviária paulista vai atingir um nível recorde de R$ 4,55 bilhões em 2009, revelam dados da Artesp (Agência de Transportes do Estado de São Paulo). O valor é 17,3% superior ao de 2008.
Duas razões impulsionaram a transferência de recursos dos usuários para as concessionárias neste ano: a correção pelo IGP-M dos 12 contratos antigos e a abertura de 21 novas praças de pedágio.
Em 2008, o governo Serra retomou o programa de concessões rodoviárias e promoveu a licitação do Rodoanel Oeste e dos cinco lotes de corredores (Ayrton Senna/Carvalho Pinto, Marechal Rondon Oeste e Leste, D. Pedro 1º e Raposo Tavares). Essas seis concessões irão operar 38 praças: 21 novas, 12 herdadas das estatais Dersa e DER e cinco que ainda entrarão em operação no início de 2010.

Operário de 22 anos morre esmagado obra do Rodoanel, em SP.Leia mais

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Procuradoria pede investigação de suposto conluio da Camargo para fraudar licitações

Folha Online
O Ministério Público Federal em São Paulo encaminhou representações para unidades do órgão em oito Estados e no Distrito Federal pedindo a abertura de novas investigações para apurar indícios de conluio da construtora Camargo Corrêa e outras empresas para fraudar licitações e superfaturar 14 obras espalhadas pelo país.
Procurada pela reportagem, a construtora ainda não se manifestou sobre o pedido do Ministério Público.
Segundo a Procuradoria, os pedidos de investigação foram enviados com laudos de elaborados pelo INC (Instituto Nacional de Criminalística) durante as investigações da Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal --que apura supostos crimes cometidos por diretores da Camargo Correa e doações feitas a partidos.
Os pedidos de investigação foram encaminhados para o Ministério Público Federal no Paraná, Pernambuco, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão e Rio de Janeiro, além do Distrito Federal.
Na semana passada, o Ministério Público Federal em São Paulo já havia encaminhado 18 representações pedindo a abertura de investigações sobre 14 obras da Camargo Corrêa. Entre as obras estão as da linha 4 do Metrô de São Paulo e o Rodoanel.
A Procuradoria pediu ainda que fosse investigada a planilha encontrada pela PF. O documento, encontrado na casa de Pietro Francesco Giavina Bianchi, diretor da Camargo Corrêa, revelaria pagamentos feitos pela construtora a mais de 200 políticos.
Em nota, a Procuradoria informa que há suspeita de improbidade administrativa e irregularidades eleitorais. No entanto, o Ministério Público Federal não é competente para investigar o caso pois os suspeitos são da esfera estadual ou gozam de foro privilegiado.

Irresponsabilidade e falta de transparência!!!

17/12/2009 - 09:17 Folha de S.Paulo
Após 1 mês, governo desconhece causas de acidente nas obras do Rodoanel
Mais de um mês depois do acidente que deixou três pessoas feridas, a Dersa diz não saber informar o que provocou a queda das três vigas nas obras do trecho sul do Rodoanel, em Embu (Grande SP). A queda ocorreu em 13 de novembro.
Logo após o acidente, que interrompeu a rodovia Régis Bittencourt no sentido São Paulo por horas, o governo José Serra (PSDB) estimava um prazo de 15 dias para apresentar um diagnóstico sobre o ocorrido. Na tarde ontem (16), o departamento disse não ter um prazo e "aguarda o laudo do IPT".
O IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) informou, por sua vez, que deve concluir a investigação até o final do ano: 31 de dezembro. O órgão diz não descartar a possibilidade de conclusão antes disso, mas, de qualquer forma, o documento será entregue à Dersa e, por isso, não fará comentários.
Somente depois desse laudo a Dersa deve retomar as obras no local do acidente. Até poderia tê-las reiniciado, segundo o órgão, já que a área não está preservada pela perícia, mas o departamento vai esperar "por questões psicológicas".
Para o governo, há grandes chances de o acidente ter ocorrido por uma "barbeiragem" da empreiteira responsável pela colocação das vigas --o consórcio Rodoanel Sul-5 Engenharia Ltda. tem como sócias as empreiteiras OAS, Mendes Jr. e Carioca Engenharia.
Cada viga pesa mais de 80 toneladas. Dois carros e um caminhão foram esmagados. Na avaliação do governo, foi "um milagre" não ter havido mortes diante do estrago dos veículos.
Procurada, a Secretaria Estadual da Segurança Pública informou que IC (Instituto de Criminalística) ainda não concluiu seu laudo. Diz que não há um prazo definido para conclusão e o documento será entregue ao delegado responsável pela investigação.
A Secretaria dos Transportes e a Dersa informaram que não há previsão de relatórios preliminares do IPT. O governo também informou que a previsão de entrega desse trecho, março de 2010, está mantido.
Investigação
Na segunda posterior ao acidente, dia 16, o Ministério Público Federal deu prazo de dez dias para que a Dersa repasse todos os documentos da apuração interna do acidente.
Ontem, o MPF informou que o procurador responsável pelo pedido, José Roberto Pimenta Oliveira, está em férias e que só deverá haver novidades "provavelmente no ano que vem".
A Dersa informou que já entregou toda a documentação solicitada.

Governo muda projeto do Rodoanel e trecho norte vai cortar São Paulo

Folha de S. Paulo 17/12/2009
O governo de São Paulo decidiu construir o trecho norte do Rodoanel dentro da capital e enterrou a possibilidade de implantar o anel viário, com cerca de 50 km, na região da serra da Cantareira (zona norte de SP), como previa o projeto original, de seis anos atrás. O Rodoanel vai cortar áreas com alta ocupação urbana. A estrada vai ligar o trecho oeste, a partir de um entroncamento com a avenida Raimundo Pereira de Magalhães, até a via Dutra, na região de Guarulhos (Grande SP).
Está previsto ainda um novo acesso ao aeroporto internacional de Guarulhos, o que deve diluir o tráfego da via que liga a rodovia Ayrton Senna aos terminais. O projeto do trecho norte é o último do Rodoanel --o oeste foi o primeiro a ser concluído, em 2002; o sul, que envolverá o sistema Anchieta-Imigrantes, deve ser entregue em março de 2010; e o leste está em fase de licenciamento ambiental. O trecho norte não está orçado, mas os 43,5 km do leste são estimados em R$ 5 bilhões. A decisão final ocorreu depois de uma série de estudos contratados em abril pela Dersa para verificar qual traçado seria mais viável. A ideia original foi rechaçada tanto pela Sabesp, preocupada com o abastecimento de água, quanto pela Secretaria do Meio Ambiente, que não aceitava licenciar a obra.
A Dersa pretende receber o projeto básico 12 meses após a assinatura do contrato e licitar a obra em 2011. De acordo com a licitação, boa parte do trecho norte será construída através de túneis e viadutos --serão cerca de 155 mil m2 dessas obras. A empresa que vencer a concorrência terá de mapear uma área de 70 mil m2 de favelas, para verificar quantos barracos serão removidos. O projeto também vai contemplar a instalação de praças de pedágio no Rodoanel.

Uma ótima notícia!!!

SP: Rodoanel não passará mais pela Serra da Cantareira
O governo de São Paulo desistiu de construir o Rodoanel no trecho de mananciais da serra da Cantareira, como havia estabelecido o projeto original, elaborado há seis anos. O trecho norte do anel viário - último a ser construído - agora será implantado dentro da capital. O trecho oeste foi concluído em 2002, o sul deve ser entregue em março de 2010 e o leste está em fase de licenciamento ambiental. A informação é da Folha de S.Paulo.
A mudança no projeto se deu devido a estudos encomendados pela Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa) em abril, para confirmar qual seria o trajeto mais viável. A empresa que vencer a licitação para este trecho do Rodoanel deverá mapear 70 mil m² de favelas para verificar as desocupações que serão necessárias e calcular as interferências ambientais previstas.
Redação Terra

domingo, 13 de dezembro de 2009

Convite de Audiência Pública Temática: Impactos Socioambientais do Rodoanel (16/12 às 19 hs.)

Castelo de Areia atinge Arruda e secretário de Kassab.Leia mais

Revista Época
Outro que aparece nas investigações é deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP), famoso por ser um dos réus no processo do mensalão do PT. Ele teria recebido R$ 60 mil para atuar em favor da empreiteira nas obras do Rodoanel, um anel viário que está sendo construído na cidade de São Paulo pelo governo do Estado...

OPERAÇÃO CASTELO DE AREIA/RODOANEL.Leia mais

MPF pede investigação sobre obras do Metrô de SP e do Rodoanel
Da Redação - 07/12/2009 - 16h04 Última Instância
O MPF (Ministério Público Federal) em São Paulo encaminhou representações pedindo abertura de inquéritos para apurar o suposto pagamento de propina em 14 obras executadas pela construtora Camargo Corrêa, dentre elas a Linha 4 do Metrô de São Paulo e o Rodoanel. Além das investigações sobre as obras da empreiteira, também foi enviada à PGR (Procuradoria Geral da República) uma planilha em que aparecem nomes de parlamentares ao lado de valores em dólares e reais, que teriam sido pagos entre 1995 e 1998.
Rodoanel – São Paulo (com suposto envolvimento de deputado federal do PR e Diretor de Engenharia do Dersa);...

EIA RIMA do Trecho Sul do Rodoanel não diz nada a respeito de área contaminda na AV. Papa João XXIII em Mauá

Fato já era de conhecimento da Cetesb desde Setembro de 1995
da Folha de S. Paulo - 24/08/2001
A área onde foi erguido um conjunto habitacional em Mauá, no ABC paulista, não é a única na cidade que recebia, clandestinamente, resíduos industriais.
Há, pelo menos, outros dois locais onde empresas depositavam sobras de produção, como areia de fundição, utilizada para fazer moldes de peças que serão fundidas. Depois de utilizada, a areia é jogada fora.
A Cetesb tinha conhecimento desses fatos pelo menos desde 1º de setembro de 1995. Na ocasião, o vereador de Mauá Francisco de Carvalho Filho (PPS) protocolou na Secretaria de Estado do Meio Ambiente uma denúncia e um requerimento de informações.
Na denúncia, Carvalho apresenta fotos de caminhões da Edem S/A Fundição de Aços Especiais, que funciona no município, jogando sobras de produção em terrenos de Mauá.
Uma das áreas escolhidas como depósito fica na avenida José Ricardo Nalle, Vila das Mercedes, e faz fundos com a EE Professor Antonio Messias Szimanski.
Outro local onde foram depositados resíduos industriais fica na avenida Papa João XXIII, bairro de Sertãozinho.
A Edem informou que há cerca de dois anos deixou de trabalhar com fundição e passou a se dedicar a depósito de modelos de madeira. No entanto, Luiz Carlos Mondoni, funcionário da empresa escalado para falar sobre o assunto, confirmou que a Edem jogava areia nos locais indicados pelo vereador. Ele disse que o produto não era tóxico.
A professora Mary Rosa Santiago Silva, especialista em química da Unesp de Araraquara, afirmou que areia de fundição, em geral, é tóxica. "O elemento mais preocupante é o fenol, que pode causar males à saúde."
A assessoria de imprensa da Cetesb informou que a empresa não tinha conhecimento da denúncia do vereador. No entanto, segundo a assessoria, em 6 de maio de 1994 a estatal recebeu uma denúncia semelhante contra a Edem. A empresa foi autuada no mesmo dia pela Cetesb e foi obrigada a retirar o material depositado clandestinamente.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Você acredita?


