quarta-feira, 25 de novembro de 2009

TCU: viaduto que caiu no Rodoanel já estava quase pago

AE - Agencia Estado
SÃO PAULO - As obras do complexo de viadutos sobre a Rodovia Régis Bittencourt do Trecho Sul do Rodoanel, que caiu na sexta-feira, já foram quase que totalmente pagas pelo governo estadual, antes mesmo de serem concluídas. Foi realizado pagamento adiantado, com base em medições de obra que foram superdimensionadas.
Relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) mostra que o viaduto de acesso à Régis já havia recebido adiantamento de R$ 2,6 milhões, apesar de as obras físicas estarem 73% concluídas na 37ª medição. Com esse adiantamento, seria necessário que 96,9% da obra estivesse pronta, uma diferença de 23,9% entre o realmente feito e o medido.
É apontada ainda uma grave falha na fiscalização tanto por parte da empresa Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), estatal paulista, quanto por parte do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), autarquia federal.
O TCU mostra que somente em obras de arte especiais - pontes, viadutos, passagens de nível e túneis - nos cinco lotes dos 61,4 quilômetros do Trecho Sul, foram pagos adiantados para serviços não realizados até a medição informada pelas empresas cerca de R$ 100,7 milhões. Já quando se somam também serviços que não estavam previstos no contrato original do empreendimento, o pagamento adiantado chega à casa dos R$ 236 milhões.
Fiscalização
Medições de obras são atestados do que foi executado e não deve haver incoerência quando comparadas com o que foi constatado nos canteiros de obras. Normalmente esse serviço toma como base o diário de obra. Grandes diferenças, segundo especialistas, podem configurar fraude.
"Se houve medição acima do executado há uma fraude. A medição é o ato de atestar o trabalho. É um ato administrativo. E este alguém que fez a medição falhou, o documento não seria verdadeiro", explica o professor de Direito Constitucional da PUC Luiz Tarcisio Teixeira Ferreira. "É liberação antecipada de pagamento de obra não feita. Deve haver fiscalização diuturna dos trabalhos para a medição. Há problema com quem mediu e com quem aceitou a medição."
A fiscalização sobre o que realmente foi executado e o que deve ser cobrado do administrador da obra, no caso a Dersa, cabe ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e à própria Dersa. Mas a fiscalização foi terceirizada. Os representantes do Dnit nos canteiros de obras seriam cinco engenheiros e um coordenador. Mas numa reunião no dia 19 de junho, no Ministério Público Federal, descobriu-se que o coordenador da fiscalização do Dnit não era servidor federal, mas um funcionário da empresa Sondotécnica, paga com dinheiro público, o que constitui, segundo o TCU, "indício de irregularidade".
"Percebe-se, nessa situação, que a necessária independência entre a entidade fiscalizadora e a fiscalizada restou comprometida. Não é razoável que aquele que foi designado para fiscalizar em nome do Dnit a regular aplicação dos recursos públicos federais que estão sendo administrados pela Dersa seja contratado e remunerado pela própria estatal paulista e não pela autarquia federal", aponta o Tribunal.
Defesa
O Dnit esclareceu que sua superintendência em São Paulo tem reduzido quadro de pessoal e que não dispunha de recursos necessários para acompanhar o empreendimento. A autarquia federal informou ainda que ficou deliberado em fevereiro de 2007, em audiência na qual o governador José Serra estava presente, que a Dersa "iria fornecer os meios ao Dnit para possibilitar" que o departamento participasse da supervisão das obras.
A Dersa alega que as pendências foram sanadas na assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público Federal em setembro, o que derruba qualquer denúncia de irregularidade nas medições e na fiscalização. "O Rodoanel Trecho Sul está devidamente regularizado no TCU a partir de todos os esclarecimentos prestados a estes órgãos com a participação do Ministério Público Federal", informa nota da estatal.
Entretanto, o TAC apenas limita em R$ 264 milhões os gastos extras - valor constatado pelo TCU. Porém isso não significa que os adiantamentos pagos no passado às empreiteiras estejam livres de irregularidades. O relatório do TCU ainda não foi apreciado em plenário e o processo de auditoria está tramitando. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Acompanhamento e supervisão do trecho da obra onde houve desabamento de vigas foram terceirizados pelo governo paulista
Ex-presidente da Dersa diz que houve falha de fiscalização; diretor de estatal paulista de transportes admitiu possibilidade...

