domingo, 27 de setembro de 2009

Laudo aponta danos ambientais no Rodoanel


Alagamento no entorno de obras de trecho do Rodoanel, que ligará Regis Bittencourt e Anchieta-Imigrantes
27/09/2009 - 13h27
da Folha Online
Problemas como deficiências no projeto de drenagem e de retenção de terra na construção do trecho sul do Rodoanel foram constatados em vistorias da Cetesb (companhia ambiental de São Paulo), informa reportagem publicada neste domingo pela Folha.Os problemas constam do último relatório do grupo que monitora a obra, baseado em blitz feita no dia 3 de agosto passado no lote 1, de Mauá a São Bernardo do Campo (ABC paulista), a cargo do consórcio Andrade Gutierrez/Galvão. A falta de retenção de terra está deixando a água escura e provocando assoreamento em parte da represa Billings --uma das principais fontes de abastecimento em São Paulo.
Um supervisor ambiental do empreendimento afirma que os impactos superam as previsões. Ele cita uma região com 15 córregos, fora da área de concessão do Rodoanel, que desapareceram por conta do assoreamento.A Dersa (empresa de transporte do Estado responsável pelo Rodoanel) avalia que os problemas ambientais não são significativos e que eles foram agravados pelas chuvas.
Dersa afirma que falhas no Rodoanel são pontuais
Empresa estatal responsável pela obra também culpa intensidade de chuva
Dersa afirma que monitora fauna, flora, água, ar e patrimônio de modo rigoroso e que cumpre licenciamento ambiental A Dersa (empresa de transporte do Estado responsável pelo Rodoanel) avalia que os problemas ambientais apontados em vistoria oficial não são significativos -e que eles foram agravados pelas chuvas."A alta intensidade da ocorrência de chuvas nos últimos meses afetou algumas medidas mitigadoras, principalmente os dispositivos de drenagem provisórios. A situação observada no relatório refere-se a problema localizado, de pequena abrangência e significância", informou a Dersa.Em relação ao afogamento de árvores, a empresa disse que "a vegetação afetada encontra-se em estágio pioneiro de regeneração" -e que ela havia sido mantida apesar de autorização para a sua retirada.Quanto ao assoreamento de trechos da represa, a Dersa também respondeu ser problema localizado. Sobre um caso citado pela vistoria, disse que "a ocorrência já foi resolvida".Questionada a respeito de uma foto aérea mostrada pela Folha e que também mostra a diferença acentuada na cor da água no entorno do Rodoanel, a empresa diz que ela "provavelmente foi obtida após incidência muito alta de chuva". Mas minimizou os possíveis danos.Disse que "os materiais mais grossos", "como areia", foram retidos, e que a "turbidez" se deve a algum material "muito fino como argila", sem prejuízo à qualidade da água da represa, "que é monitorada em tempo real por meio de três estações automáticas".A Dersa nega irregularidades no acúmulo de montes de terra ao longo da obra. Diz que a imagem flagrada em vistoria oficial se deve a um material depositado "provisoriamente para posterior utilização", sem risco de ser arrastado pela chuva -avaliação diferente da Cetesb. Afirma também que todos os depósitos de terra existentes foram devidamente licenciados.A empresa de transporte do Estado diz que implantou um programa de resgate da fauna na obra e que atendeu mais de 500 animais, dos quais 350 foram realocados em áreas similares e 150, "encontrados feridos ou adoentados", foram encaminhados para tratamento.A Dersa afirma, por fim, que os programas ambientais determinados quando do licenciamento da obra -incluindo monitoramento de fauna, flora, água, ar e proteção ao patrimônio histórico- "estão sendo rigorosamente cumpridos".O consórcio Andrade Gutierrez/Galvão, responsável pelas obras do lote 1 do Rodoanel e contratado pela Dersa, informou que, "por questão contratual", não irá se manifestar.Ana Cristina Pasini da Costa, diretora da Cetesb, avalia que a constatação de falhas ambientais -que ela não considera ser "de grande monta"- no empreendimento indica que a construção está fiscalizada."Uma obra dessas causa impactos. Mas acredito que esteja sob controle", afirma.(JAMES CIMINO E ALENCAR IZIDORO)