Foto tirada em 24 de Setembro de 2009 Trecho Sul próximo a Mauá
Dersa: Impactos ambientais do Rodoanel em Mauá serão leves
Aline Bosio Natália Fernandjes Repórter Diário - 03/12/2009
Em Mauá, a maior parte da via está sendo construída na avenida Papa João XXIII, área já urbanizada
Responsável pelo Rodoanel, a Dersa afirma que Mauá não sofrerá grandesimpactos ambientais com a chegada do anel viário na cidade. Ao contrário do que acontece com a vizinha São Bernardo, onde o traçado passa no meio da Mata Atlântica, a maior parte da via em Mauá será construída na região onde atualmente é a avenida Papa João XXIII.
"Fizemos um levantamento e a maior parte do traçado do Rodoanel em Mauá será feito sobre uma via já existente, em uma área já urbanizada", explica o gerente de Gestão Ambiental da Dersa, Marcelo Arreguy Barbosa. "Como a maior parte do trecho é urbanizado, os danos ao meio ambiente serão mínimos", destaca.
Mesmo assim, para que as obras fossem iniciadas, algumas árvores nativas tiveram de ser cortadas. Como parte das ações de compensação ambiental, a empresa fará o plantio compensatório. Ao todo, uma faixa de cinco hectares de extensão, localizada na área remanescente da alça de acesso para a Papa João XXIII, receberão novas árvores.
"Estamos negociando com a prefeitura local a instalação de um viveiro, que já era previsto no edital. Estamos apenas definindo o local onde ele será instalado, uma vez que a administração pediu um viveiro um pouco maior do que prevíamos", diz o gerente ambiental.
Este espaço será responsável pelo plantio e desenvolvimento de espécies nativas, que posteriormente poderão ser utilizadas pela prefeitura para a urbanização da cidade, colocação na beira de córregos ou como mata ciliar. Ao longo de todo o Rodoanel, mais de 600 viveiros serão criados.
A construção do Trecho Sul, que terá com 57 km de extensão, foi iniciada no dia 19 de setembro de 2006 e representa investimentos da ordem de R$ 4 bilhões. Deste total, um oitavo, ou seja, R$ 500 milhões, está sendo despendido com o cumprimento das exigências ambientais.
Seu traçado inicia no trevo da rodovia Régis Bittencourt – no entroncamento com o trecho Oeste - interligando as rodovias Anchieta e Imigrantes, além do prolongamento da avenida Papa João XXIII. Com a conclusão do Trecho Sul, mais o Trecho Oeste, estima-se uma redução de cerca de 43% no movimento de caminhões na Marginal do Rio Pinheiros e de 37% na avenida dos Bandeirantes.
As medidas de prevenção, mitigação e compensação de impactos ambientais propostas para o Trecho Sul foram reunidas em Programas Ambientais, de maneira a permitir a sua implementação e gestão ao longo das várias etapas de planejamento, como pré-construção, construção e operação do empreendimento.
"Temos projetos de monitoramento da fauna e da flora durante as obras.Além disso, estamos elaborando um projeto, em parceria com a Emplasa, a Fundação Seade e o Instituto Florestal para acompanhar o que acontecerá na área após a conclusão das obras", explica. O trabalho, que também avaliará um possível aumento da mancha urbana ao redor da via, deverá durar cerca de 20 anos.

Mais depoimentos recebidos em nosso blog, é triste ver tanto dinheiro público aplicado em uma obra como esta!

Meus pais moravam no Santa Julia,foram tirados com a promessa do dinheiro rápido, mas se passaram 2 anos morando de aluguel e nada do dinheiro da desapropriação sair,estou indignado.
Alison Rogerio de Itapecerica da Serra.

Obra da Jacu-Pêssego no Jardim Oratório que pertence ao Rodoanel passará por cima das pessoas desapropriadas.

É a pura verdade o que está acontecendo com as desapropriações do Rodoanel.
O Dersa não está nem aí com o ser humano, está somente preocupado em entregar a obra.
Pessoas estão sendo obrigadas a deixar as suas casas por um valor que mal dá para comprar outra.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Lavagem de Dinheiro e Corrupção

Executivos da Camargo Corrêa são denunciados por lavagem de dinheiro e corrupção
LILIAN CHRISTOFOLETTI FLÁVIO FERREIRA da Folha de S.Paulo - 01/12/2009
O Ministério Público Federal em São Paulo ofereceu uma nova denúncia (acusação formal) contra três executivos da construtora Camargo Corrêa, que foi investigada durante a Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal. Desta vez, os diretores foram acusados pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção em obras públicas.
A denúncia foi protocolada na Justiça Federal de São Paulo, na última sexta-feira, às 18h45, pela procuradora da República Karen Louise Jeanette Kahn, do Ministério Público.
No documento, a Procuradoria apontou fraude e sobrepreço em duas licitações públicas, uma iniciada pela Transpetro, empresa estatal subsidiária da Petrobras, para a construção de 23 navios, e outra, do governo do Pará, para a construção de cinco hospitais.
Kahn apontou irregularidades também no processo de aprovação da lei de mudança de zoneamento do município de Caieiras (35 km de São Paulo), que supostamente teve o objetivo de beneficiar o lançamento de um grande empreendimento da Camargo Corrêa.
Foram denunciados os diretores da construtora Pietro Francesco Giavina Bianchi, Dárcio Brunato e Fernando Dias Gomes, e o consultor financeiro suíço Kurt Paul Pickel, apontado pela PF como o doleiro "operador" do esquema de lavagem de dinheiro.
Os valores e os detalhes de cada irregularidade apontada pelo Ministério Público Federal são mantidos em sigilo.
Apesar de as duas licitações não terem ocorrido no Estado de São Paulo, a Procuradoria entendeu que os desvios de dinheiro foram planejados e executados pela direção da construtora em território paulista.
Para se tornar um processo penal, a denúncia ainda precisa ser aceita pelo juiz federal da 6ª Vara Criminal de São Paulo, Fausto Martin De Sanctis.
Apresentação da nova acusação foi a providência inicial do Ministério Público Federal após a segunda fase de investigações da Castelo de Areia.
Primeira fase
A primeira etapa das apurações já deu origem a dois processos criminais. Em um deles, os três executivos e o consultor financeiro suíço também foram denunciados pelos crimes de fraude contra o sistema financeiro, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e formação de
quadrilha. Segundo essa acusação, os suspeitos foram responsáveis pela movimentação ilegal de US$ 30 milhões. Essa denúncia foi aceita pela Justiça Federal em junho, dando início ao processo penal.
A Castelo de Areia também levou à abertura de uma ação criminal na Justiça Federal da Bahia. Nessa causa são réus Bianchi, outro diretor da Camargo Corrêa, dois executivos da empresa Andrade Gutierrez e três da companhia Impregilo, sob a acusação de formação de cartel, quadrilha e fraude na licitação para o metrô de Salvador.
Política
Na última sexta-feira, a procuradora também entregou à Justiça um novo relatório preparado pela PF sobre a Castelo de Areia. O documento traz um aprofundamento das apurações sobre supostas contribuições ilegais a políticos.
No relatório, a polícia citou 208 obras e contratos da Camargo Corrêa entre 1995 e 1998 e apontou suposto esquema de pagamento mensal a parlamentares e a administradores públicos, além de doações "por fora" para partidos --PMDB, PFL (DEM), PSDB, PPB (PP) e PTB-- e até secretários da cidade e do Estado de São Paulo.
Essa investigação não consta da denúncia apresentada sexta-feira pela Procuradoria.
A construção do trecho sul do Rodoanel Mário Covas é uma das obras que passaram a ser investigadas na segunda fase da operação da PF.
Segundo autoridades que já tiveram acesso ao relatório, que tem mais de 300 páginas, políticos de partidos da base aliada e de oposição ao governo federal são citados no documento.
Outro lado
Celso Vilardi, advogado da Camargo Corrêa, e Alberto Toron, defensor do suíço Kurt Paul Pickel, afirmaram ontem que desconheciam a existência de uma nova denúncia contra seus clientes.
Vilardi reclamou do vazamento de informações para a imprensa. "Os advogados não foram informados de nada. Só espero que o Judiciário apure tudo isso. Afinal, é a segunda vez, numa mesma semana, que a defesa toma conhecimento de fatos de um processo, que corre em sigilo, pela imprensa", disse.
Toron afirmou que só vai se manifestar após tomar conhecimento do teor da nova denúncia.
A assessoria da Transpetro informou ontem que desconhece qualquer investigação movida pelo Ministério Público Federal contra a estatal. Informou ainda que a Procuradoria da República não solicitou nenhum documento sobre a licitação.
De acordo com a estatal, as construtoras Camargo Corrêa e Queiroz Galvão e a empresa PJMR Empreendimentos são sócias no estaleiro Atlântico Sul, localizado em Pernambuco, que ganhou a licitação para construir os navios.

Rodoanel:Presente de Grego!!!

Por onde ele passa; devastação ambiental, desapropriações, especulação imobiliária, impactos ambientais futuros imensuráveis; este é o presente de grego que o governo de São Paulo está dando aos seus cidadãos, tudo em prol do esquema dos bancos, construtoras e concessionárias de rodovias que financiam os partidos políticos.
Anel viário fomenta mercado de imóveis por Aline Bosio Repórter Diário - 03/12/2009
Mesmo antes do início das obras do Rodoanel começarem, em meados de 2002, os terrenos em cidades próximas de seu traçado começaram a ser procuradas por empreendedores. Seja com a finalidade de construir moradias ou empresas, a cada dia que passa o metro quadrado em cidades como Mauá e Diadema se valorizam mais.
Um exemplo é no bairro do Sertãozinho, em Mauá, conhecido por abrigar empresas de diversos setores. "Antes de haver especulações sobre a chegada do Rodoanel na cidade o metro quadrado de um terreno no Sertãozinho custava R$ 40. Hoje ele já está em R$ 500", afirma o coordenador de Relações Institucionais da Agência de Desenvolvimento
Econômico do ABC, Luiz Augusto de Almeida, também diretor administrativo da Aciam (Associação Comercial e Empresarial de Mauá).
A procura por salas comerciais e pontos comercias tem crescido para locação, principalmente no centro da cidade. Segundo Almeida, atualmente há pelo menos dois prédios comerciais sendo construídos em Mauá, ambos com todas as salas já vendidas. Atualmente a cidade conta com quatro prédios comerciais. Há cinco anos não havia nenhum. "Nunca vi uma movimentação tão grande assim na cidade", comemora. A corrida
por imóveis residenciais também cresceu. Uma das barreiras, entretanto, é a falta de terrenos disponíveis. A solução encontrada pelos empreendedores é adquirir imóveis antigos para, no lugar, construir prédios.
Para a diretora da regional Santo André do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), RosanaCarnevalli, atualmente Mauá está sofrendo com a falta de imóveis residenciais com valor médio de R$ 80 mil a R$ 100 mil. "Quem tiver uma casa neste valor disponível e colocar à venda, não terá problema para vende-la", explica. "As famílias que tiveram seus imóveis desapropriados para a construção do Rodoanel são umas das que estão procurando casas", conta.
Assim como os terrenos, o metro quadrado dos imóveis prontos tende a crescer cada vez mais. Segundo Rosana, atualmente ele custa, em média, R$ 2 mil reais. Após a finalização das obras do trecho sul este valor deve dar um salto de até 30%.
Mesmo não recebendo o anel viário, a proximidade de Diadema com a via também irá afetar o setor imobiliário da cidade. "Há algum tempo já percebemos um aumento no número de empresas procurando terrenos, galpões e salas comerciais na cidade. O mesmo tem acontecido com os imóveis residenciais", conta o secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano, Márcio Luiz Vale, que acredita na verticalização do município. "Nossa cidade não tem muito terrenos disponíveis. O que temos são espaços subutilizados e que já estão começando a passar por uma transformação", completa

