segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Manifestação contra o traçado do Rodoanel na Cantareira.Clique e leia mais!

ABRAÇO AO LAGO DO HORTO - VERSÃO 2010
Repetindo o ato realizado em 2004 (veja aqui), o SOS Cantareira reeditou em 2010 um abraço ao lago do Horto Florestal, cantando o Hino Nacional, ao final da passeata. Em defesa da Serra da Cantareira e da qualidade de vida da população.

O Horto Florestal tem tudo a ver: trata-se do mais antigo parque estadual, onde está a sede do Instituto Florestal, que cuida de todos os parques estaduais. Ao lado ficava o primeiro reservatório de água de São Paulo, o reservatório da Cantareira, que será totalmente tamponado por um viaduto proposto pelo rodoanel.
MAIS DE 800 PESSOAS NA PASSEATA
Saindo do Largo do Tremembé, mais de 800 pessoas se uniram em um movimento contra o traçado do Rodoanel Norte atravessando a Serra da Cantareira. Com o auxílio da PM, a passeata transcorreu tranquila mas intensa, comb brados em defesa da água, da mata, por mais ciclovias e metrôs, e pela qualidade de vida dos moradores de Zona Norte e Guarulhos, mas também da grande São Paulo e do planeta.

A passeata teve representação de Parada de Taipas, Jd Harmonia, Brasilandia, Jd Damasceno, Jd Paraná, Jd Vista Alegre, Jd Itatinga, Condomínio Itabira, Cachoeirinha, Pedra Branca, Jd Antártida, Vila Rica, Horto Ipê, Jd Ibiratiba, Tremembé, Jd Corisco, Sitio Santa Maria, Jd Peri, Vila Santos, Vila Albertina, Tremembé, Vila Albertina, Tremembé, Guarulhos, 3 Cruzes, Jd Acácio, Jd Beleverde, Invernada, Fortaleza, São João e Cabuçu.

O maior comentário entre todos foi a curiosa afirmação do governador Alberto Goldman ao Estadão, de que, apesar do licenciamento ambiental ainda estar em tramitação, o traçado Norte já está definido e é definitivo. Afirmação algo contraditória...

terça-feira, 23 de novembro de 2010

MANIFESTAÇÃO POPULAR (SOS CANTAREIRA)

Aos interessados pela saúde do planeta, de sua cidade, e da Zona Norte.
Mobilização contra a passagem do Rodoanel trecho Norte pelas áreas de amortecimento ambiental da Serra da Cantareira.
Está marcada uma PASSEATA EM DEFESA DA SERRA DA CANTAREIRA NO DIA 27/11(Sáb), ÁS 14 HS, PRAÇA DONA MARIQUINHA SCIASCIA, RUMO AO HORTO FLORESTAL.
Conforme Folder em anexo.
Entre outras justificativas para essa mobilização, estão:
1 - Agressão ao maior patrimônio ambiental da cidade, inclusive tombada pela Unesco como Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da cidade.
2 - Contra-mão histórica, em um tempo de busca de sustentabilidade, construir grandes estradas em área urbana, para o trânsito de veículos de passageiros.
3 - Chegada de fumaça, materiais particulados e ruído urbano a uma região de preservação ambiental e de mananciais.
4 - Enorme risco ao abastecimento de água, uma vez que o traçado proposto intercepta os troncos de abastecimento que saem da ETA GUARAÚ, na Pedra Branca.
5 - O trecho Norte está passando em trechos a apenas 11 km do centro da cidade, enquanto em outras regiões está a mais de 20 km do centro.
6 - São quilômetros de estrada passando por áreas semi-rurais e verdes, impactando toda a saúde da Grande São Paulo.
7 - A demanda de tráfego nesse trecho já foi assumido como menor do que nos outros trechos, pelo governo. Assim não se justifica os enormes custos ambientais e os R$ 5,5 bilhões iniciais anunciados para as obras. Esse valor poderia ser investido em transporte público de qualidade.
8 - A desapropriação de mais de 3.000.00 imóveis, pessoas que serão atingidas serão remanejadas de qualquer forma sem humanidade, sem planejamento correto e sem indenização justa.

