sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Protesto no Rodoanel, Serra virou Ambientalista acredite se quiser!

Trecho do Rodoanel fechará ruas da Cantareira em SP

08 de outubro de 2010 AE - Agência Estado
Mais ruído, mudança na paisagem e redução das opções de acesso. O Estudo de Impacto Ambiental do Trecho Norte do Rodoanel prevê que "áreas residenciais de médio e alto padrão" na região da Serra da Cantareira sofrerão esses males e, por isso, serão desvalorizadas com a construção da nova pista. A obra vai fechar 32 ruas - 26 na região da Serra da Cantareira na capital paulista e em Guarulhos.
O isolamento vai causar "processos de desvalorização imobiliária pela redução das possibilidades de acesso futuro em áreas de expansão urbana situadas ao norte do traçado, acarretada pela ruptura da malha urbana", segundo o documento. A maior parte dos bloqueios de ruas vai ocorrer em áreas de ocupação recente e irregular.
Além disso, está prevista desapropriação de 2.794 imóveis residenciais, industriais e rurais nas duas cidades e em Arujá. A previsão é de que o trecho fique pronto em 2014. Segundo o estudo, o Trecho Norte terá 44 quilômetros. Desses, 6,3 km estão divididos em seis túneis. A via tem orçamento previsto de R$ 5,3 bilhões e terá saídas para as Avenidas Raimundo Pereira de Magalhães e Inajar de Souza.
A projeção do impacto da obra nos imóveis da região também traça um processo "pontual" de desvalorização nas áreas de médio e alto padrão adjacentes à "faixa de domínio" da pista - a linha de 130 metros de largura que vai receber as faixas de circulação. O motivo são os "impactos ambientais permanentes, como o aumento do nível de ruído e as alterações na paisagem".
O Estudo de Impacto Ambiental ainda precisa ser aprovado pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) para que a obra seja autorizada. E outras audiências públicas deverão ser marcadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




Rodoanel pede atenção redobrada de motorista

André Vieira Do Diário do Grande ABC
As duas primeiras mortes registradas no Trecho Sul do Rodoanel estão concentradas no mesmo segmento da rodovia, que completou seis meses no dia 1°. O local dos acidentes está separado por apenas dois mil metros, perto dos km 80 e 82, entre Santo André e Mauá.
Em 4 de agosto, o veículo e o corpo de uma vítima foram localizados na altura do km 82, boiando na Represa Billings. Na manhã de anteontem, por volta das 8h, ocorreu o segundo acidente fatal, no km 80.
Trafegando no sentido da Rodovia Régis Bittencourt, o professor de educação física Fernando Marques da Costa, 33 anos, perdeu o controle de seu carro, um Fox preto, invadiu o canteiro central e caiu em uma ribanceira, despencando de uma altura de cerca de 30 metros.
Os pontos dos dois acidentes têm características parecidas, sem qualquer curva e em terreno plano, mas oferece risco devido aos constantes registros de neblina e garoa.
As condições climáticas adversas obrigam os motoristas a redobrarem a atenção com o trânsito, reduzindo a velocidade por conta da pouca visibilidade.
O Diário percorreu ontem o Trecho Sul do Rodoanel com o professor de Engenharia Civil e Urbanismo do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana) Luiz Sérgio Coelho.
Para o especialista, a via é segura, e o local dos acidentes conserva pista em bom estado de manutenção - como todo o restante do complexo. Além disso, está corretamente sinalizado.
"Entre 95% e 90% dos acidentes são provocados por atos perigosos dos motoristas, como exceder os limites de velocidades ou dirigir falando ao telefone celular", afirmou o professor.
O especialista descartou a possibilidade de o acidente ter sido causado por fatores ligados à estrutura ou conservação do Rodoanel. Segundo Coelho, a garoa e a neblina podem ter contribuído para o acidente fatal registrado no domingo.
DERSA
Ontem, homens e máquinas trabalhavam na mesma região onde os dois acidentes foram registrados, erguendo mais barreiras de proteção de concreto.
Em alguns pontos, os trabalhos estavam em fase avançada, em outros, indicava que ainda era o começo das obras.
Quando a primeira morte ocorreu, o governo estadual anunciou que iria construir mais barreiras.
Procurada, a Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.) não respondeu ao Diário até o fechamento desta edição.
Em funcionamento desde 1° de abril, o Trecho Sul do Rodoanel está hoje mais estruturado do que quando foi aberto, segundo análise do professor Coelho. Para o especialista, a sinalização está hoje mais completa.
Embora aumente a quilometragem das viagens, o Rodoanel é uma boa opção. "É mais rápido porque os carros podem andar em maior velocidade e a pista é livre, desviando do congestionamento do centro da Capital", afirmou o especialista.
Corpo do primeiro motorista levou dois dias para ser achado
O corpo da primeira vítima fatal em acidente registrado no Trecho Sul do Rodoanel foi localizado dentro da Represa Billings, na altura do km 82, no sentido Mauá da via, no dia 4 de agosto.
Desaparecido havia dois dias, o operador de máquinas Antônio da Silva Pereira, 33, foi encontrado dentro do seu carro, um Gol prata. O motorista perdeu o controle do veículo e caiu na represa, morrendo afogado.
O corpo da vítima foi localizado pelos próprios irmãos de Pereira. Depois de procurarem pelo operador em delegacias e hospitais, os parentes resolveram realizar o trajeto que a vítima fazia para chegar ao trabalho e acabaram por identificar o local do acidente.
Ontem, no período em que o Diário passou pelo local dos acidentes, às 13h45, a neblina estava muito baixa, perto do solo, impedindo que os carros da frente pudessem ser vistos de distância superior a 100 metros.
A condição climática oferecia perigo e tão logo a equipe do Diário parou no acostamento e desceu para observar o local do acidente, um soldado da Polícia Militar Rodoviária se aproximou com a viatura para perguntar se havia algum problema.