Desapropriações do Rodoanel causam transtornos em Itapecerica da Serra













José Victorio Bondezan diz que sua casa foi desapropriada e foi retirado dela por policiais
O trecho Sul do Rodoanel Mário Covas, que deveria trazer solução para o trânsito tornou-se um problema para quem reside próximo à obra. As desapropriações feitas na região estão deixando os moradores atingidos revoltados com a situação.
O ajudante geral José Victorio Bondezan denuncia que “quando o prazo de despejo se concretizou, policiais pararam na frente de casa, com cassetetes e revólveres e colocaram a minha família para fora, a força”. Essa foi à experiência que José Victorio precisou passar por ter a casa desapropriada devido às obras do rodoanel antes mesmo de ser indenizado pela desapropriação.
Quando ficou decidido definitivamente onde o trecho passaria os responsáveis pela obra procuraram José Victorio para definirem quando a casa teria que ser abandonada pelos moradores. José Victorio afirma que foi informado com antecedência de dois anos, mas não deixou a casa antes porque estava aguardando pelo menos um pouco do dinheiro da indenização.
O ajudante geral conta que após o despejo foi morar de aluguel no bairro do Valo Velho / SP com o seu próprio dinheiro. “Aguardei no mínimo seis meses para ser ressarcido, enquanto isso permaneci morando de aluguel e muitas vezes não tínhamos condições de uma comida um pouco mais completa, pois o dinheiro que gastaríamos na alimentação estávamos utilizando para o pagamento do aluguel”.
José Victorio e suas irmãs têm por direito cinco casas e mais um galpão de 300 m² que ganhou de herança de seu pai que faleceu há alguns anos atrás. Ele conta que na antiga casa além de viver com sua mulher e filha ele tinha que dividir o terreno também com a sua mãe e com as suas irmãs. Para ele por um lado comprar uma nova casa em outro lugar foi bom por que assim evita pelo menos um pouco as brigas e rixas que existiam entre a sua mãe e irmãs em relação a sua mulher.
A Dersa que é responsável pelo pagamento da indenização das famílias que tiveram suas casas desapropriadas devido à obra pagou o morador José Victorio. Mas esse pagamento não foi integral garante o ajudante geral José Victorio: “As cinco casas deveriam ser indenizadas, mas somente duas foram. Quando as outras três casas começaram a trincar, eles mandaram ajudantes da obra para reformá-las, mas elas novamente tiveram o mesmo problema”.
Com o dinheiro das duas casas ele conseguiu construir uma boa casa e hoje em dia possui até um carro próprio. “Se não fosse os transtornos e as outras três casas não indenizadas com certeza estaria muito feliz” garante o ajudante geral.
O contato com a Dersa é freqüente segundo José Victorio, mas a procura pelos responsáveis não está resolvendo nada, foi por este motivo que o morador decidiu entrar com um processo contra eles “Tenho por direito todo o restante da indenização, eles disseram que garantem que o restante do ressarcimento acontecerá somente quando a obra terminar e isso eu não acho certo, pois a obra somente ficará pronta em 2010”.
Existem duas opções de escolhas para quem tem sua casa desapropriada uma delas é a indenização em dinheiro e a outra é morar em uma casa na Unidade Habitacional (CDHU).
Mas a segunda opção de escolha somente pode acontecer se os moradores das casas que serão desapropriadas não tiverem todos os documentos da casa, portanto quem tiver a documentação completa da casa, tem a opção da indenização em dinheiro.
Esse foi o caso da moradora do bairro Branca Flor Vera Lucia Cruz que também teve sua moradia desapropriada e com isso passou por grandes transtornos.
Sem opção de escolha a dona de casa de 41 anos Vera Lucia Cruz teve que aceitar 20% a menos do valor que sua casa valia. “A minha casa vale de 200 mil a 220 mil reais e a Dersa somente me pagou 160 mil reais”.
Karen Moura Santiago | 27/11/2009 - 07h14 Jornal na Net

domingo, 6 de dezembro de 2009

Enquanto se gasta bilhões com obras como a do Rodoanel...

País de todos
JANIO DE FREITAS
A tragédia do sofrimento evitável é a pior das tragédias: está no não ter para onde ir, na espera da desgraça maior
A MORTE dessas crianças soterradas, ou arrastadas em deslizamentos e levadas e afogadas e sumidas nas águas lamacentas, as mortes de crianças, não posso dizer menos, me abalam como poucas coisas podem fazê-lo -para ser ainda mais franco: me enfurecerem como quase nada mais o conseguiria. Meu ímpeto autêntico é investir com todos os urros escritos e vociferados, com tudo o que devesse ser dito sobre a criminalidade alienada, indiferente, utilitária e inabalável que se instala sob o nome de governos, mas tem a cara de pessoas, de muita gente, gente antes e depois de gente.
Se quiser, continue a leitura, mas advertido: este não é um escrito sincero, é uma contrafação feita de bons modos ou modos toleráveis.
As falsas justificativas são sempre as mesmas, repetidas sem conta pelo país afora, ano a ano, década a década. "Estavam em área de risco", "aqui foi invasão, não podiam fazer casa aqui", "os técnicos da prefeitura estiveram aqui e avisaram do risco, mas eles não saíram".
O diálogo posterior ao desastre antevisto é sempre o mesmo, repórter e sobrevivente. "Vocês não foram avisados do perigo?", "Eles vieram aí e falaram que era perigoso, mas ir pra onde?", "E vocês ainda vão ficar aqui, mesmo depois disso?", "Ir pra onde, a gente só tem aqui, não tem pra onde ir". "E se houver outro deslizamento?". Silêncio. Fim do diálogo. O câmera enquadra os dedos grossos e enlameados afastando lágrimas no rosto desgraçado, para que desfrutemos dessa imagem por um segundo, porque a finalidade produtiva dos minutos e das suas horas é o anúncio da cerveja, do carro, do banco, das realizações municipais, estaduais e federais no "Brasil país de todos".
A causa é sempre a mesma, e não está na área de risco, na aceitação inelutável do perigo, na advertência desconsiderada. De quantos bilhões você já ouviu falar para a organização da Copa do Mundo em meio às áreas de risco, às áreas humildes em que as enchentes vão buscar nos cômodos mínimos, e de uma só vez, o que a pobreza conseguiu juntar na vida toda? Quanto, 20 bilhões, 40 bilhões? Incluídos, ou não, os 4 bilhões que o BNDES, apesar daquele Social pendurado em seu nome, vai conceder para obras nos estádios? E de quantos bilhões você ouviu falar para os RODOANÉIS vizinhos às áreas de riscos, e dos outros bilhões para novas paisagens litorâneas, dezenas para submarino nuclear, para aviões de combate? Isso tudo e o mais, como logo se vê, muito comprometido com a prioridade humana ao humano.
Não só os atuais prefeitos e governadores das áreas suscetíveis de tragédias climáticas, mas também os respectivos antecessores, quantas vezes você os soube sobrevoando ou inspecionando áreas de risco, para prover mais segurança ou providenciar as retiradas e as novas localizações de moradores, com alguma parcela dos montantes destinados àqueles objetivos mencionados ali atrás?
A tragédia do sofrimento evitável é a pior das tragédias. É o que faz o horror das guerras, o que fez o horror do Holocausto, do gulag, está na fome africana -está no não ter para onde ir, na espera da desgraça maior com esse sentimento de fatalidade, que as crianças soterradas e afogadas e desaparecidas não tiveram, nem isso tiveram.

Nos comentários abaixo a realidade do Rodoanel...

Sou Gestora Ambiental e estudante de Ciências Biológicas e é triste o descaso vindo das autoridades para com os recursos naturais.A manipulação muitas vezes do relatório de impacto ambiental, chega a ser triste e vergonhoso o fato de como alguns colegas perdem o valor alterando o resultado do EIA/RIMA vezes por dinheiro ou por ceder a pressões.
Ressalto que não são todos (felizmente) que se prestam a esse papel deprimente. Ainda há pessoas, seres humanos conscientes e profissionais de valor que sabem o que realmente está em jogo e não carregam sobre sí a responsabilidade, a vergonha de assinar um laudo como esse que está prestes a nos deixar órfãos de mais um pedaço da nossa RICA natureza.
Não é dessa maneira que resolveremos os problemas de políticas públicas, os problemas de trânsito e habitacionais que sabemos que são ocasionados principalmente pelo crescimento populacional desenfreado.
Mas ainda acredito na minha profissão, acredito em um Planeta sustentável e no valor verdadeiro das coisas, acredito em Deus e na Natureza e tenho, ainda que pouca, fé no homem. Mudaremos o rumo das coisas para às futuras gerações.
Viviane

Boa tarde!
Sou moradora de Santo André, eu e mais 160 famílias estamos vivendo o mesmo dilema. Na região onde moramos está sendo construído o trecho Sul do Rodoanel o que tem trazido uma grande problemática para os moradores, além da devastação absurda que ocorreu em região de Mata Atlântica que vcs devem estar sabendo. O problema é que estamos muito próximo da pista, ficaremos isolados e o pior dentro do Parque Estadual do Pedroso, nosso acesso será fechado para caminhões e carros maiores, o semasa fiscaliza com helicóptero toda semana o que nos impede de fazer melhorias em nossa residência lembrando que não é uma área envadida temos documentação. Precisamos de ajuda urgente, pois o meio ambiente ainda não deu uma resposta exata. Na verdade já foi enviado uma carta para o Dersa solicitando a nossa desapropriação mas o Dersa não aceitou pois disse que o meio ambiente tem que determinar esta desapropriação. Dentre tantos problemas as nossas casas estão sendo invadidas pelos animais devido a grande e absurda devastação. Joseane Tavares

Prezados Senhores:
Gostaria de levantar alguns pontos sobre o RODOANEL SUL e seu respectivo impacto ambiental e respectivas compensações que estão passando despercebidos tanto peço governo do Estado, quanto pela imprensa local sobre a presente obra:
Sou Enio Leite Alves, sociólogo e fotógrafo. Tenho acompanhado pela internet os prejuízos que o Rodoanel Sul tem causado nas comunidades vizinhas.
Fiquei estarrecido com as declarações de uma colega de trabalho, cuja ética deveria preservar culturas e meio ambiente e não ao contrário, como tem feito Ana Maria Iversson que também assina como Ana Maria Iversson de Piazza.
Nossa denuncia começa com este artigo, onde Ana Maria Iversson, sociologia e é sócia proprietária da JGP Consultoria e Gestão Ambiental faz a presente declaração, com falso testemunho, favorecendo seu projeto e sua empresa.
http://www.newslog.com.br/site/default.asp?TroncoID=907492&SecaoID=508074&SubsecaoID=948063&Template=../artigosnoticias/user_exibir.asp&ID=509494&Titulo=%CDndios%20querem%20ampliar%20reserva%20para%20compensar%20Rodoanel
O laudo supostamente emitido pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, sobre alterações do Rodoanel ( A fundação em questão é uma mera escola de ensino superior e não órgão governamental com poderes para regular e opinar sobre assuntos desta natureza). Este documento foi elaborado sob a coordenação de Ana Maria Iversson e deve ser questionado)
Por Exemplo: o papel timbrado original da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Fonte: http://www.fespsp.org.br/ Note a presença do brasão da escola. Link
http://www.fespsp.org.br/pdfs/Regulamento_Bolsa_Socioeconomica.pdf
Relatório apresentado em papel timbrado, trabalho coordenado pela Ana Maria Iversson, da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, sem o respectivo brasão. Vide link
http://www.dersa.sp.gov.br/rodoanel/downloads/pba/introducao.pdf
Até onde investiguei, Márcia Chaves Socióloga formada pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESP), 1973. É consultora da JGP desde o início de 2003 e tem mais de 30 anos de experiência profissional. Fonte: Equipe técnica da JGP Gestão Ambiental http://www.jgpconsultoria.com.br/recursos/equipe/index.php?acao3_cod0=25e66d8811456cc9c589c8be434e9243
Ana Maria Iversson, do Consórcio JGP/Prime (responsável pelo EIA/RIMA), alega com base em seu relatório, que rodo anel irá produzir impacto mínimo na região de Mauá.
http://www.zemoleza.com.br/noticia/1099426/prefeitura_de_maua_avalia_area_de_impacto_ambiental_do_rodoanel.html
Veja mais neste link. Ana Maria Iversson, alega que o trajeto proposto causa menor impacto ambiental aos habitantes daquela região, sem documentação hábil emitida pela Cebesp, IPT (USP) e outros órgãos multidisciplinares.
http://www.recanta.org.br/audiencia_rodoanel.html
Também não é ético que Ana Maria Iversson opine em ambos os lados desta questão.
Espero que este breve levantamento seja útil para melhor compreensão para onde vai o erário publico
Grato!
Enio Leite Alves
São Paulo, SP
enioleite@gmail.com