Rodoanel tinha 79 irregularidades graves.Leia mais

Auditoria do TCU condenara uso de viga pré-moldada; secretário defende obra
Relatório emitido em setembro pelo Tribunal de Contas da União (TCU) aponta pelo menos 79 irregularidades classificadas como "graves" nas obras do Trecho Sul do Rodoanel Mario Covas, em São Paulo. Uma dessas irregularidades seria o uso de vigas pré-moldadas não previstas em contrato para os novos viadutos...

Alteração de projeto corta 14 meses na obra do Rodoanel

AE - Agencia Estado
SÃO PAULO - Alterações no método construtivo e na execução do Trecho Sul do Rodoanel permitiram à administração do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), abreviar em 14 meses a conclusão da obra de 61,4 quilômetros que ligará as Rodovias Régis Bittencourt, Raposo Tavares, Castelo Branco, Bandeirantes e Anhanguera ao Sistema Anchieta-Imigrantes. A construção teve início em 28 de maio de 2007 e, a partir dessa data, deveria ser entregue em 48 meses, conforme o cronograma previsto na assinatura dos contratos.
Entretanto, o prazo acabou encurtado para 34 meses - a nova meta é 27 de março de 2010, um mês antes do limite para candidatos às eleições se desincompatibilizarem de seus cargos públicos. Serra é o virtual candidato do PSDB à sucessão presidencial. A construção do Trecho Oeste, com praticamente a metade da extensão do Trecho Sul, demorou quatro anos.
A mudança no método construtivo é, segundo engenheiros, uma das estratégias adotadas por empreiteiras para baratear custos e reduzir cronogramas de obras. Relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) divulgado este ano mostrou que o consórcio responsável pelos trabalhos onde ocorreu o desabamento de três vigas na noite de sexta-feira substituiu estruturas de balanços sucessivos por vigas pré-moldadas.
O relatório do TCU aponta ainda que, ao utilizar vigas pré-moldadas, as empreiteiras deixaram de fazer 10 mil metros quadrados de tabuleiros entre as estruturas das pontes. Os auditores concluíram que a mudança resultou em economia de R$ 20 milhões. Embora tenham preços distintos, os métodos são considerados seguros.
Critérios técnicos
A Secretaria dos Transportes informou que a mudança do método construtivo foi baseada em critérios técnicos e negou que tenha havido mudança no cronograma original. "O contrato foi assinado em abril de 2006 e as obras começaram em maio de 2007", argumenta a pasta, que divulgou, ainda em 2006, prazo de 48 meses para a conclusão do Trecho Sul, a partir do início dos trabalhos.
Sobre o relatório do TCU, a secretaria alega que as formas de medição da obra e de pagamento dos serviços prestados pelas empreiteiras foram "totalmente" aprovadas pelos órgãos controladores, como os tribunais de contas da União e do Estado. O governo descarta atrasar a entrega da obra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Rodoanel: presidente do Crea de SP critica falta da 5ª viga

17/11 - 14:02 - Agência Estado
O presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de São Paulo (Crea-SP), José Tadeu da Silva, afirmou que a colocação de apenas quatro das cinco vigas de sustentação da estrutura do viaduto é uma provável hipótese da causa do desabamento. "Esse tipo de estrutura exige que se coloque as cinco vigas simultaneamente.
Colocar quatro, sem avaliar as consequências, pode ter sido o erro ou a falha na construção da estrutura", disse Silva, que visitou o canteiro de obras do Rodoanel onde ocorreu o acidente.
De acordo com o Crea, as cinco vigas precisam ser fixadas ao mesmo tempo, para que ocorra um equilíbrio de pesos no alto da estrutura. Ainda não há prazo para a conclusão da investigação sobre as causas do acidente, que também estão sendo realizadas pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Seis profissionais integram a equipe que vai apurar o caso. Poderá haver punição, que vai desde advertência até a perda do registro profissional.
Paralelamente aos trabalhos do Crea e do IPT, o Ministério Público Estadual também abriu ontem uma ação para investigar o acidente e eventuais responsabilidades de agentes públicos envolvidos. A liderança do PT na Assembleia Legislativa informou que vai acionar o Ministério Público Federal e pedir auditoria especial no Tribunal de Contas do Estado para investigar responsabilidades.
"O Rodoanel tem mais de duas mil peças iguais a essas. É provável que a falha tenha sido na colocação e não na peça", disse Silva. Uma das cinco vigas quebrou quando estava sendo levada para o local e resultou na colocação de apenas quatro.
Silva ressalta ainda que o projeto determina - o que já foi feito em todo o Rodoanel - que se coloque três vigas na sustentação central e duas nas laterais. "Vamos apurar quem deu a ordem de colocar quatro, quando o recomendável são cinco. Quando você fica sem uma das peças, pode haver desestabilização."
Segundo o presidente do Crea, depois deve ser colocada a peça que será a pista de rolagem e, no final, é feita uma espécie de amarração com cabos de aço. "Essas etapas têm de seguir essa ordem e a amarração impede que haja deslocamento. Se não se obedece a todas as etapas, há risco de falhas e acidentes."