Trecho no Rodoanel faz segunda vítima fatal

Marcela Munhoz Do Diário do Grande ABC
Fernando Marques da Costa, 33 anos, foi encontrado morto na altura do km 80 do Trecho Sul do Rodoanel Mário Covas em Santo André, sentido Mauá, na manhã de ontem. O morador de Santo André perdeu o controle do veículo, um Fox preto, e caiu ribanceira abaixo.
O Corpo de Bombeiros, a Polícia Estadual Rodoviária e a Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A), concessionária responsável pelo Rodoanel, chegaram ao local poucos minutos após o acidente, mas a vítima não resistiu.
O corpo foi encaminhado ao IML da Vila Euclides, em São Bernardo. Até 15h de ontem, o veículo não havia sido removido porque aguardava perícia.
No dia 4 de agosto, o operador de máquinas Antônio da Silva Pereira, 33 anos, de Diadema, morreu no mesmo local. O motorista também perdeu o controle do carro e despencou cerca de 30 metros até a Represa Billings.

Record negativo:Rodoanel registrou 621 acidentes em oito meses

Acidente na manhã desta quinta-feira deixa um ferido e 20 km de trânsito
Entre janeiro e agosto deste ano aconteceram 621 acidentes no trecho Oeste do Rodoanel Mário Covas. Uma média de 2,5 acidentes por dia, ou 77 acidentes por mês, segundo a CCR, empresa que administra a via. Neste período foram registrados 268 feridos e 10 mortes.
Na manhã desta quinta-feira (29), por volta das 6h20, uma carreta tombou na alça de acesso do Rodoanel para a rodovia Castello Branco, sentido interior. Uma pessoa ficou levemente ferida. Houve derramamento de 20 mil litros de óleo vegetal na pista ocasionando o bloqueio total do acesso.
A concessionária isolou a área e acionou os órgãos ambientais. Por volta das 10h o congestionamento atingiu seu pico: 20 km (entre km 36 e km 16). Às 11h30, o congestionamento caiu para 6 km. Às 12h30 o tráfego estava lento apenas nas proximidades do km 16.
Por volta das 11h30, o caminhão da empresa especializada no transbordo da carga iniciou o serviço de sucção do material. Às 12h20, a carreta foi destombada. A limpeza da pista começou por volta das 13h. A pista foi totalmente liberada ao tráfego às 14h.
A operação contou com cerca de 50 pessoas, entre equipes da área de Conservação, inspeção de Tráfego e guincho. Também estiveram presentes no local o Corpo de Bombeiros, a Policia Rodoviária e a Cetesb.
Diário de São Paulo