Após início da obra, Pesqueiro Oito Lagos fica apenas com três
Comerciante diz que terra do Rodoanel assoreou cinco tanques de peixe no local com a intensificação da chuva
Comissão de meio ambiente da Assembleia vai pedir auditoria à Secretaria do Meio Ambiente sobre os impactos da construção
Quem chega ao Pesqueiro Oito Lagos, na região de Parelheiros (extremo sul de São Paulo), tem a mesma sensação de quem desce na estação Praça da Árvore do metrô e se pergunta onde está a praça. Dos originais oito lagos, só restaram três. Outros três foram encobertos pela pista. Um está cheio de terra, onde o mato já cresce. Outro virou uma poça. E os três que sobraram ainda têm água, mas ela não é nada límpida.
Com as chuvas torrenciais ocorridas nos últimos meses, a terra proveniente do talude da pista do trecho sul do Rodoanel tingiu de cor de tijolo os tanques de pesca remanescentes.
Irineu Marcondes, 51, que arrendou o pesqueiro há poucas semanas, com expectativa de lucro, diz que já perdeu 600 kg de peixe. Ele mostra os dois pontos de escoamento de águas pluviais da rodovia, que desembocam dentro da propriedade.
No entanto, um dos tanques, que tinha dois metros de profundidade e hoje não chega aos 80 centímetros, ainda serve como criadouro de girinos.
Marcondes diz que em seu contrato consta a existência de três tanques. "Só consigo usar um. A enxurrada destruiu o filtro, e a terra tomou conta. O engenheiro da obra prometeu limpar os tanques com uma escavadeira, mas não sei se o proprietário já não foi indenizado pelas perdas. Falei para ele que eles deveriam fazer um canal de escoamento que desembocasse à frente dos lagos. Talvez eu tenha que pagar por fora."
Em nota enviada à reportagem da Folha, a Dersa informa que a área do pesqueiro está sendo negociado para integrar a Unidade de Conservação Varginha, a ser administrada pela prefeitura, e que estudos realizados pela USP "definirão o uso apropriado da área".
Auditoria
O deputado estadual Donisete Braga (PT), da comissão de meio ambiente da Assembleia, prepara um pedido de auditoria à Secretaria do Meio Ambiente sobre os impactos do Rodoanel.
A decisão saiu após uma vistoria na semana retrasada a São Bernardo do Campo (ABC paulista), onde obteve informações de áreas assoreadas na Billings.
"Não somos contra a construção do Rodoanel. Mas é preciso avaliar se os impactos não superam a previsão", diz.
Tranquilidade termina após início da obra
"As cobras foram as primeiras a desaparecer", diz Maria Tereza Nissimura, 47, proprietária do sítio Tadao, em Parelheiros (zona sul de SP), ao comentar as mudanças que aconteceram em sua vida após o início das obras do Rodoanel, em 2007, que consumiram quase metade de sua propriedade.
Acostumada desde 1992 ao barulho dos cães, dos sabiás, da arara, dos saguis e dos esquilos que vivem livres no sítio, hoje ela está a poucos metros da pista. Por causa do ruído das máquinas, diz não conseguir dormir.
Seu relato é todo documentado com fotos que mostram diversos momentos da obra, e os consequentes transtornos originados a sua rotina. Ela mostra também três boletins de ocorrência registrados no 25º DP de Parelheiros. Um deles descreve um assalto sofrido, segundo ela, por causa do Rodoanel.
"Quando eu ia sair para alimentar os saguis, dois ladrões encapuzados entraram em casa e me amarraram pedindo o dinheiro da indenização. Fugiram de moto, e a polícia não conseguiu chegar por causa das obras, que duram até a noite. A casa vibra, tem rachaduras. O celular só funciona se eu subir no Rodoanel. Imagine quando começar o tráfego? Quero me mudar daqui."

