Por onde ele passa; devastação ambiental, desapropriações, especulação imobiliária, impactos ambientais futuros imensuráveis; este é o presente de grego que o governo de São Paulo está dando aos seus cidadãos, tudo em prol do esquema dos bancos, construtoras e concessionárias de rodovias que financiam os partidos políticos.
Anel viário fomenta mercado de imóveis por Aline Bosio Repórter Diário - 03/12/2009
Mesmo antes do início das obras do Rodoanel começarem, em meados de 2002, os terrenos em cidades próximas de seu traçado começaram a ser procuradas por empreendedores. Seja com a finalidade de construir moradias ou empresas, a cada dia que passa o metro quadrado em cidades como Mauá e Diadema se valorizam mais.
Um exemplo é no bairro do Sertãozinho, em Mauá, conhecido por abrigar empresas de diversos setores. "Antes de haver especulações sobre a chegada do Rodoanel na cidade o metro quadrado de um terreno no Sertãozinho custava R$ 40. Hoje ele já está em R$ 500", afirma o coordenador de Relações Institucionais da Agência de Desenvolvimento
Econômico do ABC, Luiz Augusto de Almeida, também diretor administrativo da Aciam (Associação Comercial e Empresarial de Mauá).
A procura por salas comerciais e pontos comercias tem crescido para locação, principalmente no centro da cidade. Segundo Almeida, atualmente há pelo menos dois prédios comerciais sendo construídos em Mauá, ambos com todas as salas já vendidas. Atualmente a cidade conta com quatro prédios comerciais. Há cinco anos não havia nenhum. "Nunca vi uma movimentação tão grande assim na cidade", comemora. A corrida
por imóveis residenciais também cresceu. Uma das barreiras, entretanto, é a falta de terrenos disponíveis. A solução encontrada pelos empreendedores é adquirir imóveis antigos para, no lugar, construir prédios.
Para a diretora da regional Santo André do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), RosanaCarnevalli, atualmente Mauá está sofrendo com a falta de imóveis residenciais com valor médio de R$ 80 mil a R$ 100 mil. "Quem tiver uma casa neste valor disponível e colocar à venda, não terá problema para vende-la", explica. "As famílias que tiveram seus imóveis desapropriados para a construção do Rodoanel são umas das que estão procurando casas", conta.
Assim como os terrenos, o metro quadrado dos imóveis prontos tende a crescer cada vez mais. Segundo Rosana, atualmente ele custa, em média, R$ 2 mil reais. Após a finalização das obras do trecho sul este valor deve dar um salto de até 30%.
Mesmo não recebendo o anel viário, a proximidade de Diadema com a via também irá afetar o setor imobiliário da cidade. "Há algum tempo já percebemos um aumento no número de empresas procurando terrenos, galpões e salas comerciais na cidade. O mesmo tem acontecido com os imóveis residenciais", conta o secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano, Márcio Luiz Vale, que acredita na verticalização do município. "Nossa cidade não tem muito terrenos disponíveis. O que temos são espaços subutilizados e que já estão começando a passar por uma transformação", completa
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
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