ABC já estuda restringir caminhões

Após proibição em vias de SP, veículos pesados migraram para municípios vizinhos; Mauá e Santo André estão entre os mais afetados
Eduardo Reina - O Estado de S.Paulo
A exemplo de São Paulo, as prefeituras de Santo André e Mauá também cogitam restringir a circulação de caminhões. Essas cidades do ABC viraram rota alternativa para veículos pesados, proibidos de trafegar pela Marginal do Pinheiros e pelas Avenidas Jornalista Roberto Marinho, dos Bandeirantes e Afonso D"Escragnolle Taunay, na capital.
O número de caminhões nas vias de Santo André e Mauá - a maioria não projetada para esse tráfego - subiu 20% nas últimas semanas. A mudança levou a um aumento nos congestionamentos e danificou o pavimento. As prefeituras estudam aumentar a ação dos agentes de trânsito e a fiscalização com radares.
O problema é potencializado pelos caminhões que usam o Rodoanel. E pode agravar-se a partir de segunda-feira, com a entrada em vigor das restrições a caminhões em outras dez avenidas do Morumbi, na zona sul. A rota alternativa no ABC busca a Avenida dos Estados, ligação direta com a capital. Os principais destinos são Marginal do Tietê, Rodovias Dutra e Ayrton Senna e estradas que levam ao interior.
"Desde o início das restrições aos caminhões e com o início de operação do Rodoanel verificamos aumento de 20% nos caminhões de passagem em Santo André", afirma Adriano Roberto Silva, diretor do Departamento de Trânsito. Já há um projeto pronto para restringir caminhões na cidade. "Agora precisamos monitorar como ficará o tráfego após a inauguração da extensão da Avenida Jacu-Pêssego. Se o problema continuar, não haverá alternativa." A abertura da extensão da Jacu-Pêssego estava prevista para hoje, mas foi adiada.
"Preciso sair de casa mais cedo para não perder o horário da escola", reclama a professora Lucia Souza, que cruza avenidas tomadas pelos caminhões para chegar ao centro de Santo André.
Na vizinha Mauá a situação é ainda mais complicada. Os caminhões vão direto do Rodoanel para o centro. A principal avenida, João Ramalho, é a mais afetada. Técnicos da prefeitura dizem que a restrição só será feita se, após a inauguração da Jacu-Pêssego, os caminhões continuarem passando por Mauá. A Secretaria de Estado dos Transportes prevê que a ampliação da Papa João XXIII, em Mauá, e a extensão da Jacu-Pêssego vão tirar os caminhões das vias secundárias.




Enquanto se gasta milhões com o Rodoanel, o Metrô...Clique e veja as fotos.