Trecho Oeste do Rodoanel já passa por reformas

AE - Agencia Estado
SÃO PAULO - Inaugurados há sete anos, 49 pontes e viadutos do Trecho Oeste do Rodoanel passam atualmente por reformas estruturais. Os canteiros de obras estão espalhados ao longo dos 32 quilômetros da via que interliga, desde outubro de 2002, as Rodovias Bandeirantes, Anhanguera, Castelo Branco, Raposo Tavares e Régis Bittencourt. Cerca de 240 mil veículos passam por dia pela estrada.
A descrição das reformas estruturais é anunciada nas margens das pistas por placas do governo estadual. No Trecho Oeste também há três túneis e sete trevos. O governo do Estado e a CCR RodoAnel, concessionária responsável pela via, não informaram os detalhes das intervenções em andamento. Em nota oficial, a empresa informa que "faz parte do contrato de concessão a inspeção rotineira e a restauração de todas as obras de arte especiais (pontes e viadutos)". O comunicado aponta ainda que as medidas são necessárias para manter a estrutura em bom estado.
A concessionária diz que "as inspeções são periódicas e há um programa anual de recuperação dessas obras", com reparos, trocas das juntas de dilatação e vedação e pintura. "No caso do Trecho Oeste, já foi feita uma inspeção em todas as obras de arte especiais e não há nenhum risco estrutural." A Dersa e a Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), procuradas pela reportagem para comentar as obras no Trecho Oeste, não responderam às ligações.
Desgaste
Para o engenheiro civil José Roberto Bernusconi, presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco), a deterioração de estradas como a do Trecho Oeste do Rodoanel se dá por vários motivos. Mas o principal é a mudança de dimensionamento da obra. O projeto prevê uma carga e um volume de tráfego. Se isso não é respeitado, a via deteriora-se mais rapidamente. Além disso, também é preciso ter o uso adequado de material.
"São procedimentos de natureza técnica. Todo engenheiro sabe que é preciso ter um tempo de maturação da obra. O concreto precisa ser bem feito, bem curado. Tudo tem seu tempo. É como o dentista, que precisa colocar cada material no seu dente no momento certo, esperar a hora para aplicar a mistura certa. Quando o assunto é estrada, é preciso ter o dimensionamento correto do pavimento e das pontes e viadutos. Veículos com excesso de peso, numa utilização excessiva, provocam desgaste prematuro das estruturas. Caso contrário, o prazo de validade da obra expira rapidamente", explica. Ele cita ainda chuva ácida, provocada pelo excesso de poluição, que coopera na deterioração do pavimento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Serra e 11 deputados receberam doações de 'consórcio' do Rodoanel, diz TSE