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

TCU: viaduto que caiu no Rodoanel já estava quase pago

AE - Agencia Estado
SÃO PAULO - As obras do complexo de viadutos sobre a Rodovia Régis Bittencourt do Trecho Sul do Rodoanel, que caiu na sexta-feira, já foram quase que totalmente pagas pelo governo estadual, antes mesmo de serem concluídas. Foi realizado pagamento adiantado, com base em medições de obra que foram superdimensionadas.
Relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) mostra que o viaduto de acesso à Régis já havia recebido adiantamento de R$ 2,6 milhões, apesar de as obras físicas estarem 73% concluídas na 37ª medição. Com esse adiantamento, seria necessário que 96,9% da obra estivesse pronta, uma diferença de 23,9% entre o realmente feito e o medido.
É apontada ainda uma grave falha na fiscalização tanto por parte da empresa Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), estatal paulista, quanto por parte do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), autarquia federal.
O TCU mostra que somente em obras de arte especiais - pontes, viadutos, passagens de nível e túneis - nos cinco lotes dos 61,4 quilômetros do Trecho Sul, foram pagos adiantados para serviços não realizados até a medição informada pelas empresas cerca de R$ 100,7 milhões. Já quando se somam também serviços que não estavam previstos no contrato original do empreendimento, o pagamento adiantado chega à casa dos R$ 236 milhões.
Fiscalização
Medições de obras são atestados do que foi executado e não deve haver incoerência quando comparadas com o que foi constatado nos canteiros de obras. Normalmente esse serviço toma como base o diário de obra. Grandes diferenças, segundo especialistas, podem configurar fraude.
"Se houve medição acima do executado há uma fraude. A medição é o ato de atestar o trabalho. É um ato administrativo. E este alguém que fez a medição falhou, o documento não seria verdadeiro", explica o professor de Direito Constitucional da PUC Luiz Tarcisio Teixeira Ferreira. "É liberação antecipada de pagamento de obra não feita. Deve haver fiscalização diuturna dos trabalhos para a medição. Há problema com quem mediu e com quem aceitou a medição."
A fiscalização sobre o que realmente foi executado e o que deve ser cobrado do administrador da obra, no caso a Dersa, cabe ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e à própria Dersa. Mas a fiscalização foi terceirizada. Os representantes do Dnit nos canteiros de obras seriam cinco engenheiros e um coordenador. Mas numa reunião no dia 19 de junho, no Ministério Público Federal, descobriu-se que o coordenador da fiscalização do Dnit não era servidor federal, mas um funcionário da empresa Sondotécnica, paga com dinheiro público, o que constitui, segundo o TCU, "indício de irregularidade".
"Percebe-se, nessa situação, que a necessária independência entre a entidade fiscalizadora e a fiscalizada restou comprometida. Não é razoável que aquele que foi designado para fiscalizar em nome do Dnit a regular aplicação dos recursos públicos federais que estão sendo administrados pela Dersa seja contratado e remunerado pela própria estatal paulista e não pela autarquia federal", aponta o Tribunal.
Defesa
O Dnit esclareceu que sua superintendência em São Paulo tem reduzido quadro de pessoal e que não dispunha de recursos necessários para acompanhar o empreendimento. A autarquia federal informou ainda que ficou deliberado em fevereiro de 2007, em audiência na qual o governador José Serra estava presente, que a Dersa "iria fornecer os meios ao Dnit para possibilitar" que o departamento participasse da supervisão das obras.
A Dersa alega que as pendências foram sanadas na assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público Federal em setembro, o que derruba qualquer denúncia de irregularidade nas medições e na fiscalização. "O Rodoanel Trecho Sul está devidamente regularizado no TCU a partir de todos os esclarecimentos prestados a estes órgãos com a participação do Ministério Público Federal", informa nota da estatal.
Entretanto, o TAC apenas limita em R$ 264 milhões os gastos extras - valor constatado pelo TCU. Porém isso não significa que os adiantamentos pagos no passado às empreiteiras estejam livres de irregularidades. O relatório do TCU ainda não foi apreciado em plenário e o processo de auditoria está tramitando. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Estado paga R$ 25 mi para empresas fiscalizarem Rodoanel.Leia mais

Acompanhamento e supervisão do trecho da obra onde houve desabamento de vigas foram terceirizados pelo governo paulista
Ex-presidente da Dersa diz que houve falha de fiscalização; diretor de estatal paulista de transportes admitiu possibilidade...

Rodoanel tinha 79 irregularidades graves.Leia mais

Auditoria do TCU condenara uso de viga pré-moldada; secretário defende obra
Relatório emitido em setembro pelo Tribunal de Contas da União (TCU) aponta pelo menos 79 irregularidades classificadas como "graves" nas obras do Trecho Sul do Rodoanel Mario Covas, em São Paulo. Uma dessas irregularidades seria o uso de vigas pré-moldadas não previstas em contrato para os novos viadutos...

Alteração de projeto corta 14 meses na obra do Rodoanel

AE - Agencia Estado
SÃO PAULO - Alterações no método construtivo e na execução do Trecho Sul do Rodoanel permitiram à administração do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), abreviar em 14 meses a conclusão da obra de 61,4 quilômetros que ligará as Rodovias Régis Bittencourt, Raposo Tavares, Castelo Branco, Bandeirantes e Anhanguera ao Sistema Anchieta-Imigrantes. A construção teve início em 28 de maio de 2007 e, a partir dessa data, deveria ser entregue em 48 meses, conforme o cronograma previsto na assinatura dos contratos.
Entretanto, o prazo acabou encurtado para 34 meses - a nova meta é 27 de março de 2010, um mês antes do limite para candidatos às eleições se desincompatibilizarem de seus cargos públicos. Serra é o virtual candidato do PSDB à sucessão presidencial. A construção do Trecho Oeste, com praticamente a metade da extensão do Trecho Sul, demorou quatro anos.
A mudança no método construtivo é, segundo engenheiros, uma das estratégias adotadas por empreiteiras para baratear custos e reduzir cronogramas de obras. Relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) divulgado este ano mostrou que o consórcio responsável pelos trabalhos onde ocorreu o desabamento de três vigas na noite de sexta-feira substituiu estruturas de balanços sucessivos por vigas pré-moldadas.
O relatório do TCU aponta ainda que, ao utilizar vigas pré-moldadas, as empreiteiras deixaram de fazer 10 mil metros quadrados de tabuleiros entre as estruturas das pontes. Os auditores concluíram que a mudança resultou em economia de R$ 20 milhões. Embora tenham preços distintos, os métodos são considerados seguros.
Critérios técnicos
A Secretaria dos Transportes informou que a mudança do método construtivo foi baseada em critérios técnicos e negou que tenha havido mudança no cronograma original. "O contrato foi assinado em abril de 2006 e as obras começaram em maio de 2007", argumenta a pasta, que divulgou, ainda em 2006, prazo de 48 meses para a conclusão do Trecho Sul, a partir do início dos trabalhos.
Sobre o relatório do TCU, a secretaria alega que as formas de medição da obra e de pagamento dos serviços prestados pelas empreiteiras foram "totalmente" aprovadas pelos órgãos controladores, como os tribunais de contas da União e do Estado. O governo descarta atrasar a entrega da obra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Rodoanel: presidente do Crea de SP critica falta da 5ª viga

17/11 - 14:02 - Agência Estado
O presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de São Paulo (Crea-SP), José Tadeu da Silva, afirmou que a colocação de apenas quatro das cinco vigas de sustentação da estrutura do viaduto é uma provável hipótese da causa do desabamento. "Esse tipo de estrutura exige que se coloque as cinco vigas simultaneamente.
Colocar quatro, sem avaliar as consequências, pode ter sido o erro ou a falha na construção da estrutura", disse Silva, que visitou o canteiro de obras do Rodoanel onde ocorreu o acidente.
De acordo com o Crea, as cinco vigas precisam ser fixadas ao mesmo tempo, para que ocorra um equilíbrio de pesos no alto da estrutura. Ainda não há prazo para a conclusão da investigação sobre as causas do acidente, que também estão sendo realizadas pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Seis profissionais integram a equipe que vai apurar o caso. Poderá haver punição, que vai desde advertência até a perda do registro profissional.
Paralelamente aos trabalhos do Crea e do IPT, o Ministério Público Estadual também abriu ontem uma ação para investigar o acidente e eventuais responsabilidades de agentes públicos envolvidos. A liderança do PT na Assembleia Legislativa informou que vai acionar o Ministério Público Federal e pedir auditoria especial no Tribunal de Contas do Estado para investigar responsabilidades.
"O Rodoanel tem mais de duas mil peças iguais a essas. É provável que a falha tenha sido na colocação e não na peça", disse Silva. Uma das cinco vigas quebrou quando estava sendo levada para o local e resultou na colocação de apenas quatro.
Silva ressalta ainda que o projeto determina - o que já foi feito em todo o Rodoanel - que se coloque três vigas na sustentação central e duas nas laterais. "Vamos apurar quem deu a ordem de colocar quatro, quando o recomendável são cinco. Quando você fica sem uma das peças, pode haver desestabilização."
Segundo o presidente do Crea, depois deve ser colocada a peça que será a pista de rolagem e, no final, é feita uma espécie de amarração com cabos de aço. "Essas etapas têm de seguir essa ordem e a amarração impede que haja deslocamento. Se não se obedece a todas as etapas, há risco de falhas e acidentes."

Trecho Oeste do Rodoanel já passa por reformas

AE - Agencia Estado
SÃO PAULO - Inaugurados há sete anos, 49 pontes e viadutos do Trecho Oeste do Rodoanel passam atualmente por reformas estruturais. Os canteiros de obras estão espalhados ao longo dos 32 quilômetros da via que interliga, desde outubro de 2002, as Rodovias Bandeirantes, Anhanguera, Castelo Branco, Raposo Tavares e Régis Bittencourt. Cerca de 240 mil veículos passam por dia pela estrada.
A descrição das reformas estruturais é anunciada nas margens das pistas por placas do governo estadual. No Trecho Oeste também há três túneis e sete trevos. O governo do Estado e a CCR RodoAnel, concessionária responsável pela via, não informaram os detalhes das intervenções em andamento. Em nota oficial, a empresa informa que "faz parte do contrato de concessão a inspeção rotineira e a restauração de todas as obras de arte especiais (pontes e viadutos)". O comunicado aponta ainda que as medidas são necessárias para manter a estrutura em bom estado.
A concessionária diz que "as inspeções são periódicas e há um programa anual de recuperação dessas obras", com reparos, trocas das juntas de dilatação e vedação e pintura. "No caso do Trecho Oeste, já foi feita uma inspeção em todas as obras de arte especiais e não há nenhum risco estrutural." A Dersa e a Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), procuradas pela reportagem para comentar as obras no Trecho Oeste, não responderam às ligações.
Desgaste
Para o engenheiro civil José Roberto Bernusconi, presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco), a deterioração de estradas como a do Trecho Oeste do Rodoanel se dá por vários motivos. Mas o principal é a mudança de dimensionamento da obra. O projeto prevê uma carga e um volume de tráfego. Se isso não é respeitado, a via deteriora-se mais rapidamente. Além disso, também é preciso ter o uso adequado de material.
"São procedimentos de natureza técnica. Todo engenheiro sabe que é preciso ter um tempo de maturação da obra. O concreto precisa ser bem feito, bem curado. Tudo tem seu tempo. É como o dentista, que precisa colocar cada material no seu dente no momento certo, esperar a hora para aplicar a mistura certa. Quando o assunto é estrada, é preciso ter o dimensionamento correto do pavimento e das pontes e viadutos. Veículos com excesso de peso, numa utilização excessiva, provocam desgaste prematuro das estruturas. Caso contrário, o prazo de validade da obra expira rapidamente", explica. Ele cita ainda chuva ácida, provocada pelo excesso de poluição, que coopera na deterioração do pavimento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Serra e 11 deputados receberam doações de 'consórcio' do Rodoanel, diz TSE