Comissão entrega relatório sobre Rodoanel na terça


Sebastião Almeida conta que animais silvestres invadem residências(Heloisa Resende)
24/09/2009 Repórter Diário Cidades/ABC
Da Redação
Está programado para a audiência da Câmara de Defesa do Meio Ambiente da Assembleia dos Deputados de São Paulo desta terça-feira (29/09) a apresentação do relatório sobre a vistoria realizada nas obras do Rodoanel na cidade de São Bernardo na última semana. A discussão, inicialmente programada para esta terça-feira (22), foi adiada em uma semana devido a audiência pública sobre mudanças climáticas, realizada em Santo André nesta data.
Conforme já havia dito anteriormente, o deputado estadual Donisete Braga informou que o intuito da iniciativa é cobrar dos responsáveis investimentos para que seja reduzido o impacto ambiental nas cidades afetadas. "A auditoria vai avaliar o grau de desmatamento causado com os impactos apresentados pela Dersa antes do início das obras", destaca.
Um dos bairros atingidos pelas obras do trecho sul do Rodoanel, em Santo André, é o jardim Miami. Além dos problemas comuns enfrentados pelas demais cidades envolvidas no projeto, como casas trincadas, estradas esburacadas e desmatamento, a presença de animais silvestres pelo bairro preocupa os moradores.
De acordo com o coordenador da Comunidade São Paulo Apóstolo e morador do local há 10 anos, Sebastião Oliveira de Almeida, já foram flagrados cobras, preguiças e até um veado. "Os animais aparecem nas casas das pessoas, na Estrada do Pedroso e em locais onde as pessoas costumam fazer caminhada. Estamos querendo prevenir acidentes, principalmente com as crianças", observa.
Por se tratar do maior espaço de área verde no município de Santo André, Almeida acredita que os responsáveis pela obra deveriam ter um cuidado maior. A mesma ideia é compartilhada por uma das fundadoras do bairro, Maria Geralda Vieira Costa. "Esperamos uma resposta dos órgãos competentes para a solução do problema". (Colaborou Natália Fernandjes)

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Vocês já viram isto?Empreiteiras abrirem mão de dinheiro!!!

Acordo evita mais gastos com Rodoanel em São Paulo
MARTA SALOMON
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Ameaçada de ter suspenso o repasse de verbas da União em decorrência de indícios de irregularidades graves, a obra do trecho sul do Rodoanel de São Paulo foi objeto de um acordo selado ontem (24), por meio do qual os empreiteiros abrem mão de reivindicar o pagamento extra de cerca de R$ 250 milhões. Os empreiteiros pediam o pagamento adicional de quase R$ 600 milhões alegando que fizeram obras não previstas no contrato, entre as quais a construção de duas escolas e a implantação de pedágio. Orçada inicialmente em R$ 3,6 bilhões, a obra custará cerca de R$ 344 milhões a mais, em valores corrigidos, segundo o termo de ajustamento de conduta conduzido pelo Ministério Público Federal em São Paulo, a que a Folha teve acesso, e assinado pelas empresas e pela Dersa, estatal paulista responsável pelo Rodoanel. O Rodoanel é uma das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e uma das vitrines eleitorais do governo paulista. Com o acordo, o valor final da obra ficará cerca de R$ 250 milhões inferior ao reivindicado pelos cinco consórcios contratados pela Dersa. O acordo livra o Rodoanel de aparecer entre as obras com indícios de irregularidades graves sujeitas ao bloqueio de repasses de dinheiro da União em decorrência de sobrepreço. A próxima lista será encaminhada pelo TCU (Tribunal de Contas da União) ao Congresso na próxima terça-feira. O trecho sul do Rodoanel deverá ser inaugurado em 28 de março, segundo previsão do Ministério do Transportes. O Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) informou que faltam ser pagos R$ 375 milhões do valor originalmente contratado. O diretor do Dnit, Luiz Antônio Pagot, foi o único que ainda não assinou o termo de ajustamento de conduta. Por meio da assessoria, ele informou que aguarda uma orientação da Advocacia-Geral da União para endossar o acordo. A União é responsável pelo pagamento de 30% do custo da obra. Os consórcios abriram mão de reivindicar qualquer outro pagamento adicional além dos valores fixados ontem. Os percentuais variam de 3,61% a 22,56% extras em relação ao custo original da obra. Com o acordo, o TCU entende que o risco de sobrepreço -objeto de investigação- foi afastado. Os consórcios liderados pelas empreiteiras Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão informaram que não se manifestariam sobre o acordo. O consórcio Odebrecht/Constran confirmou o acordo e informou que não haverá prejuízo ao cronograma da obra. A OAS não respondeu. O Ministério Público já havia bloqueado a assinatura de aditivos de pagamento na obra do Rodoanel. Os empreiteiros reivindicavam 15% de pagamentos extras à Dersa, mas aceitaram índice menor com o acordo. O texto do acordo assinado ontem pondera que a paralisação das obras "afetaria gravemente o interesse público". O trecho sul do Rodoanel está sob investigação do TCU. No ano passado, o ministro Augusto Nardes pediu tempo para analisar um primeiro pedido de suspensão do repasse de verbas. Na ocasião, técnicos do tribunal já apontavam indícios de irregularidades.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Deputados pedirão auditoria de impactos do Rodoanel.Leia mais