Thiago Reis e Marcelo Mora
Do G1, em São Paulo
Governador recebeu R$ 1 milhão da OAS e R$ 100 mil da Carioca.
Quatro petistas e 5 tucanos também estão entre agraciados.
O governador José Serra (PSDB) diz que o consórcio responsável pelas obras do viaduto do Rodoanel onde vigas caíram ferindo três pessoas na sexta (13) terá de indenizar as vítimas se for comprovada falha. Já os deputados estaduais dizem que vão pedir explicações e prometem dar início a uma CPI na Assembleia para apurar a responsabilidade das empreiteiras.
Pois essas empresas que estão agora na mira dos políticos foram há pouco tempo colaboradoras deles. A OAS Engenharia e a Carioca, que compõem com a Mendes Jr. o consórcio responsável pelo lote onde houve o acidente, ajudaram a eleger em 2006 tanto o governador José Serra como outros 11 deputados estaduais, cinco deles do PSDB e quatro do PT (partido que hoje patrocina a ideia de uma comissão parlamentar de inquérito na Casa).
Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o governador José Serra recebeu R$ 1 milhão da construtora OAS e outros R$ 100 mil da Carioca. O valor representou 4%do total arrecadado pelo então candidato (R$ 26 milhões).
Os seus adversários na época, Aloizio Mercadante (PT), Orestes Quércia (PMDB), Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) e Carlos Apolinário (PDT), não receberam doações das empreiteiras.
Entre os deputados petistas agraciados com doações da OAS estão Adriano Diogo (R$ 50 mil), Rui Falcão (R$ 150 mil), Ana do Carmo (R$ 30 mil) e Carlos Almeida (R$ 50 mil). Rui Falcão recebeu dinheiro também da Carioca: R$ 5 mil.
Entre os tucanos que receberam recursos da OAS para a campanha à Assembleia Legislativa estão Orlando Morando (R$ 150 mil), Analice Fernandes (R$ 100 mil), Geraldo Vinholi (R$ 50 mil) e Bruno Covas (R$ 15 mil) - este também patrocinado pela Carioca, com outros R$ 25 mil. Já João Caramez (PSDB) teve uma doação de R$ 20 mil da Carioca.
Os deputados Milton Leite Filho (DEM) e Jorge Caruso (PMDB) completam a lista de políticos ajudados pelas empresas que estão no foco do acidente no km 279 da Régis Bittencourt.
Outro lado
A assessoria de imprensa do Palácio dos Bandeirantes disse que o governador José Serra passou a segunda-feira (16) cumprindo agenda em Mirante do Paranapanema, a 610 km de São Paulo, e que seria muito difícil contatá-lo para comentar o assunto.
Já as assessorias dos deputados estaduais citados foram contatadas pelo G1 e ficaram de ligar de volta, o que não foi feito até as 21h30 desta segunda.
A exceção foi o deputado Orlando Morando (PSDB), que aceitou comentar a doação recebida durante a campanha de 2006. “Não há qualquer vínculo deste acidente envolvendo uma prestadora de serviço do governo comigo”, afirmou.
Membro da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa, ele disse que o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) foi contratado para produzir um laudo que apontará as causas do acidente.
Sobre a doação da OAS à sua campanha, o deputado afirmou que é vice-presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas) e que a empreiteira é uma das que mais constroem supermercados no país. “É natural que [a OAS] me apoie”, afirmou.
Apesar disso, o deputado disse que a ligação com a empreiteira não deve interferir na sua atuação e nas cobranças para buscar os responsáveis pelo acidente no Rodoanel. “O cara mais ácido, mais duro, quanto ao acidente na Linha Amarela do Metrô, fui eu”, ilustrou.
A OAS participa da construção da Linha 4, onde a futura Estação Pinheiros desabou em 2007. O acidente matou sete pessoas.

TCU cobra do Dnit fiscalização em obra do Rodoanel

17 de novembro de 2009
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) foi cobrado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a fiscalização das obras do Rodoanel, segundo afirma o jornal Folha de S.Paulo desta terça-feira.
Na noite da última sexta, três vigas do viaduto em construção desabaram sobre o km 279 da Rodovia Régis Bittencourt (BR-116). A queda deixou três veículos destruídos e três pessoas feridas - uma delas foi encaminhada para atendimento médico e liberada.
Segundo o relatório do TCU, o Dneit deveria ter tido um a participação mais ativa na fiscalização das obras, uma vez que a União destinou R$ 1,2 bilhão para a obra, um terço do valor total.
Já o Dnit disse ao jornal que o Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), controlado pelo governo paulista, é o responsável por coordenar, fiscalizar e acompanhar as obras.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Mais um exemplo da irresponsabilidade sócio ambiental do DERSA e do Governo do nosso Estado!

Bem pessoal...
É triste, mas aconteceu no dia 27 de Outubro de 2009, na sede de Sementes de Luz e de Canarinhos da Paz, em plena 3ª feira à tarde.
Umas pessoas (?????), invadiram a sede e levaram: portas, janelas, fiação elétrica, botijão de gáz, torneiras, e só pararam por aí, porque algumas das famílias das crianças assistidas pelas associações, ao serem avisados do que ocorria, foram até o local e assim os saqueadores se evadiram.
Muitos da comunidade ajudaram a levar o que restou, como cadeiras, mesas, documentos e outros pertences da casa, para local seguro.
Á noite comunicamos no DP de Mauá do ocorrido, em boletim de ocorrência.
Tal fato ocorreu, uma vez que o DERSA, até o momento não definiu a situação relativa à desapropriação das instituições que ali mantem a suas sedes: Associação Canarinhos da Paz e Fraternidade Sementes de Luz.
Na semana passada, parece que antevendo algum fato que comprometesse a segurança da sede e das crianças, entramos em contato com a Ouvidoria do DERSA, e comentamos que deveria ser definida a situação, pois a sede estava em situação precária, uma vez que a casa dos fundos e da lateral esquerda, já haviam sido desocupadas e assim ficamos vulneráveis à invasão.
Foi-nos, então solicitado, a ATA DA ASSEMBLÉIA DA ELEIÇÃO DA NOVA DIRETORIA DE AMBAS INSTITUIÇÕES.
Acontece que face às eleições terem ocorrido há pouco tempo, estamos com a ata em registro no cartório na cidade de Mauá.
Em 2008 apresentamos as documentações exigidas pelo DERSA e em 2009, foram novamente apresentadas, pois o DERSA alegou que a não encontrava a documentação.
Hoje, é possível , apresentar as respectivas Atas sem o devido registro em cartório.
Face ao relatado, estamos muito tristes com esta situação, mas esperançosos que tudo se ajustará no seu devido tempo e de forma justa para as partes envolvidas.
Lembrem-se que enquanto isso não acontece as crianças se encontram com local indefinido para suas atividades, bem como, sem local para a Festa e entrega das sacolinhas de Natal.
Branca Nania
Canarinhos da Paz
Presidente
"www.canarinhosdapaz.com.br"