Thiago Reis e Marcelo Mora
Do G1, em São Paulo
Governador recebeu R$ 1 milhão da OAS e R$ 100 mil da Carioca.
Quatro petistas e 5 tucanos também estão entre agraciados.
O governador José Serra (PSDB) diz que o consórcio responsável pelas obras do viaduto do Rodoanel onde vigas caíram ferindo três pessoas na sexta (13) terá de indenizar as vítimas se for comprovada falha. Já os deputados estaduais dizem que vão pedir explicações e prometem dar início a uma CPI na Assembleia para apurar a responsabilidade das empreiteiras.
Pois essas empresas que estão agora na mira dos políticos foram há pouco tempo colaboradoras deles. A OAS Engenharia e a Carioca, que compõem com a Mendes Jr. o consórcio responsável pelo lote onde houve o acidente, ajudaram a eleger em 2006 tanto o governador José Serra como outros 11 deputados estaduais, cinco deles do PSDB e quatro do PT (partido que hoje patrocina a ideia de uma comissão parlamentar de inquérito na Casa).
Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o governador José Serra recebeu R$ 1 milhão da construtora OAS e outros R$ 100 mil da Carioca. O valor representou 4%do total arrecadado pelo então candidato (R$ 26 milhões).
Os seus adversários na época, Aloizio Mercadante (PT), Orestes Quércia (PMDB), Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) e Carlos Apolinário (PDT), não receberam doações das empreiteiras.
Entre os deputados petistas agraciados com doações da OAS estão Adriano Diogo (R$ 50 mil), Rui Falcão (R$ 150 mil), Ana do Carmo (R$ 30 mil) e Carlos Almeida (R$ 50 mil). Rui Falcão recebeu dinheiro também da Carioca: R$ 5 mil.
Entre os tucanos que receberam recursos da OAS para a campanha à Assembleia Legislativa estão Orlando Morando (R$ 150 mil), Analice Fernandes (R$ 100 mil), Geraldo Vinholi (R$ 50 mil) e Bruno Covas (R$ 15 mil) - este também patrocinado pela Carioca, com outros R$ 25 mil. Já João Caramez (PSDB) teve uma doação de R$ 20 mil da Carioca.
Os deputados Milton Leite Filho (DEM) e Jorge Caruso (PMDB) completam a lista de políticos ajudados pelas empresas que estão no foco do acidente no km 279 da Régis Bittencourt.
Outro lado
A assessoria de imprensa do Palácio dos Bandeirantes disse que o governador José Serra passou a segunda-feira (16) cumprindo agenda em Mirante do Paranapanema, a 610 km de São Paulo, e que seria muito difícil contatá-lo para comentar o assunto.
Já as assessorias dos deputados estaduais citados foram contatadas pelo G1 e ficaram de ligar de volta, o que não foi feito até as 21h30 desta segunda.
A exceção foi o deputado Orlando Morando (PSDB), que aceitou comentar a doação recebida durante a campanha de 2006. “Não há qualquer vínculo deste acidente envolvendo uma prestadora de serviço do governo comigo”, afirmou.
Membro da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa, ele disse que o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) foi contratado para produzir um laudo que apontará as causas do acidente.
Sobre a doação da OAS à sua campanha, o deputado afirmou que é vice-presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas) e que a empreiteira é uma das que mais constroem supermercados no país. “É natural que [a OAS] me apoie”, afirmou.
Apesar disso, o deputado disse que a ligação com a empreiteira não deve interferir na sua atuação e nas cobranças para buscar os responsáveis pelo acidente no Rodoanel. “O cara mais ácido, mais duro, quanto ao acidente na Linha Amarela do Metrô, fui eu”, ilustrou.
A OAS participa da construção da Linha 4, onde a futura Estação Pinheiros desabou em 2007. O acidente matou sete pessoas.

TCU cobra do Dnit fiscalização em obra do Rodoanel

17 de novembro de 2009
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) foi cobrado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a fiscalização das obras do Rodoanel, segundo afirma o jornal Folha de S.Paulo desta terça-feira.
Na noite da última sexta, três vigas do viaduto em construção desabaram sobre o km 279 da Rodovia Régis Bittencourt (BR-116). A queda deixou três veículos destruídos e três pessoas feridas - uma delas foi encaminhada para atendimento médico e liberada.
Segundo o relatório do TCU, o Dneit deveria ter tido um a participação mais ativa na fiscalização das obras, uma vez que a União destinou R$ 1,2 bilhão para a obra, um terço do valor total.
Já o Dnit disse ao jornal que o Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), controlado pelo governo paulista, é o responsável por coordenar, fiscalizar e acompanhar as obras.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Mais um exemplo da irresponsabilidade sócio ambiental do DERSA e do Governo do nosso Estado!

Bem pessoal...
É triste, mas aconteceu no dia 27 de Outubro de 2009, na sede de Sementes de Luz e de Canarinhos da Paz, em plena 3ª feira à tarde.
Umas pessoas (?????), invadiram a sede e levaram: portas, janelas, fiação elétrica, botijão de gáz, torneiras, e só pararam por aí, porque algumas das famílias das crianças assistidas pelas associações, ao serem avisados do que ocorria, foram até o local e assim os saqueadores se evadiram.
Muitos da comunidade ajudaram a levar o que restou, como cadeiras, mesas, documentos e outros pertences da casa, para local seguro.
Á noite comunicamos no DP de Mauá do ocorrido, em boletim de ocorrência.
Tal fato ocorreu, uma vez que o DERSA, até o momento não definiu a situação relativa à desapropriação das instituições que ali mantem a suas sedes: Associação Canarinhos da Paz e Fraternidade Sementes de Luz.
Na semana passada, parece que antevendo algum fato que comprometesse a segurança da sede e das crianças, entramos em contato com a Ouvidoria do DERSA, e comentamos que deveria ser definida a situação, pois a sede estava em situação precária, uma vez que a casa dos fundos e da lateral esquerda, já haviam sido desocupadas e assim ficamos vulneráveis à invasão.
Foi-nos, então solicitado, a ATA DA ASSEMBLÉIA DA ELEIÇÃO DA NOVA DIRETORIA DE AMBAS INSTITUIÇÕES.
Acontece que face às eleições terem ocorrido há pouco tempo, estamos com a ata em registro no cartório na cidade de Mauá.
Em 2008 apresentamos as documentações exigidas pelo DERSA e em 2009, foram novamente apresentadas, pois o DERSA alegou que a não encontrava a documentação.
Hoje, é possível , apresentar as respectivas Atas sem o devido registro em cartório.
Face ao relatado, estamos muito tristes com esta situação, mas esperançosos que tudo se ajustará no seu devido tempo e de forma justa para as partes envolvidas.
Lembrem-se que enquanto isso não acontece as crianças se encontram com local indefinido para suas atividades, bem como, sem local para a Festa e entrega das sacolinhas de Natal.
Branca Nania
Canarinhos da Paz
Presidente
"www.canarinhosdapaz.com.br"

Rodoanel tem 2 mil vigas como as que desabaram

ABCD Maior - 15/11/2009
Por: Redação
TCU identifica que em cada vão livre deveria ser colocadas sete vigas; obra empregou cinco ou seis
Cerca de 2 mil vigas como as que desabaram nesta sexta-feira (13/11) no trecho Sul do Rodoanel já foram colocadas em toda a obra. A informação é do diretor de engenharia da Dersa, Paulo de Souza. As três vigas que desabaram estavam sendo colocadas no cruzamento da autopista com a rodovia Régis Bittencourt, em Embu. Três veículos foram destruídos e três pessoas ficaram feridas.
A única viga que não chegou a cair do viaduto foi retirada. TCU (Tribunal de Contas da União) relatou que o consórcio responsável pelo lote 5, onde houve o desabamento, fez alterações nos materiais e no projeto da obra, a fim de reduzir custos.
O TCU identificou que estava prevista a instalação de sete vigas de sustentação a cada vão livre formado pelos novos viadutos. Na execução, contudo, foram empregadas cinco ou seis vigas a cada vão livre. O uso de um número menor de vigas também foi detectado no lote 4. O Lote 4 tem 17,762 quilometros de extensão e vai da ponte da represa Guarapiranga até a primeira ponte da Billings, entre a Capital e São Bernardo.
O consórcio formado pelas empreiteiras OAS, Mendes Júnior e Carioca usou vigas pré-moldadas não previstas para os novos viadutos do Trecho Sul do Rodoanel. Pelo projeto básico, deveriam ser colocadas fundações de concreto conhecidas como tubulões, material mais caro que o usado hoje pelo consórcio na sustentação dos vãos livres. A troca foi uma das 79 irregularidades classificadas como "graves" em relatório emitido pelo TCU em setembro. As auditorias foram realizadas em 2007 e 2008, nos cinco lotes da obra.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Obra em viaduto do Rodoanel só será retomada após laudo


Foto: Felipe Rau/AE
segunda-feira, 16 de novembro de 2009, 08:09
Agência Estado, com O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO - O secretário estadual dos Transportes, Mauro Arce, afirmou ontem que só o laudo técnico sobre o desabamento de três vigas no Trecho Sul do Rodoanel vai definir quando a obra do viaduto de 680 metros, localizado no quilômetro 279 da Rodovia Régis Bittencourt, em Embu, na Grande São Paulo, será retomada.
Até sábado à tarde, o governo estadual não apontava as causas do acidente, mas afirmava que os trabalhos das empreiteiras recomeçariam em no máximo 15 dias. Três pessoas que estavam nos carros atingidos pelas vigas na sexta-feira ficaram feridas.
O laudo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) não tem data para ser emitido. Segundo Arce, somente o documento poderá dizer se o problema da queda foi o material usado na construção das vigas. Segundo relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) emitido no fim de setembro, o consórcio formado pelas empresas OAS/Mendes Junior/Carioca, responsável pelo trecho onde ocorreu o acidente, deveria ter usado tubulações de concreto no lugar das estruturas pré-moldadas, conforme previa o contrato original.
As empresas também alteraram métodos construtivos a fim de baratear os custos, como a redução do número de vigas usadas nos vãos livres dos viadutos - de 7, como determinava o projeto original, para 5 ou 6, de acordo com o TCU. Arce diz, porém, ter convicção de que o IPT não vai apontar a troca do concreto pelas vigas pré-moldadas, feita pelas empresas com autorização da Dersa, como uma das causas do acidente. Nos 61 quilômetros do Trecho Sul do Rodoanel, existem 132 pontes, viadutos e passagens de níveis sustentados por 2.280 vigas. O viaduto onde ocorreu o acidente é o último que precisa ser concluído, com sustentação de vigas de 45 metros de comprimento. "Essas vigas são usadas em pontes e viadutos do Brasil inteiro. Foram usadas nas obras da Imigrantes. Não foi a troca do material a causa (da queda). O que temos de saber é se houve uma falha no material usado na viga ou na construção dela", afirmou o secretário.
Em caso de o IPT constatar falhas na fabricação do material que desabou, uma inspeção poderá ser realizada nas 2.280 vigas do Trecho Sul, informou Arce. "É claro que só vamos entregar a obra quando tivermos a certeza da sua segurança. Não existe isso de pressa, para inaugurar antes das eleições de 2010. Queremos saber o que houve nesse acidente", acrescentou.
Apesar da indefinição sobre a retomada da construção do viaduto, Arce mantém o dia 27 de março como data para a entrega do Trecho Sul, a maior obra viária do Brasil. "Quando pudermos retomar a obra nesta parte do acidente, em 30 dias concluímos os trabalhos. Todas os outros canteiros de obras do Rodoanel seguem trabalhando."
Sobre as suspeitas de superfaturamento na obra, causadas pela redução do uso de material de construção e pela manutenção dos preços repassados ao Estado pelas empreiteiras, o secretário argumenta que esses questionamentos do TCU foram esclarecidos pelo governo.
"Nós também não concordamos com parte dos pagamentos a mais que as empresas queriam. Tudo o que o Tribunal nos pediu e foi pedido às empresas está sendo cumprido por meio de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) assinado com o Ministério Público Federal", completou. Procuradas desde a sexta-feira à noite, as empresas responsáveis pelo lote 5 do Trecho Sul, na parte do acidente, não se pronunciaram.

