Criança morre afogada em obra abandonada pela Dersa

Por reportagem de Leandro Rodrigues Sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Tragédia revela o descaso do governo estadual com os moradores do Jardim da Conquista e do Jardim Nova Vitória, bairros da zona leste que tiveram partes devastadas para a construção do Rodoanel

Fotos de Eduardo Ogata
Os moradores do Jardim da Conquista e do Jardim Nova Vitória velaram na tarde desta sexta-feira (12) o corpo do menino Lucas, de 10 anos, que se afogou enquanto nadava num piscinão improvisado, abandonado pela empresa Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A) nos arredores do Rodoanel. A tragédia retrata o abandono que se encontram milhares de pessoas residentes da região, situada na zona leste da capital, em parte devastada pela obra inaugurada às pressas no início deste ano. “Aqui somos tratados pior do que cachorros! O próximo pode ser o meu filho”, diz indignada a dona de casa Patrícia Brito, mãe do jovem Leandro, que tem 12 anos e presenciou o momento em que Lucas era socorrido em vão pelos bombeiros.
O acidente ocorreu por volta das 14h de ontem (11), quando Lucas e outro amigo da mesma idade nadavam no local. Segundo o deputado estadual Adriano Diogo (PT-SP), o piscinão abandonado pela Dersa foi uma remediação improvisada para atender o aumento de vazão dos córregos da região, sofrido com o impacto do Rodoanel. Após a inauguração do trecho que corta os dois bairros, de forma irresponsável, a empresa controlada pelo governo estadual deixou para trás o aparelho de drenagem. Não há muros nem portões que isolam o espaço, apenas uma pequena grade o circunda. A carência de centros de convivência justifica a apropriação do piscinão por crianças e adolescentes que residem no entorno, desprovidos de qualquer espaço de lazer.
Testemunhas afirmam que, apesar da dificuldade do acesso, o atendimento chegou rápido ao local, porém, Lucas foi localizado após 20 minutos de busca. Com o garoto desacordado, os bombeiros iniciaram os procedimentos de primeiros-socorros à margem do piscinão, onde minutos depois a vítima sofreu uma hemorragia. Mais de 24 horas depois da tragédia, marcas de sangue e as roupas que o garoto usava simbolizavam no local o sofrimento da comunidade.
No Cemitério da Vila Alpina, onde Lucas foi enterrado às 17h, familiares, amigos e vizinhos estavam desolados. Muitas crianças acompanhavam o velório e choravam a perda prematura do amigo. O garoto era o filho mais velho de uma viúva que cria sozinha mais dois filhos, um de oito e outro de três anos. Diariamente, a mãe sai às 4h30 de casa, embarca em quatro ônibus até chegar ao bairro do Ipiranga duas horas depois, executa o serviço de faxineira em um edifício e às 20h retorna para casa. Ao final do mês, o resultado de seu esforço são R$ 600,00, aproximadamente. No período em que estava fora, seu primogênito a auxiliava com os trabalhos domésticos e fazia as vezes de “homenzinho da casa”, como afirma Ermelina Rocha, amiga da família.
Revoltados e com desejo de justiça, os moradores planejam realizar um protesto no Rodoanel, em frente ao local em que Lucas faleceu, para chamar a atenção do Estado para a situação de risco que as famílias vivem. “Ia dar nisso. Precisou que uma criança morresse, e nem assim sabemos se a Dersa e o governo vão olhar pra gente”, lamenta Fábio Silva, de 23 anos, morador do Jardim da Conquista.
Até o fechamento da matéria (21h13), a reportagem tentou fazer contato com a assessoria de imprensa da Dersa, a fim de obter esclarecimentos sobre o caso. Funcionários informaram que o setor já havia encerrado o expediente.

Mais uma do Paulo Preto...

Consórcio contratou firma da família de Paulo Preto, diz jornal
Um dos consórcios construtores do Rodoanel contratou e pagou R$ 91 mil à empresa de membros da família do engenheiro Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, na época em que ele era diretor de engenharia do Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A), segundo reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo neste sábado (30).
De acordo com a reportagem, o consórcio Andrade Gutierrez/Galvão contratou em 2009 a companhia Peso Positivo Transportes Comércio e Locações Ltda. - ME, que tem como sócios a mãe do engenheiro, Marina Orminda Vieria de Souza, e Fernando Cremonini, genro de Paulo Preto, casado com Tatiana Arana Souza Cremoni, que passou a ocupar o cargo de assistente técnica de gabinete no Palácio dos Bandeirantes após um decreto assinado em 2007 pelo então governador e atual candidato à presidência pelo PSDB, José Serra.
Segundo o jornal, a bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo pediu ao Ministério Público Estadual na última semana para abrir investigação sobre a Peso Positivo, após uma série de acusações feitas pela candidata petista, Dilma Rousseff, durante a campanha eleitoral. Entre elas, a de que o ex-diretor do Dersa teria desviado R$ 4 milhões que supostamente iriam para um caixa dois da campanha do presidenciável tucano.
A Peso Positivo tinha um contrato para oferecer serviços de guindastes na área do lote 1 e no trecho sul do Rodoanel por três meses, e, segundo a assessoria do consórcio, o negócio foi realizado com todas as exigências prevista na legislação, conforme a reportagem da Folha de S.Paulo.