Rodoanel tem 2 mil vigas como as que desabaram

ABCD Maior - 15/11/2009
Por: Redação
TCU identifica que em cada vão livre deveria ser colocadas sete vigas; obra empregou cinco ou seis
Cerca de 2 mil vigas como as que desabaram nesta sexta-feira (13/11) no trecho Sul do Rodoanel já foram colocadas em toda a obra. A informação é do diretor de engenharia da Dersa, Paulo de Souza. As três vigas que desabaram estavam sendo colocadas no cruzamento da autopista com a rodovia Régis Bittencourt, em Embu. Três veículos foram destruídos e três pessoas ficaram feridas.
A única viga que não chegou a cair do viaduto foi retirada. TCU (Tribunal de Contas da União) relatou que o consórcio responsável pelo lote 5, onde houve o desabamento, fez alterações nos materiais e no projeto da obra, a fim de reduzir custos.
O TCU identificou que estava prevista a instalação de sete vigas de sustentação a cada vão livre formado pelos novos viadutos. Na execução, contudo, foram empregadas cinco ou seis vigas a cada vão livre. O uso de um número menor de vigas também foi detectado no lote 4. O Lote 4 tem 17,762 quilometros de extensão e vai da ponte da represa Guarapiranga até a primeira ponte da Billings, entre a Capital e São Bernardo.
O consórcio formado pelas empreiteiras OAS, Mendes Júnior e Carioca usou vigas pré-moldadas não previstas para os novos viadutos do Trecho Sul do Rodoanel. Pelo projeto básico, deveriam ser colocadas fundações de concreto conhecidas como tubulões, material mais caro que o usado hoje pelo consórcio na sustentação dos vãos livres. A troca foi uma das 79 irregularidades classificadas como "graves" em relatório emitido pelo TCU em setembro. As auditorias foram realizadas em 2007 e 2008, nos cinco lotes da obra.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Obra em viaduto do Rodoanel só será retomada após laudo