Infrográfico/AE
Pedágio
O governo de São Paulo assinou os contratos para construção das praças de pedágio do Trecho Sul do Rodoanel. O prazo para a conclusão das obras é de sete meses, o que projeta o início da cobrança para até meados de junho de 2010.
As pistas, no entanto, deverão estar abertas ao tráfego a partir de 27 de março, mesmo com o acidente de sexta-feira. "O ideal seria que o início da operação coincidisse com a conclusão das praças de pedágio", disse Arce. São seis contratos para construção, cada um com custo médio de R$ 5,5 milhões.
A cobrança será concedida à iniciativa privada. Arce confirmou que o edital que vai definir quem administrará o Trecho Sul está em fase de conclusão e deve ser lançado ainda neste ano. "A definição agora é se a concessão terá o pagamento de outorga ao governo ou se o vencedor vai construir o Trecho Leste do Rodoanel. Espero que tenhamos essa notícia ainda neste ano", explicou.

Rodoanel:Devastação Ambiental, Desapropriações, Superfaturamento e agora também risco a vida do cidadão!

Agência Estado 13 de Novembro de 2009
O Ministério Público do Estado de São Paulo instaurou nesta segunda-feira um procedimento para investigar as causas do desabamento ocorrido no trecho sul do Rodoanel na última sexta-feira. A queda da estrutura feriu três pessoas - duas delas seguem internadas.
A investigação é conduzida por uma equipe da Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social. Segundo o MP, o inquérito civil visa a um possível ato de "improbidade administrativa" por parte dos agentes públicos estaduais no caso. A supervisão da obra é da Desenvolvimento Rodoviário S.A (Dersa), empresa de capital misto vinculada à Secretaria dos Transportes do Estado de São Paulo.
Na noite da última sexta-feira, três vigas do viaduto em construção desabaram sobre o km 279 da rodovia Régis Bittencourt (BR-116). A queda deixou três veículos destruídos. Uma vítima foi médicada e liberada.
O Rodoanel Mário Covas (SP-021) é um anel viário em construção em torno da Grande São Paulo. O objetivo do projeto é interligar as rodovias que chegam à capital paulista para aliviar o tráfego de caminhões nas marginais Tietê e Pinheiros.

Comissão da ALESP quer ouvir Secretário de Transportes sobre acidente no Rodoanel.Leia mais

CREA SP vai investigar causas do desabamento em obra do Rodoanel.Leia mais

domingo, 15 de novembro de 2009

Após acidente, obras do Trecho Sul do Rodoanel param por 15 dias

14/11/09 - Redação Ig
As obras do Trecho Sul do Rodoanel Mário Covas, onde três vigas caíram na noite de
sexta-feira deixando três pessoas feridas, ficarão paralisadas por 15 dias para que as causas do acidente sejam investigadas.
Serra diz que houve falha em obra do Rodoanel e pede investigação
A paralisação não deve atrasar o cronograma de entrega das obras,previsto para ser concluído no dia 27 de março de 2010.
O tempo é necessário para que o Instituto de Pesquisas Tecnológicas(IPT) possa elaborar um laudo sobre o acidente. As investigações também estão sendo acompanhadas pelo Ministério Público.
Nesta manhã, durante entrevista coletiva à imprensa, o diretor de engenharia da Dersa e gestor responsável pela construção do Rodoanel, Paulo Vieira de Souza, descartou a possibilidade de falhas no projeto, mas admitiu que possam ter havido problemas na execução da obra.
"Possivelmente tem problema na execução, no tombamento ou no transporte”, afirmou, ressaltando, no entanto, que qualquer afirmação que se faça sobre as causas do acidente agora “são levianas”.
Souza acrescentou que a obra tem 61 quilômetros de extensão e um terço das construções são de pontes e viadutos, onde há mais de 2 mil vigas iguais as que caíram.
Em duas semanas, o engenheiro afirmou que a Dersa deverá responder o motivo técnico pelo qual "ocorreu o rompimento da viga de 40 metros, com 2,20 metros de altura e 85 toneladas".
O acidente
Na noite de sexta-feira, por volta de 21h, as vigas caíram em cima de um caminhão e dois carros que trafegavam na rodovia Régis Bittencourt, próximo ao km 279, na altura de Embu. Segundo a concessionária Autopista, quando as vigas de sustentação caíram, a pista tinha fluxointenso.
O acidente deixou três pessoas feridas. A Secretaria de Saúde de São Paulo informou que todos passam bem. O governador José Serra disse, em sua página no Twitter, que independentemente da apuração das causas do acidente, o consórcio responsável pelas obras indenizará plenamente as vítimas.
Funcionários da Dersa, equipes do Corpo de Bombeiros e agentes da concessionária Autopista trabalharam até as 10h deste sábado para a retirada dos escombros e de limpeza da pista. A única viga que não chegou a cair do viaduto foi retirada durante a madrugada, pois havia o risco de desabamento. Apenas na tarde deste sábado é que o trânsito
na localidade voltou ao normal.

Deputados defendem fiscalização nas obras do Rodoanel

domingo, 15 de novembro de 2009, 07:02
Loli Puertas
Do Diário do Grande ABC
Os deputados da região estão preocupados com o incidente ocorrido na sexta-feira no Trecho Sul do Rodoanel, que destruiu três veículos e feriu três pessoas. Alex Manente (PPS/São Bernardo) diz que as causas têm de ser investigadas a fundo, mesmo que o prazo de entrega seja estendido. "Não creio que a aceleração da obra tenha sido a causa do incidente. Provavelmente foi um erro isolado", afirma Manente.
O deputado faz parte da Comissão de Serviços e Obras Públicas da Assembleia Legislativa de São Paulo e vai requerer fiscalização em todo o trecho da construção. "É imprescindível para termos a certeza de que foi um erro isolado", explica.
Já o deputado Donisete Braga (PT - Mauá), que integra a bancada de oposição ao governo Serra, acredita que a ansiedade para a entrega do projeto provocou o incidente. "Minha preocupação é com o trecho que passa pelos mananciais do Grande ABC, área que precisa de cuidado maior pelo impacto que esta provocando", declara Braga. Ele também defende mais fiscalização. "Assim como o ‘apagão'', também temos que ficar de olho no Rodoanel", diz.
A deputada Vanessa Damo (PMDB - Mauá) alega que, antes do incidente, entrou com um requerimento pedindo informações sobre do cronograma. "É uma obra importante, mas tem que ser feita num prazo que não coloque as pessoas em risco", afirma Vanessa.
PRÉ-CAMPANHA - O acidente virou palco de pré-campanha entre os aliados ao PT e PSDB. Depois de ser o principal protagonista das críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por causa do apagão que atingiu 18 Estados brasileiros na última terça-feira, o PSDB passou a ser o alvo dos petistas.
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), admitiu que houve falhas nas obras do Rodoanel, que provocaram o acidente. Ele chegou ao local do desabamento pouco depois da meia-noite e disse que o DER (Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo) e o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) vão apurar causas do acidente. Serra determinou inspeção em todas as vigas do Trecho Sul.

É duro explicar o inexplicável.Assista o filme sobre acidente no Rodoanel no portal da EBand

Sobrevivente de acidente do Rodoanel diz não conseguir dormir

domingo, 8 de novembro de 2009

Embu e Itapecerica devem receber R$ 34 milhões como contrapartida pela obra do Rodoanel.Leia mais

Itapecerica leva uma quantia maior porque o impacto ambiental na cidade está sendo devastador. A natureza está pagando um preço alto pela obra na cidade. Na região do Branca Flor a devastação ambiental é visível até para os mais leigos no tema.
“Na próxima semana estamos indo cobrar da Dersa as compensações”, sustenta o prefeito Jorge Costa...

Representante do Estado é vaiado por desapropriação em Mauá

ABCD Maior - 27/10/2009
Por: Gustavo Pinchiaro (gustavo@abcdmaior.com.br)
Dersa não quer indenizar o terreno de famílias do Parque Oratório, por causa do Rodoanel
O gerente de relações institucionais da Dersa, Ermes da Silva, tentou explicar, sem sucesso, porque as indenizações feitas às famílias residentes do Parque Oratório, local que está na rota do Rodoanel, representam valores abaixo do mercado e com diferenças significativas de um imóvel para outro, após a sessão ordinária desta terça-feira (27/10) na Câmara de Mauá. O representante do governador José Serra (PSDB) tentou convencer os moradores, que lotavam o plenário, de que não teriam direito a propriedade em que residem e foi vaiado.
À época em que ocorreu a urbanização do Parque Oratório, o local foi transformado em uma ZEIS (Zona Especial de Interesse Social) e a Prefeitura emitiu documentos que legitimam a posse de cada morador. Na visão da Dersa, o documento não é suficiente para que os munícipes sejam indenizados, eles “deveriam ter uma escritura reconhecida em
cartório”. “Não podemos pagar por uma área que não é deles. Estamos tratando com dinheiro público”, disse Ermes.
Dessa forma, os residentes do local só teriam direito de morar e não de comercializar a área, então a Dersa paga apenas pelo que foi investido no local, ou seja, tijolos e cimento. “Avaliamos a área construída pela qualidade do material”, explicou Ermes. Os metros quadrados construídos são classificados como baixo, médio e alto e custam gradativamente: R$ 100, R$ 300 e R$ 500.
O líder da bancada do PT, vereador Paulo Suares, questiona o método tucano. “Essa é uma obra eleitoreira e o Serra está correndo para inaugurar logo, por isso atropela tudo”, disse. De acordo com o petista, as famílias podem receber indenizações pelo terreno, pois o
estatuto das cidades garante a legitimidade de moradia, já que reconhece o documento de posse do terreno que os moradores possuem.
“Isso demora muito e custa caro, por isso o governo do Estado não faz. O `Minha casa, Minha vida` também garante o direito de moradia de todo cidadão”, afirmou Suares.
Ainda de acordo com o petista, o Estado deveria acertar todos os pontos que alteram a rotina das famílias desapropriadas. “Até as escolas das crianças eles deviam se preocupar. Fazer transferência e tudo mais”, explicou. Durante o discurso, Ermes disse que iria indenizar uma casa e assentar a filha da proprietária em uma unidade do CDHU por conta da situação. “Ora, se o método é igual, ele está se contradizendo”, questionou Suares.
Os peritos que fazem a análise do valor de cada imóvel, de acordo com Ermes, são os mesmos que fazem a avaliação em casos de Justiça. “Me causa muita estranheza isso”, disse Suares. O Dersa pretende empregar R$ 78 milhões em obras compensatórias pelo impacto do Rodoanel, entre plantio de árvores e recapeamento de vias danificadas.
Destruindo sonhos – A viúva aposentada Raimunda da Costa, a Edir, foi retirada de uma casa de três cômodos que somavam 100 metros quadrados e recebeu R$ 40 mil pela casa. No local moravam ela e as duas filhas. A única renda da casa vinha da aposentadoria de R$ 500 mais os ganhos aleatórios que ela tinha com a venda de doces e salgados. “Com esse
dinheiro, eu não consigo comprar nada em Mauá e eu não quero ser expulsa da minha cidade, eu tenho orgulho daqui”, disse.
Comprar outro imóvel a prazo está fora dos planos de Edir. A esperança da senhora de 50 anos é que os parlamentares ajudem a receber uma quantia a mais pela antiga casa. “Minhas filhas moram de favor com parentes e eu estou aqui no bairro com os companheiros”, explicou.
A senhora também explica que o irmão dela recebeu o dobro pela casa em que morava. “A casa dele era bem menor que a minha. Não sei qual é o critério de avaliação deles”, afirmou Edir. Esse é só um dos casos das cerca de 800 famílias que foram desapropriadas no local.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Cerca de 150 pessoas foram à Câmara de Mauá para acompanhar a audiência pública sobre o Rodoanel. As principais reivindicações se concentram na maneira como o Dersa, responsável pela obra, tem lidado com as desapropriações de imóveis no Jardim Oratório. Alguns moradores se exaltaram durante a discussão.Moradora trouxe resto de árvores arrancadas pelas intervenções viárias feitas em Mauá.
Diário Regional 28/10/09