Os deputados estaduais Donisete Braga e Ana do Carmo, da Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, realizaram uma vistoria nesta quinta-feira (17/09) em bairros de São Bernardo que sofrem impacto das obras do trecho sul do Rodoanel...

Vistoria no Rodoanel indentifica problemas


Deputados realizaram vistoria em São Bernardo Foto:Heloísa Resende
Do Repórter Diário


Foi realizada na manhã desta quinta-feira (17/09) uma vistoria nas obras do Trecho Sul do Rodoanel a fim de identificar os principais impactos causados a cerca de 25 mil moradores de sete bairros de São Bernardo afetados pelo projeto do governo do Estado. A atividade contou com a presença do deputado estadual Donisete Braga que representou a Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de São Paulo.
Durante a visita, puderam ser constatados os problemas ambientais, ecológicos e sociais causados após o início das obras mantidas pela Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A). Segundo o deputado, o desafio é buscar saídas seguras do que é possível cobrar do Estado em termos de investimento para reduzir o impacto. "Ninguém é contra o Rodoanel e sim contra a forma como está sendo implantado", esclarece.
Na próxima terça-feira (22/09), o deputado apresentará um relatório com as principais constatações desta visita à Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Assembleia para que seja pedida uma auditoria técnica aos órgão competentes, no caso a secretaria estadual de Meio Ambiente e a Dersa, para verificar se os impactos autuais condizem com os apresentados no relatório da Dersa antes do início das obras. (Colaborou Natália Fernandes)

Comissão do Meio Ambiente pede auditoria nas obras do Rodoanel

Vanessa Fajardo
Do Diário do Grande ABC
A Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de São Paulo vai pedir à Dersa (Desenvolvimento Rodoviário) auditoria técnica nas obras do Trecho Sul do Rodoanel em São Bernardo. O objetivo é avaliar o impacto ambiental causado pelas obras como desmatamento e assoreamento em trechos da Represa Billings, além de levantar problemas sociais, entre eles, o isolamento de bairros.
Ontem os deputados estaduais Donisete Braga (PT) e Ana do Carmo (PT), integrantes da Comissão de Defesa do Meio Ambiente, fizeram vistoria das obras acompanhados por moradores e líderes comunitários de bairros como Jardim Represa, Imigrantes e Nova Canaã.
"Nossa área de lazer foi aterrada, há buracos na pista por causa do tráfego pesado de veículos, e ainda por cima o bairro ficou isolado", reclama Wilmar Ananias de Souza, representante do Jardim Represa.
A Dersa nega que haja assoreamento na Billings causado pelo Rodoanel e informa que cumpre as medidas ambientais firmadas durante o licenciamento das obras.
Em nota, o órgão respondeu ainda que as compensações estão sendo decididas entre Dersa e Prefeitura de São Bernardo. A Prefeitura não respondeu ao pedido de informações do Diário.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Famílias continuam sem indenização do Rodoanel


Segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Claudia Mayara Diário Regional
Famílias de S.Bernardo temem isolamento
A construção dos 61,4 quilômetros de extensão do trecho Sul do rodoanel, que passa por São Bernardo, Santo André e Mauá, exigiu a remoção de mais de 1.500 famílias. Segundo o Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), 53% optaram por indenizações e 47%por unidades habitacionais da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU).
A edificação e as remoções foram iniciadas em setembro de 2006, mas ainda há moradores que não receberam ressarcimento. A obra está prevista para ser concluída em março do ano que vem, segundo o Dersa, e muitos moradores temem que não lhes sejam repassadas compensações.O motorista José Severino de Souza, que vive na estrada do Montanhão, viu várias famílias sendo ressarcidas ou retiradas do local. O munícipe disse que já ligou várias vezes ao Dersa para saber sobre a situação da residência onde vive e não obteve resposta. De acordo com Souza, existem outros quatro vizinhos na mesma condição.
“A empresa nos diz para aguardar há mais de um ano. Representantes estiveram em nossas casas, fizeram medição, avaliaram valores e ficou tudo acertado, só que até agora não cumpriram e não voltaram mais”, ressaltou.
Outro ponto levantado pelos moradores que permanecem no bairro é a falta de segurança. O autônomo que mora na estrada da Pedra Branca há 18 anos e, por questões de segurança, preferiu não revelar o nome, afirmou que as casas estão sendo roubadas a qualquer hora do dia. “Antes era tranquilo. Podíamos caminhar pelas ruas. Agora já não dá mais. Mandei minha esposa e filhos para a casa de familiares e fico aqui sozinho, dia e noite, para que minha casa não seja invadida. Comprei esse pedaço de chão e só saio quando me pagarem o que investi. Tem algumas casas boas, que os donos só vinham nos fins de semana, que já foram indenizadas. O valor que pagaram chegou a mais de R$ 400 mil. Só porque a minha não é tão valiosa, a empresa não quer fazer acordo?”, questionou.
Conforme o Dersa, todas as famílias que estavam na trajetória do rodoanel foram removidas, sendo que 295 já receberam imóveis por meio do programa da CDHU.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Seguem os 2 protocolos feitos pela sociedade civil organizada para as Audiencias Públicas da DERSA, onde ela pede licença para o CONSEMA em seu plano insalubre, imoral e aniquilador de destruir Ribeirão Pires, Suzano, e região e depois, mandar os tratores e as moto-SERRAs para cima da Serra da Cantareira no trecho Norte.
Queria destacar os dois principais pontos da linha ambientalista neste processo:
1 - Estamos propondo um outro traçado, que evitará toda a morte.
2 - Estamos propondo que não exista TRECHO NORTE, pois não é necessário pela lógica rodoviarista/logística. Se o objetivo é ligar as estradas ao Porto de Santos, com os trechos Leste,Oeste e Sul não é preciso o TRECHO NORTE e consequentemente, não precisa destruir a Cantareira.
Me surpreende o ato inesperado do Governador que "agora" quer proteger alguma coisa. Proteger oque? A Cantareira? Então como ele quer o Rodoanel na Cantareira????
Lembrem-se que o Governo do nosso Estado, esta sedento pelas águas do Rio Paraiba do Sul... E eles aqui em São Bernardo soterraram centenas de nascentes que antes abasteciam a Billings para passarem com o RODOANEL, a Estrada da Morte.
VEJAM OS ANEXOS, QUANDO PUDEREM MINHA GENTE. É O QUE ESTA NO COLO DO CONSEMA E DOS "TÉCNICOS" DO DAIA.
Pergunta: Será que algum biólogo, geólogo, geógrafo, arquiteto, engenheiro ambiental ou qualquer profissional responsável, dará licença para a destruição dos ultimos mananciais de São Paulo?
Vamos ficar de olhos bem abertos no que o DAIA e o CONSEMA farão para dar ou não a licença para esta proposta MORTÍFERA da DERSA.
E denuncio: A MÍDIA NÃO ESTA COBRINDO NOSSAS REINVIDICAÇÕES E AS GRANDES ONG's NOS VIRARAM AS COSTAS!!!
MOVIMENTO CONTRA A PROPOSTA DA DERSA PARA O TRECHO LESTE E CONTRA O TRECHO NORTE!!!
A ÁGUA EM ALGUNS LUGARES ELA JÁ NÃO EXISTE MAIS!!!

Delhi - India. Todos querem apenas um pouco de água...

Dois sudaneses bebem água do pântanos com tubos plásticos, especialmente concebidos para este fim, com filtro para filtrar as larvas flutuantes responsáveis pela enfermidade da lombriga de Guiné.
O programa distribuiu milhões de tubos e já conseguiu reduzir em 70% esta enfermidade debilitante.