Foto: Felipe Rau/AE
segunda-feira, 16 de novembro de 2009, 08:09
Agência Estado, com O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO - O secretário estadual dos Transportes, Mauro Arce, afirmou ontem que só o laudo técnico sobre o desabamento de três vigas no Trecho Sul do Rodoanel vai definir quando a obra do viaduto de 680 metros, localizado no quilômetro 279 da Rodovia Régis Bittencourt, em Embu, na Grande São Paulo, será retomada.
Até sábado à tarde, o governo estadual não apontava as causas do acidente, mas afirmava que os trabalhos das empreiteiras recomeçariam em no máximo 15 dias. Três pessoas que estavam nos carros atingidos pelas vigas na sexta-feira ficaram feridas.
O laudo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) não tem data para ser emitido. Segundo Arce, somente o documento poderá dizer se o problema da queda foi o material usado na construção das vigas. Segundo relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) emitido no fim de setembro, o consórcio formado pelas empresas OAS/Mendes Junior/Carioca, responsável pelo trecho onde ocorreu o acidente, deveria ter usado tubulações de concreto no lugar das estruturas pré-moldadas, conforme previa o contrato original.
As empresas também alteraram métodos construtivos a fim de baratear os custos, como a redução do número de vigas usadas nos vãos livres dos viadutos - de 7, como determinava o projeto original, para 5 ou 6, de acordo com o TCU. Arce diz, porém, ter convicção de que o IPT não vai apontar a troca do concreto pelas vigas pré-moldadas, feita pelas empresas com autorização da Dersa, como uma das causas do acidente. Nos 61 quilômetros do Trecho Sul do Rodoanel, existem 132 pontes, viadutos e passagens de níveis sustentados por 2.280 vigas. O viaduto onde ocorreu o acidente é o último que precisa ser concluído, com sustentação de vigas de 45 metros de comprimento. "Essas vigas são usadas em pontes e viadutos do Brasil inteiro. Foram usadas nas obras da Imigrantes. Não foi a troca do material a causa (da queda). O que temos de saber é se houve uma falha no material usado na viga ou na construção dela", afirmou o secretário.
Em caso de o IPT constatar falhas na fabricação do material que desabou, uma inspeção poderá ser realizada nas 2.280 vigas do Trecho Sul, informou Arce. "É claro que só vamos entregar a obra quando tivermos a certeza da sua segurança. Não existe isso de pressa, para inaugurar antes das eleições de 2010. Queremos saber o que houve nesse acidente", acrescentou.
Apesar da indefinição sobre a retomada da construção do viaduto, Arce mantém o dia 27 de março como data para a entrega do Trecho Sul, a maior obra viária do Brasil. "Quando pudermos retomar a obra nesta parte do acidente, em 30 dias concluímos os trabalhos. Todas os outros canteiros de obras do Rodoanel seguem trabalhando."
Sobre as suspeitas de superfaturamento na obra, causadas pela redução do uso de material de construção e pela manutenção dos preços repassados ao Estado pelas empreiteiras, o secretário argumenta que esses questionamentos do TCU foram esclarecidos pelo governo.
"Nós também não concordamos com parte dos pagamentos a mais que as empresas queriam. Tudo o que o Tribunal nos pediu e foi pedido às empresas está sendo cumprido por meio de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) assinado com o Ministério Público Federal", completou. Procuradas desde a sexta-feira à noite, as empresas responsáveis pelo lote 5 do Trecho Sul, na parte do acidente, não se pronunciaram.

















Infrográfico/AE
Pedágio
O governo de São Paulo assinou os contratos para construção das praças de pedágio do Trecho Sul do Rodoanel. O prazo para a conclusão das obras é de sete meses, o que projeta o início da cobrança para até meados de junho de 2010.
As pistas, no entanto, deverão estar abertas ao tráfego a partir de 27 de março, mesmo com o acidente de sexta-feira. "O ideal seria que o início da operação coincidisse com a conclusão das praças de pedágio", disse Arce. São seis contratos para construção, cada um com custo médio de R$ 5,5 milhões.
A cobrança será concedida à iniciativa privada. Arce confirmou que o edital que vai definir quem administrará o Trecho Sul está em fase de conclusão e deve ser lançado ainda neste ano. "A definição agora é se a concessão terá o pagamento de outorga ao governo ou se o vencedor vai construir o Trecho Leste do Rodoanel. Espero que tenhamos essa notícia ainda neste ano", explicou.

Rodoanel:Devastação Ambiental, Desapropriações, Superfaturamento e agora também risco a vida do cidadão!

Agência Estado 13 de Novembro de 2009
O Ministério Público do Estado de São Paulo instaurou nesta segunda-feira um procedimento para investigar as causas do desabamento ocorrido no trecho sul do Rodoanel na última sexta-feira. A queda da estrutura feriu três pessoas - duas delas seguem internadas.
A investigação é conduzida por uma equipe da Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social. Segundo o MP, o inquérito civil visa a um possível ato de "improbidade administrativa" por parte dos agentes públicos estaduais no caso. A supervisão da obra é da Desenvolvimento Rodoviário S.A (Dersa), empresa de capital misto vinculada à Secretaria dos Transportes do Estado de São Paulo.
Na noite da última sexta-feira, três vigas do viaduto em construção desabaram sobre o km 279 da rodovia Régis Bittencourt (BR-116). A queda deixou três veículos destruídos. Uma vítima foi médicada e liberada.
O Rodoanel Mário Covas (SP-021) é um anel viário em construção em torno da Grande São Paulo. O objetivo do projeto é interligar as rodovias que chegam à capital paulista para aliviar o tráfego de caminhões nas marginais Tietê e Pinheiros.