domingo, 25 de outubro de 2009

VEREADORES PROMETEM AUXILIAR DESAPROPRIADOS PELO ESTADO

Por: Gustavo Pinchiaro (gustavo@abcdmaior.com.br)
Moradores acusam governo do Estado de pagar um valor abaixo do mercado por imóveis
Moradores acusam governo do Estado de pagar um valor abaixo do mercado por imóveisOs vereadores de Mauá vão tentar auxiliar a comissão de moradores do Parque Oratório com o processo de desapropriação de imóveis pela Dersa para extensão da avenida Jacu Pêssego, em complemento às Obras do Rodoanel, administradas pelo governador José Serra (PSDB). De acordo com moradores que tiveram imóveis desapropriados, os valores pagos pela residência estão abaixo do mercado e o residente que se manifesta contra o valor acaba sofrendo pressão para aceitar. Durante reunião com a comissão de moradores, que interrompeu os trabalhos da sessão ordinária desta terça-feira (20/10), os vereadores sugeriram que o Ministério Público e OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) acompanhem o caso ao lado dos parlamentares. “Vamos nos reunir na próxima semana e pontuar todas as questões no caso. Se não houver objetividade, a reivindicação não é atendida”, explica o presidente da Casa Rogério Santana (PT). A família de João Pereira, composta pela esposa e os três filhos, foi pressionada a assinar o termo de desapropriação de uma casa de seis cômodos, de acordo com ele. “Eles vieram em agosto de 2008 e falaram que o valor pago seria bom, dentro do mercado. Mas em junho desse ano veio a bomba. Um valor muito baixo. Pagaram R$ 70 mil na minha casa. O imóvel valia R$ 150 mil, mas disseram que se eu não aceitasse ia acabar perdendo tudo. Caí no conto do vigário”, explica João. A líder da comissão , Nilza Gomes, também passou por situação parecida. Ela afirma que foi forçada a assinar a indenização de R$ 72 mil pela casa de 300 metros quadrados. “Sofria ameaças de morte, inclusive, de vizinhos que acreditavam que receberiam um alto valor pelo imóvel, por isso não resisti mais e assinei”, explica Nilza. De acordo com Nilza, cerca de 800 famílias já foram desapropriadas no loca, restam cerca de 1000. O bairro foi urbanizado por meio de uma ZEIS (Zona Especial de Interesse Social). O fator de medo comum entre a maioria dos moradores presentes na Câmara de Mauá foi o poder de coação do Estado. “Eles chegam lá com todo o aparato e força que nós ficamos com medo de resistir”, detalha Pereira. O movimento que busca justiça nas indenizações também conta com apoio do MDV (Movimento em Defesa da Vida), que luta por causas ambientais e sociais. “Eles estão cometendo um crime grave. Além da falta de política pública, essas famílias podem acabar ocupando áreas de mananciais”, explica Lucas Barbosa membro do MDV. Presente da gestão passada – Durante a reunião, o vereador Ivann Gomes, o Batoré (PP), afirmou que o problema é um presente do ex-prefeito Leonel Damo (sem partido). “Ele foi o responsável por liberar essas áreas ao governo do estado.” A declaração exaltou os ânimos dos vereadores de oposição. “Isso não é palanque eleitoral. Tem que apontar soluções e não discutir de quem é a culpa”, esbravejou Alberto Betão Justino (PSB).

domingo, 18 de outubro de 2009

Especulação imobiliária aumenta no ABC com as obras do Rodoanel


Sábado, 17 de outubro de 2009 - 19:32
Rodoanel eleva preço de terrenos em até 4.900%
Instalação de empresas logísticas mexe com o mercado imobiliário local
Fernando Bortolin Agência BOM DIA
Não é só o programa Minha Casa Minha Vida que está mexendo com o mercado imobiliário do ABCD, mas também o Rodoanel. Empresários ligados aos setores de transportes, logística, construção civil e imobiliário são unânimes em apontar que o preço dos terrenos para a instalação de empresas em pontos estratégicos do trajeto chegam a apresentar valorizações entre 300% a 4.900%. “É lógico, líquido e certo que há essa valorização devido à extrema relevância do projeto”, diz o consultor de logística Antonio Wrobleski. “Há cinco anos, a construção de um armazém logístico era feita com base em R$ 300 o metro quadrado, mas hoje não sai por menos de R$ 600. Indo mais longe, há áreas onde o custo do metro quadrado era de R$ 2,00 e hoje não sai por menos de R$ 100”, diz. Em Mauá, junto ao bairro Sertãozinho, uma das áreas mais procuradas pelas empresas, o corretor da Barão de Mauá, Claudinei Aparecido Souza constata valorizações entre 300% e 400%. Exemplo disso foi a inauguração ontem do Condomínio Empresarial Marino Lena, conjunto de 29 galpões industriais com nove empresas, das quais, 60% de empresas logísticas. “Está havendo forte procura de terrenos e galpões. Percebemos isso em locais como Mauá e São Bernardo, diz o presidente da Acigabc, Milton Bigucci.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Rodoanel chega a Mauá trazendo degradação!

As fotos abaixo demonstram o descaso ambiental das empresas e empreiteiras que não respeitam a fragilidade das áreas em que realizam as suas obras.O caso em tela,esta nas obras do traçado Rodoanel-Sul e prolongamento Jacu-Pessego em Mauá,altura da Avenida João Ramalho, Parque São Vicente.A empresa concessionária de água e esgotos de Mauá Ecosama(atualmente denominada Foz do Brasil)degradou uma área onde se encontra espécies do Bioma Mata Atlântica,somando-se as obras de prolongamento do traçado Jacú-Pessego, que também não respeitou as áreas de preservação permanente,as fotos mostram cortes de espécies de Samambais cortadas e queimadas,além do assoreamento de área brejosa e das nascentes provocados por ambos.






Vejam como anda o transporte público em São Paulo


Passageiros lotam as plataformas da Estação Brás da CPTM, no centro de SP. Foto: Filipe Araújo/AE
Solange Spigliatti, Central de Notícias (AE)
Circulação de trens deve voltar ao normal à tarde, diz CPTM
Usuários da zona leste enfrentam problemas e têm como opção fazer a baldeação para o Metrô no Tatuapé
A circulação dos trens da Linha 12 - Safira (Brás - Calmon Viana) da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) deve voltar ao normal só por volta das 13 horas desta quinta-feira, 8. A falha em um trem às 6h30 interrompeu parte da circulação entre as estações Calmon Viana e Tatuapé.
A linha Safira faz a ligação entre o Brás, no centro, e Calmon Viana, na zona leste. O trem seguia no sentido Calmon Viana e teve problemas no sistema de alimentação de energia. O falha aconteceu após um captador de energia enroscar em fios. O problema aconteceu entre as estações Brás e Tatuapé.
Por causa da falha, a circulação é feita somente entre as estações Calmon Viana e Tatuapé. Como opção, os usuários podem fazer uma baldeação gratuita na Estação Tatuapé para a Linha 3 - Vermelha do Metrô ou usar os trens da Linha 11 - Coral (Expresso Leste) para chegar à Estação Brás.

sábado, 10 de outubro de 2009

Trecho Sul do Rodoanel tem redução de R$311,8 milhões após fiscalização do TCU

Ação do TCU garantiu economia de R$ 1 bi à União
MARCELO DE MORAES - Agencia Estado sexta-feira, 9 de outubro de 2009, 20:16
BRASÍLIA - Levantamento feito pelo Tribunal de Contas da União (TCU) mostra que sua ação de fiscalização garantiu em 2009 a redução de aproximadamente R$ 1,13 bilhão no valor final de contratos de obras auditadas pelo órgão. Essa diminuição foi produzida através da correção dos problemas apontados para cada empresa pelo tribunal durante a auditoria desses empreendimentos.
Ao todo, esse resultado foi obtido com ajustes em 11 obras. A maior economia foi registrada na construção do Rodoanel, no seu trecho sul, em São Paulo. O ajuste feito pelo Departamento Nacional de InfraEstrutura de Transportes (DNIT), pela Desenvolvimento Rodoviário S A (Dersa) e pelos consórcios contratados para tocar a obra resultou numa redução de R$ 311,8 milhões.
O resultado apontado pelo tribunal serve como uma resposta no momento em que o governo federal aumenta a pressão política para reduzir competências do órgão, considerando que existem exageros nas suas recomendações para a paralisação de obras federais. Dentro do governo existe a avaliação que muitas dessas paralisações estariam sendo determinadas por motivações frágeis e interrompendo empreendimentos importantes para o País. A mesma opinião é compartilhada com representantes do setor empresarial, que interpretam a ação do tribunal como um entrave para sua atuação.
O governo decidiu fazer ofensiva para afrouxar essas regras, negociando com sua base de apoio no Congresso um novo texto para a Lei de Licitações (Lei 8.666/93). No caso da paralisação de obras pelo TCU, o novo projeto prevê que o tempo de suspensão cautelar de uma obra nunca ultrapasse o período de três meses.
A pressão do governo sobre o Tribunal de Contas voltou a se intensificar depois da divulgação do resultado do relatório de fiscalização de obras federais de 2009. Há duas semanas, o TCU enviou para o Congresso seu levantamento anual, propondo a paralisação imediata de 41 obras federais, incluindo 13 integrantes do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC).
Irregularidades
Segundo dados publicados no relatório de atividades do tribunal, e que registra os dados acumulados dos primeiros seis meses do ano, essas decisões cautelares foram adotadas pela ocorrência de supostas irregularidades nesses investimentos.
Em 2009, o TCU já baixou 42 medidas cautelares até o mês de junho, sendo 20 no segundo trimestre. As cautelares usadas para suspender licitações envolveram valores na ordem de R$ 386,2 milhões. A suspensão de contratos envolveu R$ 12,7 milhões. Já a suspensão de repasse ou pagamentos a convênios e contratos foi da ordem de R$ 89,2 milhões.
O próprio tribunal reconhece no relatório que "a expedição dessas medidas não necessariamente gera impacto econômico imediato". O principal objetivo, na visão do TCU, "visa ao resguardo tempestivo da legalidade e da moralidade na aplicação dos recursos públicos federais". Mesmo assim, essas ações garantiram esse ano uma redução superior a 1,13 bilhão no valor dos contratos originais.