Problema no Metrô de SP causa reflexo em 18 estações
Embarque não está realizado na Linha 3-Vermelha.
Passageiros saíram dos trens e caminharam na via.
Do G1 SP, 21/09/2010, com informações do Globo Notícia
O problema que afetou a Linha 3-Vermelha do Metrô de São Paulo na manhã desta terça-feira (21) prejudicava, das 7h50 até por volta das 10h15, o funcionamento das 18 estações da linha, que vai de Coritinhians-Itaquera, na Zona Leste, até a Palmeiras-Barra Funda, na Zona Oeste. Segundo o Metrô, uma blusa que impedia o fechamento das portas teria dado origem ao problema.
Por volta das 9h50, o problema ainda não havia sido resolvido. O Metrô alega que para restabelecer o funcionamento é preciso retirar todos os passageiros da via e dos trens. Os passageiros desceram dos trens e começaram a andar nas vias.
O Metrô afirma que, às 7h50, o botão que aciona a abertura de portas foi acionado e a empresa teve que desenergizar o trecho para evitar riscos para os passageiros. Por isso, os dois sentidos estavam parados.
Na Estação Sé, a maior de São Paulo, o acesso dos passageiros estava restrito apenas a duas catracas para embarque na Linha 1-Azul. Funcionários do Metrô informaram ao G1 que as plataformas da Linha Vermelha estavam lotadas.
A empregada doméstica Maria Aparecida Nicolleti ficou presa por uma hora e meia em um trem. Ela embarcou às 7h15 em Itaquera e a composição parou na estação Belém. “O pessoal do Metrô dizia que [o problema] era a presença de usuário na linha. Está um sufoco, porque o ar-condicionado está desligado e o trem, lotado”. Enquanto conversava por telefone com o G1, por volta das 9h, a porta do trem foi aberta.
De acordo com o Metrô, o Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência (Paese) foi acionado por volta das 8h20. Linhas de ônibus que levavam passageiros da Zona Leste até as estações de metrô da região estão realizando o transporte até o Centro. Além disso, a integração com a Linha 11 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) foi liberada gratuitamente nas estações Tatuapé e Itaquera.
O Metrô informou ainda que a circulação só poderá voltar ao normal após todos os passageiros serem retirados dos trens e das vias.

Caminhões migram da marginal Pinheiros para ruas estreitas de bairros de São Paulo

Veículos estão proibidos de circular na via nos dias úteis, das 5h às 21h
Do JR
Com a restrição de caminhões na marginal Pinheiros, no início do mês de setembro, caminhoneiros passaram a disputar espaço nas ruas estreitas dos bairros. A mudança está incomodando os moradores da região oeste da capital. A presidente do Conselho de Bairro do Morumbi reclama.
- Como você não tem a estrutura de asfalto, que é exigido para passar veículo pesado, começa haver rachaduras, você começa a ter problemas nas calçadas. Não dá pra ouvir absolutamente nada, não dá nem pra conversar. É um absurdo.
Já o caminhoneiro Anderson Santos da Silva se diz satisfeito com a nova rota.
- Compensa vir pela cidade porque o rodoanel é muito longe.
Desde o dia 2 de setembro, os caminhões estão proibidos de circular nos dias úteis, das 5h às 21h, na marginal Pinheiros e nas avenidas Jornalista Roberto Marinho e Bandeirantes. Se os motoristas desrespeitarem a nova regra, estarão sujeitos a multa. A restrição também se estende aos sábados, das 10h às 14h, e exclui os feriados.
A regulamentação vale para toda a marginal Pinheiros (pistas expressa e local), entre as pontes do Jaguaré e Morumbi. Os caminhões também estão proibidos de circular em toda a extensão da avenida Afonso D´Escragnole Taunay.
O rodoanel é um conjunto de obras viárias que circula a cidade de São Paulo. Foi criado para desviar os caminhões das congestionadas marginais.
Ele atende quem vem das rodovias Bandeirantes, Anhanguera, Castelo Branco e Raposo Tavares no trecho oeste. No trecho sul, a Régis Bittencourt, Imigrantes e Anchieta.
A obra foi projetada para ficar entre 20 e 40 km do centro da capital, demarcado pelas marginais Pinheiros e Tietê, que também teve o trânsito de caminhões restrito ao período noturno.
Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), são 5.000 caminhões a menos nas marginais durante as horas de pico. Mas como nem todos os caminhoneiros entram no extenso Rodoanel, as pequenas ruas de bairro acabam absorvendo boa parte da demanda.
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Para o engenheiro especialista em tráfego Jaime Waisman, a solução é os caminhões respeitarem o horário de restrição e circularem apenas à noite na cidade.
- É evidente que eles terão que se adaptar porque não há espaço pra todos na cidade. Como a cidade, os estabelecimentos comerciais também vão ter que se adaptar para receber suas encomendas no período noturno.