Comissão da ALESP quer ouvir Secretário de Transportes sobre acidente no Rodoanel.Leia mais

CREA SP vai investigar causas do desabamento em obra do Rodoanel.Leia mais

domingo, 15 de novembro de 2009

Após acidente, obras do Trecho Sul do Rodoanel param por 15 dias

14/11/09 - Redação Ig
As obras do Trecho Sul do Rodoanel Mário Covas, onde três vigas caíram na noite de
sexta-feira deixando três pessoas feridas, ficarão paralisadas por 15 dias para que as causas do acidente sejam investigadas.
Serra diz que houve falha em obra do Rodoanel e pede investigação
A paralisação não deve atrasar o cronograma de entrega das obras,previsto para ser concluído no dia 27 de março de 2010.
O tempo é necessário para que o Instituto de Pesquisas Tecnológicas(IPT) possa elaborar um laudo sobre o acidente. As investigações também estão sendo acompanhadas pelo Ministério Público.
Nesta manhã, durante entrevista coletiva à imprensa, o diretor de engenharia da Dersa e gestor responsável pela construção do Rodoanel, Paulo Vieira de Souza, descartou a possibilidade de falhas no projeto, mas admitiu que possam ter havido problemas na execução da obra.
"Possivelmente tem problema na execução, no tombamento ou no transporte”, afirmou, ressaltando, no entanto, que qualquer afirmação que se faça sobre as causas do acidente agora “são levianas”.
Souza acrescentou que a obra tem 61 quilômetros de extensão e um terço das construções são de pontes e viadutos, onde há mais de 2 mil vigas iguais as que caíram.
Em duas semanas, o engenheiro afirmou que a Dersa deverá responder o motivo técnico pelo qual "ocorreu o rompimento da viga de 40 metros, com 2,20 metros de altura e 85 toneladas".
O acidente
Na noite de sexta-feira, por volta de 21h, as vigas caíram em cima de um caminhão e dois carros que trafegavam na rodovia Régis Bittencourt, próximo ao km 279, na altura de Embu. Segundo a concessionária Autopista, quando as vigas de sustentação caíram, a pista tinha fluxointenso.
O acidente deixou três pessoas feridas. A Secretaria de Saúde de São Paulo informou que todos passam bem. O governador José Serra disse, em sua página no Twitter, que independentemente da apuração das causas do acidente, o consórcio responsável pelas obras indenizará plenamente as vítimas.
Funcionários da Dersa, equipes do Corpo de Bombeiros e agentes da concessionária Autopista trabalharam até as 10h deste sábado para a retirada dos escombros e de limpeza da pista. A única viga que não chegou a cair do viaduto foi retirada durante a madrugada, pois havia o risco de desabamento. Apenas na tarde deste sábado é que o trânsito
na localidade voltou ao normal.

Deputados defendem fiscalização nas obras do Rodoanel

domingo, 15 de novembro de 2009, 07:02
Loli Puertas
Do Diário do Grande ABC
Os deputados da região estão preocupados com o incidente ocorrido na sexta-feira no Trecho Sul do Rodoanel, que destruiu três veículos e feriu três pessoas. Alex Manente (PPS/São Bernardo) diz que as causas têm de ser investigadas a fundo, mesmo que o prazo de entrega seja estendido. "Não creio que a aceleração da obra tenha sido a causa do incidente. Provavelmente foi um erro isolado", afirma Manente.
O deputado faz parte da Comissão de Serviços e Obras Públicas da Assembleia Legislativa de São Paulo e vai requerer fiscalização em todo o trecho da construção. "É imprescindível para termos a certeza de que foi um erro isolado", explica.
Já o deputado Donisete Braga (PT - Mauá), que integra a bancada de oposição ao governo Serra, acredita que a ansiedade para a entrega do projeto provocou o incidente. "Minha preocupação é com o trecho que passa pelos mananciais do Grande ABC, área que precisa de cuidado maior pelo impacto que esta provocando", declara Braga. Ele também defende mais fiscalização. "Assim como o ‘apagão'', também temos que ficar de olho no Rodoanel", diz.
A deputada Vanessa Damo (PMDB - Mauá) alega que, antes do incidente, entrou com um requerimento pedindo informações sobre do cronograma. "É uma obra importante, mas tem que ser feita num prazo que não coloque as pessoas em risco", afirma Vanessa.
PRÉ-CAMPANHA - O acidente virou palco de pré-campanha entre os aliados ao PT e PSDB. Depois de ser o principal protagonista das críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por causa do apagão que atingiu 18 Estados brasileiros na última terça-feira, o PSDB passou a ser o alvo dos petistas.
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), admitiu que houve falhas nas obras do Rodoanel, que provocaram o acidente. Ele chegou ao local do desabamento pouco depois da meia-noite e disse que o DER (Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo) e o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) vão apurar causas do acidente. Serra determinou inspeção em todas as vigas do Trecho Sul.