sábado, 3 de outubro de 2009

Moradoras de Mauá paralisam obras do rodoanel


Renato Brasileiro Diário Regional
Cerca de 40 mulheres e crianças do Jardim Oratório, em Mauá, paralisaram na última sexta-feira as obras do trecho Sul do rodoanel que passam pelo bairro. O grupo impediu que os caminhões e máquinas da empreiteira responsável pela ampliação da Jacu-Pêssego deixassem o canteiro no qual ocorrem as intervenções.
Entre as reivindicações estão a entrega dos laudos das casas avaliadas, manutenção periódica da avenida Ayrton Senna, resolução dos problemas de saneamento do local e definição sobre as residências do setor 22 do Jardim Oratório, que, de acordo com os moradores, ficarão sob um viaduto.
A manifestação começou por volta das 15 horas. Na quinta-feira a comunidade já havia se mobilizado, impedindo a continuidade da obra. Segundo a diretora da Associação de Amigos do Bairro do jardim Oratório, Vânia Buré, o grupo só se reuniu na sexta-feira porque o Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa) e a prefeitura não cumpriram acordo feito com os munícipes de que um representante da administração municipal seria enviado para prestar esclarecimentos sobre as reivindicações.
O vereador Rômulo Fernandes afirmou que houve desencontro de informações. “A reunião de hoje (sexta-feira) entre a prefeitura e o Dersa ocorre sempre. Já existe requerimento, assinado por todos os vereadores, convidando a empresa a comparecer para audiência, ainda sem data definida”, explicou.
Ao final da tarde de sexta-feira, os moradores fizeram acordo verbal com o engenheiro responsável pela obra para que tratores e caminhões não passem mais pelas ruas das casas danificadas, além de agendar uma reunião (ainda sem local definido) com representantes do Dersa, que poderá contar com a presença do secretário de Habitação, Sergio Affonso dos Santos. Somente assim o grupo permitiu o tráfego das máquinas.
Para Dilma Silva, uma das moradoras mais exaltadas na manifestação, a maneira como comunidade está sendo tratada não é humana. “Já estão com os laudos prontos, mas não querem nos entregar, e ainda mudaram o trajeto da pista e não nos avisaram. Agora, mais de 200 famílias ficarão embaixo de um pontilhão, com as casas todas rachadas”, destacou.
Em nota, o Dersa informou que os moradores ocupam área pública e não são proprietários do terreno, pois não possuem título de propriedade. A empresa ainda reforçou que esses moradores estão sendo atendidos pelo Programa de Reassentamento, que prevê o pagamento das benfeitorias realizadas nos imóveis, após laudo técnico de avaliação.
Terça-feira , 29 de setembro de 2009
Cynthia Tavares
Auditoria avaliará danos de obras do rodoanel
O pedido de auditoria técnica para averiguar se as medidas mitigadoras das áreas por onde passa o traçado do trecho Sul do rodoanel estão sendo realizadas conforme o acordado está pronto. O documento deverá ser apresentado hoje à Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Assembleia Legislativa. A ideia é avaliar os impactos negativos causados pela construção, que passa pelos municípios de São Bernardo, Santo André e Mauá.
No dossiê estão fotos, vídeos, depoimentos e relatórios baseados em vistoria nos lugares atingidos feita pelos deputados estaduais membros da Comissão, Donisete Braga e Ana do Carmo, a convite dos munícipes da região.
Na ocasião também será apresentado requerimento convocando o secretário de Estado do Meio Ambiente e o superintendente da empresa de Desenvolvimento Rodoviário (Dersa), para uma reunião com os prefeitos dos municípios envolvidos. Após a análise do documento, a previsão é de que no prazo de 30 dias seja apresentado parecer.
Entre os problemas apontados estão o assoreamento da represa Billings, contaminação da água, diminuição da capacidade de armazenamento do reservatório, desmatamento, isolamento dos bairros, crescimento no número de acidentes de trânsito e falta de segurança.
Somente em São Bernardo, a obra passa por sete bairros e atingiu cerca de 25 mil pessoas.

Relatório do TCU aponta irregularidades em obras no ABC

Repórter Diário - 29/09/2009
Da Redação
O relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) divulgado nesta terça-feira (29/09) apontou irregularidades em três obras realizadas na região. São elas: a expansão do campus de Diadema da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo); o Trecho Sul do Rodoanel e o campus da UFABC (Universidade Federal do ABC).
O TCU, porém, não recomenda a paralisação das obras relacionadas no relatório, que foram classificadas como IG-C (irregularidade grave com continuidade). No caso do Trecho Sul do Rodoanel, foram apontados pelo tribunal 79 IG-Cs em 10 contratos, um convênio e um edital.
O campus da UFABC em Santo André ganhou a classificação de três IG-Cs e no campus da Unifesp foram apontados oito IG-Cs. O TCU irá solicitar informações ao gestor responsável para tomar as medidas possíveis para que as correções sejam feitas sem prejudicar o andamento da obra.
No Brasil, O TCU recomendou a paralisação de 41 obras, 13 delas pertencentes ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Foram fiscalizados 219 empreendimentos.

Com o Rodoanel, o tráfego de caminhões irá aumentar ainda mais na Anchieta.Leia mais

O Governo do Estado de São Paulo avalia a possibilidade de reservar a Via Anchieta apenas para caminhões e ônibus. Se confirmada a intenção, automóveis ficariam proibidos de circular pela via. A informação é do secretário de Transportes do Estado, Mauro Arce, que esteve em Santos ontem para participar do Encontro da Arquitetura eEngenharia Consultiva de São Paulo...

domingo, 27 de setembro de 2009

Laudo aponta danos ambientais no Rodoanel


Alagamento no entorno de obras de trecho do Rodoanel, que ligará Regis Bittencourt e Anchieta-Imigrantes
27/09/2009 - 13h27
da Folha Online
Problemas como deficiências no projeto de drenagem e de retenção de terra na construção do trecho sul do Rodoanel foram constatados em vistorias da Cetesb (companhia ambiental de São Paulo), informa reportagem publicada neste domingo pela Folha.Os problemas constam do último relatório do grupo que monitora a obra, baseado em blitz feita no dia 3 de agosto passado no lote 1, de Mauá a São Bernardo do Campo (ABC paulista), a cargo do consórcio Andrade Gutierrez/Galvão. A falta de retenção de terra está deixando a água escura e provocando assoreamento em parte da represa Billings --uma das principais fontes de abastecimento em São Paulo.
Um supervisor ambiental do empreendimento afirma que os impactos superam as previsões. Ele cita uma região com 15 córregos, fora da área de concessão do Rodoanel, que desapareceram por conta do assoreamento.A Dersa (empresa de transporte do Estado responsável pelo Rodoanel) avalia que os problemas ambientais não são significativos e que eles foram agravados pelas chuvas.
Dersa afirma que falhas no Rodoanel são pontuais
Empresa estatal responsável pela obra também culpa intensidade de chuva
Dersa afirma que monitora fauna, flora, água, ar e patrimônio de modo rigoroso e que cumpre licenciamento ambiental A Dersa (empresa de transporte do Estado responsável pelo Rodoanel) avalia que os problemas ambientais apontados em vistoria oficial não são significativos -e que eles foram agravados pelas chuvas."A alta intensidade da ocorrência de chuvas nos últimos meses afetou algumas medidas mitigadoras, principalmente os dispositivos de drenagem provisórios. A situação observada no relatório refere-se a problema localizado, de pequena abrangência e significância", informou a Dersa.Em relação ao afogamento de árvores, a empresa disse que "a vegetação afetada encontra-se em estágio pioneiro de regeneração" -e que ela havia sido mantida apesar de autorização para a sua retirada.Quanto ao assoreamento de trechos da represa, a Dersa também respondeu ser problema localizado. Sobre um caso citado pela vistoria, disse que "a ocorrência já foi resolvida".Questionada a respeito de uma foto aérea mostrada pela Folha e que também mostra a diferença acentuada na cor da água no entorno do Rodoanel, a empresa diz que ela "provavelmente foi obtida após incidência muito alta de chuva". Mas minimizou os possíveis danos.Disse que "os materiais mais grossos", "como areia", foram retidos, e que a "turbidez" se deve a algum material "muito fino como argila", sem prejuízo à qualidade da água da represa, "que é monitorada em tempo real por meio de três estações automáticas".A Dersa nega irregularidades no acúmulo de montes de terra ao longo da obra. Diz que a imagem flagrada em vistoria oficial se deve a um material depositado "provisoriamente para posterior utilização", sem risco de ser arrastado pela chuva -avaliação diferente da Cetesb. Afirma também que todos os depósitos de terra existentes foram devidamente licenciados.A empresa de transporte do Estado diz que implantou um programa de resgate da fauna na obra e que atendeu mais de 500 animais, dos quais 350 foram realocados em áreas similares e 150, "encontrados feridos ou adoentados", foram encaminhados para tratamento.A Dersa afirma, por fim, que os programas ambientais determinados quando do licenciamento da obra -incluindo monitoramento de fauna, flora, água, ar e proteção ao patrimônio histórico- "estão sendo rigorosamente cumpridos".O consórcio Andrade Gutierrez/Galvão, responsável pelas obras do lote 1 do Rodoanel e contratado pela Dersa, informou que, "por questão contratual", não irá se manifestar.Ana Cristina Pasini da Costa, diretora da Cetesb, avalia que a constatação de falhas ambientais -que ela não considera ser "de grande monta"- no empreendimento indica que a construção está fiscalizada."Uma obra dessas causa impactos. Mas acredito que esteja sob controle", afirma.(JAMES CIMINO E ALENCAR IZIDORO)
Após início da obra, Pesqueiro Oito Lagos fica apenas com três
Comerciante diz que terra do Rodoanel assoreou cinco tanques de peixe no local com a intensificação da chuva
Comissão de meio ambiente da Assembleia vai pedir auditoria à Secretaria do Meio Ambiente sobre os impactos da construção
Quem chega ao Pesqueiro Oito Lagos, na região de Parelheiros (extremo sul de São Paulo), tem a mesma sensação de quem desce na estação Praça da Árvore do metrô e se pergunta onde está a praça. Dos originais oito lagos, só restaram três. Outros três foram encobertos pela pista. Um está cheio de terra, onde o mato já cresce. Outro virou uma poça. E os três que sobraram ainda têm água, mas ela não é nada límpida.
Com as chuvas torrenciais ocorridas nos últimos meses, a terra proveniente do talude da pista do trecho sul do Rodoanel tingiu de cor de tijolo os tanques de pesca remanescentes.
Irineu Marcondes, 51, que arrendou o pesqueiro há poucas semanas, com expectativa de lucro, diz que já perdeu 600 kg de peixe. Ele mostra os dois pontos de escoamento de águas pluviais da rodovia, que desembocam dentro da propriedade.
No entanto, um dos tanques, que tinha dois metros de profundidade e hoje não chega aos 80 centímetros, ainda serve como criadouro de girinos.
Marcondes diz que em seu contrato consta a existência de três tanques. "Só consigo usar um. A enxurrada destruiu o filtro, e a terra tomou conta. O engenheiro da obra prometeu limpar os tanques com uma escavadeira, mas não sei se o proprietário já não foi indenizado pelas perdas. Falei para ele que eles deveriam fazer um canal de escoamento que desembocasse à frente dos lagos. Talvez eu tenha que pagar por fora."
Em nota enviada à reportagem da Folha, a Dersa informa que a área do pesqueiro está sendo negociado para integrar a Unidade de Conservação Varginha, a ser administrada pela prefeitura, e que estudos realizados pela USP "definirão o uso apropriado da área".
Auditoria
O deputado estadual Donisete Braga (PT), da comissão de meio ambiente da Assembleia, prepara um pedido de auditoria à Secretaria do Meio Ambiente sobre os impactos do Rodoanel.
A decisão saiu após uma vistoria na semana retrasada a São Bernardo do Campo (ABC paulista), onde obteve informações de áreas assoreadas na Billings.
"Não somos contra a construção do Rodoanel. Mas é preciso avaliar se os impactos não superam a previsão", diz.
Tranquilidade termina após início da obra
"As cobras foram as primeiras a desaparecer", diz Maria Tereza Nissimura, 47, proprietária do sítio Tadao, em Parelheiros (zona sul de SP), ao comentar as mudanças que aconteceram em sua vida após o início das obras do Rodoanel, em 2007, que consumiram quase metade de sua propriedade.
Acostumada desde 1992 ao barulho dos cães, dos sabiás, da arara, dos saguis e dos esquilos que vivem livres no sítio, hoje ela está a poucos metros da pista. Por causa do ruído das máquinas, diz não conseguir dormir.
Seu relato é todo documentado com fotos que mostram diversos momentos da obra, e os consequentes transtornos originados a sua rotina. Ela mostra também três boletins de ocorrência registrados no 25º DP de Parelheiros. Um deles descreve um assalto sofrido, segundo ela, por causa do Rodoanel.
"Quando eu ia sair para alimentar os saguis, dois ladrões encapuzados entraram em casa e me amarraram pedindo o dinheiro da indenização. Fugiram de moto, e a polícia não conseguiu chegar por causa das obras, que duram até a noite. A casa vibra, tem rachaduras. O celular só funciona se eu subir no Rodoanel. Imagine quando começar o tráfego? Quero me mudar daqui."