Os glaciais que abastecem a Europa de água potável perderam mais da metade do seu volume no século passado. Na foto, trabalhadores da estação de esquí do glacial de Pitztal, na Austria, cobrem o glacial com uma manta especial para proteger a neve e retardar seu derretimento durante os meses de verão...

As águas do delta do rio Niger são usadas para defecar, tomar banho, pescar e despejar o lixo.

Água suja em torneiras residenciais, devido ao avanço indiscriminado do desenvolvimento.

Aldeões na ilha de Coronilla, Kenya, cavam poço profundos em busca do precioso líquido, a apenas 300 metros do mar. A água é salobra.

Aquele que foi o quarto maior lago do mundo,agora é um cemitério poeirento de embarcações que nunca mais zarparão...

Comparação entre 60 cidades conclui: menos carros, menos problemas

qui, 27/08/09
por alexmansur

“Quem escolhe investir em novas pistas de rodagem incentiva não só o uso do carro, mas uma ocupação da cidade baseada no círculo vicioso de congestionamento, poluição e stress”. A afirmação foi feita pelo especialista em cidades sustentáveis Jeffrey Kenworthy durante seu simpósio na 15ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, dia 25, em São Paulo. O australiano Kenworthy é professor-convidado da Universidade de Frankfurt, na Alemanha, e há décadas vem alertando para os riscos do aumento descontrolado das frotas de carros em circução nas cidades, como ocorre no Brasil.
Em um de seus livros, “Sustainability and Cities: Overcoming Automobile Dependence” (Sustentabilidade e Cidades: Superando a Dependência do Automóvel, de 1999), Kenworthy compara dados sobre o trânsito e a qualidade de vida em 60 cidades do mundo. O resultado dessa comparação confirma uma ideia que parece óbvia: uma cidade se torna pior para seus moradores quanto mais carros houver nas ruas.
Segundo Kenworthy, as cidades com mais quilômetros de trilhos (sejam eles de metô, trem urbano ou veículos leves) oferecem não apenas transporte mais rápido, seguro e confortável. Elas são também as que menos desperdiçam recursos – o que vai de combustíveis a investimentos diretos do setor público, passando por horas trabalhadas e atração de novos negócios.
As cidades que pouco ou nada investem em trilhos, por outro lado, costumam ser aquelas em que as pessoas vivem pior e onde os governos arcam com mais gastos diretos. Além da despesa constante na manutenção das vias (do recapeamento à sinalização) há custos maiores com a saúde pública e o sistema judiciário: acidentes, atropelamentos e até brigas de trânsito que poderiam ser evitados deixam tanto os hospitais quanto os tribunais lotados. Além disso, as taxas de emissões de poluentes são sempre maiores onde há mais carros levando pessoas para o trabalho.
Em São Paulo, há 24 mortes no trânsito para cada grupo de 100.000 habitantes. A taxa supera a de homicídios no Brasil, uma das mais altas do mundo. Jeffrey Kenworthy entende que São Paulo está entre as cidades com os mais graves problemas de mobilidade. Mas não entende por que a prefeitura e o governo do Estado insistem em construir mais vias para a circulação de carros, como a obra que dará seis novas pistas à caótica Marginal do Tietê.
“As cidades têm uma dinâmica influenciada pelo próprio meio de transporte. Quanto mais avenidas, mais carros. E maior a distância entre as pessoas”. Ele afirma que as soluções radicais são possíveis. E dá alguns exemplos: “Em Nuremberg, quando a administração pública restringiu o uso do carro, 71% do trânsito desapareceu. Em Perth, 55% dos atuais usuários de trens urbanos são pessoas que andavam de carro – e simplesmente os abandonaram”, afirma. Segundo ele, ao deixar seus carros as pessoas circulam mais a pé, o que é bom para a economia da cidade pois fortalece o comércio local, baseado em pequenos estabelecimentos.
Sem carro, as pessoas tendem a reduzir seus deslocamentos, preferindo concentrar trabalho e lazer perto de onde moram. “Em Portland, Oregon, nos EUA, o uso misto foi expulsando os carros das ruas. As pessoas pediam mais espaço para andar a pé e de bicicleta. A solução foi deixar apenas uma linha de bonde no meio das ruas, ampliando as calçadas e criando ciclovias”. Não parece tão difícil seguir exemplos assim.
A foto acima é de uma calçada de Portland. E a figura abaixo mostra como mudaram as ruas da cidade.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Após chuva, Ministério Público quer sustar obra na Marginal do Tietê.Leia mais

10/09 - 07:49 - Agência Estado
SÃO PAULO - Um dia depois de as chuvas travarem São Paulo e fazerem os rios que cortam a cidade transbordar, a Promotoria de Habitação e Urbanismo da capital emitiu parecer pedindo a paralisação imediata das obras de ampliação da Marginal do Tietê.