É duro explicar o inexplicável.Assista o filme sobre acidente no Rodoanel no portal da EBand

Sobrevivente de acidente do Rodoanel diz não conseguir dormir

domingo, 8 de novembro de 2009

Embu e Itapecerica devem receber R$ 34 milhões como contrapartida pela obra do Rodoanel.Leia mais

Itapecerica leva uma quantia maior porque o impacto ambiental na cidade está sendo devastador. A natureza está pagando um preço alto pela obra na cidade. Na região do Branca Flor a devastação ambiental é visível até para os mais leigos no tema.
“Na próxima semana estamos indo cobrar da Dersa as compensações”, sustenta o prefeito Jorge Costa...

Representante do Estado é vaiado por desapropriação em Mauá

ABCD Maior - 27/10/2009
Por: Gustavo Pinchiaro (gustavo@abcdmaior.com.br)
Dersa não quer indenizar o terreno de famílias do Parque Oratório, por causa do Rodoanel
O gerente de relações institucionais da Dersa, Ermes da Silva, tentou explicar, sem sucesso, porque as indenizações feitas às famílias residentes do Parque Oratório, local que está na rota do Rodoanel, representam valores abaixo do mercado e com diferenças significativas de um imóvel para outro, após a sessão ordinária desta terça-feira (27/10) na Câmara de Mauá. O representante do governador José Serra (PSDB) tentou convencer os moradores, que lotavam o plenário, de que não teriam direito a propriedade em que residem e foi vaiado.
À época em que ocorreu a urbanização do Parque Oratório, o local foi transformado em uma ZEIS (Zona Especial de Interesse Social) e a Prefeitura emitiu documentos que legitimam a posse de cada morador. Na visão da Dersa, o documento não é suficiente para que os munícipes sejam indenizados, eles “deveriam ter uma escritura reconhecida em
cartório”. “Não podemos pagar por uma área que não é deles. Estamos tratando com dinheiro público”, disse Ermes.
Dessa forma, os residentes do local só teriam direito de morar e não de comercializar a área, então a Dersa paga apenas pelo que foi investido no local, ou seja, tijolos e cimento. “Avaliamos a área construída pela qualidade do material”, explicou Ermes. Os metros quadrados construídos são classificados como baixo, médio e alto e custam gradativamente: R$ 100, R$ 300 e R$ 500.
O líder da bancada do PT, vereador Paulo Suares, questiona o método tucano. “Essa é uma obra eleitoreira e o Serra está correndo para inaugurar logo, por isso atropela tudo”, disse. De acordo com o petista, as famílias podem receber indenizações pelo terreno, pois o
estatuto das cidades garante a legitimidade de moradia, já que reconhece o documento de posse do terreno que os moradores possuem.
“Isso demora muito e custa caro, por isso o governo do Estado não faz. O `Minha casa, Minha vida` também garante o direito de moradia de todo cidadão”, afirmou Suares.
Ainda de acordo com o petista, o Estado deveria acertar todos os pontos que alteram a rotina das famílias desapropriadas. “Até as escolas das crianças eles deviam se preocupar. Fazer transferência e tudo mais”, explicou. Durante o discurso, Ermes disse que iria indenizar uma casa e assentar a filha da proprietária em uma unidade do CDHU por conta da situação. “Ora, se o método é igual, ele está se contradizendo”, questionou Suares.
Os peritos que fazem a análise do valor de cada imóvel, de acordo com Ermes, são os mesmos que fazem a avaliação em casos de Justiça. “Me causa muita estranheza isso”, disse Suares. O Dersa pretende empregar R$ 78 milhões em obras compensatórias pelo impacto do Rodoanel, entre plantio de árvores e recapeamento de vias danificadas.
Destruindo sonhos – A viúva aposentada Raimunda da Costa, a Edir, foi retirada de uma casa de três cômodos que somavam 100 metros quadrados e recebeu R$ 40 mil pela casa. No local moravam ela e as duas filhas. A única renda da casa vinha da aposentadoria de R$ 500 mais os ganhos aleatórios que ela tinha com a venda de doces e salgados. “Com esse
dinheiro, eu não consigo comprar nada em Mauá e eu não quero ser expulsa da minha cidade, eu tenho orgulho daqui”, disse.
Comprar outro imóvel a prazo está fora dos planos de Edir. A esperança da senhora de 50 anos é que os parlamentares ajudem a receber uma quantia a mais pela antiga casa. “Minhas filhas moram de favor com parentes e eu estou aqui no bairro com os companheiros”, explicou.
A senhora também explica que o irmão dela recebeu o dobro pela casa em que morava. “A casa dele era bem menor que a minha. Não sei qual é o critério de avaliação deles”, afirmou Edir. Esse é só um dos casos das cerca de 800 famílias que foram desapropriadas no local.