Empresas alegam que pressa aumentou custos do Rodoanel

Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, publicada nesta quinta-feira (28), as empreiteiras responsáveis pelo trecho sul do Rodoanel, inaugurado em abril, afirmaram que o aumento do custo da obra foi causado pela cobrança da empresa estatal Dersa para entregá-la antes do candidato José Serra deixar o governo do Estado e se lançar candidato à presidência da República pelo PSDB. De acordo com o jornal, "esse é um dos principais argumentos utilizados pelas construtoras para reivindicar da Dersa pagamentos extras que superam R$ 180 milhões".
O jornal informa ainda que as obras do trecho sul do Rodoanel já contabilizam R$ 3,3 bilhões e as empresas que participaram da obra afirmam que a pressa para sua conclusão fez com que fosse alterado o projeto original de terraplanagem da construção. Por causa disso, os gastos em novos materiais, maior quantidade de caminhões e de funcionários acabaram extrapolando a previsão inicial.
Ainda de acordo com a Folha de S. Paulo, o secretário dos Transportes do Estado de São Paulo, Mauro Arce, afirmou que as reivindicações das empreiteiras serão avaliadas, mas disse que a entrega da obra em abril era uma obrigação contratual.
O consórcio Arcosul (Odebrecht/Constran), um dos responsáveis pela obra, alegou que o atraso e os custos acima do previsto foram gerados devido às "chuvas excessivas" em 2009. Os demais consórcios não falaram com a reportagem do jornal.
Segundo a Folha de S. Paulo, quem negociava com as construtoras responsáveis pela obra era o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto e que ganhou projeção após ser mencionado pela candidata Dilma Rousseff (PT) em debate promovido pela Rede Bandeirantes no início do mês.
A petista citou uma reportagem da revista Isto é, de agosto, em que o engenheiro da Dersa foi acusado de ter arrecado e desviado R$ 4 milhões da campanha de Serra. Paulo Preto e os dirigentes tucanos negam qualquer irregularidade.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Jornal: Paulo Preto mudou contrato no Rodoanel e acelerou obras

O ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, fez mudanças no contrato original das obras do Rodoanel um dia após assumir a diretoria de engenharia da estatal, informa o jornal Folha de S.Paulo deste domingo (24).
De acordo com a reportagem, a alteração contratual assinada por ele permitiu que as empreiteiras mudassem o projeto da obra e até usassem materiais mais baratos. Segundo a Folha, a medida, definida em 2007, em acordo da Dersa com as construtoras, foi tomada para "acelerar" a construção do trecho sul a fim de entregar a obra até abril deste ano, quando José Serra (PSDB) deixou o governo paulista para se candidatar à presidência da República.
O jornal afirma ainda que a mudança contratual no Rodoanel inviabilizou cálculos que poderiam dizer se os pagamentos das obras correspondiam ao que havia sido planejado e executado, de acordo com avaliação do Ministério Público Federal, feita dois anos mais tarde. Ainda segundo a Folha, a negociação com as empreiteiras envolvidas nas obras do Rodoanel foi a principal tarefa de Paulo Preto, que teve a missão de não permitir que a "vitrine política" de Serra sofresse atraso.
A reportagem afirma que o acordo mudou radicalmente as regras de pagamentos das construtoras, que tinham sido fixadas na gestão de Geraldo Alckmin (PSDB). De acordo com a Folha, as empreiteiras passaram a receber um preço fechado no valor de R$ 2,5 bilhões, ao invés de serem pagos conforme quantidade e tipo de cada serviço ou material usado na obra.
Ao jornal, a Dersa e Paulo Preto negaram que a obra tenha irregularidades. Segundo o ex-diretor, a mudança contratual em 2007 apresentou vantagens e qualidade do empreendimento foi garantida.

O "protegido" Paulo Preto.Clique no título

Delegada que prendeu engenheiro por receptação de joia roubada sofreu pressões do alto escalão do governo paulista para liberar o arrecadador tucano
Sérgio Pardellas e Claudio Dantas Sequeira

Já pensaram se ele abrir o bico?