MP defende suspensão das obras de ampliação da Marginal Tietê.Clique e assista

O Ministério Público defendeu hoje que as obras de expansão das pistas na Marginal Tietê sejam suspensas. Uma ação na justiça pede que seja feito um novo estudo sobre o impacto ambiental.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Especialistas são contra ampliação das marginais Tietê e Pinheiros

Ampliar vias significa aumentar risco de transbordamentos, dizem técnicos.
Forte chuva transbordou rios e causou alagamentos em SP na terça (8).
Da Agência Estado - 09/09/09
Para especialistas, a perda de áreas permeáveis que podem absorver água e diminuir a vazão das chuvas em direção aos mananciais é a principal causa dos transbordamentos do Rio Tietê e de afluentes como o Aricanduva e o Tamanduateí. Nesta terça-feira (8), uma chuva atingiu o Estado de São Paulo causando alagamentos, destruição e congestionamentos.
As obras de ampliação da Marginal do Tietê vão resultar numa "perda líquida" de 18,9 hectares de área permeável, o equivalente a 19 campos de futebol iguais ao do Morumbi. A previsão do Conselho Municipal do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável (Cades) consta no parecer da obra elaborado pelo órgão.
"A massa asfáltica em São Paulo só aumenta na Marginal e, com isso, o impacto da vazão das águas das chuvas sobre o Tietê se torna maior. A água chega mais rápido e com mais velocidade e volume", afirma Carlos Bocuhy, do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) e presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam).
A perda de partes permeáveis durante a obra é questionada também em ação civil pública movida pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), que conseguiu assinaturas de 450 arquitetos contrários à ampliação das pistas.
"O projeto desconsidera o investimento feito para a recuperação dos taludes do Tietê por meio de um projeto paisagístico que incluiu o plantio de árvores. Esses lugares agora vão virar novas pistas de rolamento. É um erro histórico sem tamanho. Dentro de cinco anos o rio vai começar a transbordar como ocorria antes do rebaixamento da calha", afirma o urbanista Vasco de Mello, integrante do IAB e do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio de São Paulo (Conpresp).
Saiba mais
Previsão é de mais chuva e temporais na capital e Estado de SP Rios Tietê e Pinheiros transbordam e CET pede para evitar marginais
O documento de aprovação da obra na Marginal indica uma perda total de 28,8 hectares de áreas permeáveis e um ganho de 9,9 hectares decorrentes de ajustes prometidos pelo governo do Estado. Os canteiros centrais que separam as pistas expressas e locais e que estão sendo suprimidos com as obras de ampliação, inclusive com a retirada de árvores, são as áreas permeáveis que vão desaparecer, segundo o Cades.
Medidas
O governo promete realizar medidas mitigatórias, como criar novas áreas permeáveis nas calçadas das pistas locais. Também se compromete a apoiar o Programa Várzeas do Tietê, cuja meta é preservar as regiões de várzea do rio, onde parte do volume das águas das chuvas é retido, ajudando a diminuir a vazão que corre em direção ao manancial.

A Culpa é da Chuva!

Agora ela é culpada pelos equívocos, ingerência, omissão e até mesmo burrice de grande parte da nossa sociedade e principalmente dos nossos governantes.
Paulo Toledo Piza Do G1, em São Paulo
Efeitos da chuva são inevitáveis, diz governador sobre temporal em SP
Serra nega que obras na Marginal Tietê tenham provocado alagamentos.
‘Mesmo com tudo impecável, seria inevitável ter problemas graves’, disse
O governador de São Paulo, José Serra, afirmou nesta quarta-feira (9) que os efeitos do temporal que atingiu a capital paulista na terça-feira (8) foram inevitáveis. Além de enchentes em boa parte da cidade, houve desmoronamentos e até o transbordamento dos rios Tietê e Pinheiros.
“Foram as 24 horas que mais choveu desde que começou a medição, em 1963”, disse Serra. “Com um temporal desse tamanho, mesmo que tivesse tudo impecável, seria inevitável ter problemas graves.” Em nota divulgada na terça-feira (8), a Secretaria de Secretaria de Saneamento e Energia apontou outros dados, que comparam o temporal de terça com o dia do transbordamento do rio Tietê em 2005.Ele negou que as obras para a criação de mais uma pista na Marginal Tietê tenha contribuído para os alagamentos. “As obras da marginal não tiram um metro quadrado de permeabilidade. Há o plantio de árvores. Isso compensa automaticamente.” Questionado sobre a impermeabilidade que as marginais provocariam, afirmou: “Destruir a marginal? O pessoal vai a Guarulhos como, de burrinho?”, ironizou.
Para ele, a marginal deveria ter sido construída de forma diferente da atual. “Se o tempo voltasse para 50 anos, acho que a marginal deveria ser muito mais larga e deveria colocar uma imensa área verde. Tudo poderia ser prevenido se a história pudesse ser refeita.”

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Hummm, Isso aqui tá cheirando mal!!!Leia mais

Após pressão, Dersa rediscute valores do Rodoanel
Marcelo Oliveira
Após pressão do Ministério Público Federal em São Paulo e do Tribunal de Contas da União - que apontou indícios de irregularidades no pagamento de R$ 236 milhões a empreiteiras por serviços previstos, mas não realizados (7,2% do contrato), e na execução de obras não previstas originalmente, da ordem de R$ 244 milhões, no trecho sul do Rodoanel - a estatal paulista Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.) está revendo pagamentos exigidos pelas empreiteiras que executam os cinco lotes da obra. Em pelo menos dois lotes, a companhia está debatendo R$ 145 milhões cobrados pelas construtoras, apurou Terra Magazine. O trecho sul do anel viário ligará o município de Mauá e as rodovias Anchieta e Imigrantes à Régis Bittencourt...

Rodoanel:Falta de respeito com o meio ambiente e o ser humano

06/09/2009 - MORADIA
Mulher reclama de falta de atendimento
Por: Carol Scorce (carol@abcdmaior.com.br )
Moradores reclamam que serviço de atenção não está acessível. Foto: Antonio Ledes
Desapropriações para obras da Jacu-Pêssego têm causado transtornos
As desapropriações para as obras de extensão da avenida Jacu-Pêssego têm causado mais transtornos para as famílias que os habituais impasses com valores de indenizações e mudanças feitas a ‘toque de caixa’. Moradores do Jardim Oratório, em Mauá, bairro que tem o maior número de famílias removidas, reclamam que o serviço de atenção e suporte psicológico oferecido pela Dersa (Desenvolvimento Rodoviário SA) no começo deste ano não está acessível.
Nilsa Gomes, 55 anos, viveu 31 anos no Jardim Oratório. Há cerca de 50 dias, saiu da casa onde morava e recebeu R$ 76 mil de indenização. A moradora contou que só recebeu a quantia quando estava com os móveis dentro do caminhão de mudança. “Não pude negociar valores e até hoje não me entregaram qualquer documento.”
Sem tempo para achar uma casa para comprar ou alugar, Nilsa teve de ir morar no salão comercial do irmão, junto com o marido e a neta, e perdeu a única renda que tinha com o comércio de chocolates. “Onde fui morar não tinha cozinha para fazer os chocolates.”
A moradora procurou a empresa terceirizada que realiza a assistência social no bairro para ser atendida por um psicólogo. “Passei por momentos muito difíceis nesses últimos meses. Sou uma das primeiras moradoras do Jardim Oratório e não foi fácil deixar o bairro. Como a Dersa disse nas primeiras reuniões que tínhamos direito a assistência psicológica, fui procurar e descobri que o serviço não existe ainda”, contou.
De acordo com a Dersa, a moradora não procurou atenção psicológica na empresa. Se procurasse, teria de atestar que está com problemas psicológicos decorrentes da mudança. A Dersa também informou que todos os laudos com os valores das indenizações foram entregues. Nilsa nega as informações.