terça-feira, 27 de julho de 2010

Mais uma matéria que mostra a grande mentira da "Compensação Ambiental"Clique e assista!

Em nome do desenvolvimento muitas áreas verdes são desmatadas e quase sempre essa mata derrubada não é replantada da forma correta. Ambientalistas alertam que devido a isso é preciso ficar atento às obras que serão realizadas para Copa de 2014. Em grandes obras de São Paulo, como a da construção do rodoanel, por exemplo, foram derrubados mais de 200 hectares de mata nativa.

Sem sinal de celular, caminhões fogem do Trecho Sul do Rodoanel


Um problema no rastreamento dos veículos tem afastado os caminhoneiros do Trecho Sul do Rodoanel Mário Covas, inaugurado em abril deste ano com objetivo de desafogar o trânsito na capital paulista.
O rastreamento de caminhões hoje é indispensável para quem enfrenta as estradas. Por isso, uma parte do Trecho Sul do Rodoanel está fora das rotas dos caminhões que levam cargas com valor acima de R$ 60 mil. É que o sinal de celular é falho na região. Se uma carga for roubada ali, as seguradoras não cobrem o prejuízo.
A área de sombra apontada fica entre o km 40 e o km 56 no Trecho Sul do Rodoanel. O sinal da antena é instável. Os administradores do Rodoanel admitem a falta de sinal e já estão em negociação com as operadoras. Os motoristas de caminhão preferem não arriscar e alguns até voltaram a circular pela Avenida dos Bandeirantes.
Em nota, a Associação Nacional das Operadoras de Celulares confirmou que o Trecho Sul do Rodoanel tem problemas de sinal na região de Itapecerica da Serra. E diz que as operadoras devem resolver o problema até setembro.
"Toda essa conjunção acaba fazendo com que o caminhão retorne ao Centro da cidade de São Paulo e 30% de todo o movimento já está de volta", diz Manoel de Souza Lima Jr, presidente do Sindicato dos Transportes de Cargas.
"O policiamento está adequado ao trecho que nós temos para cobrir de policiamento. Os pontos de sombra são pequenos trechos e são poucos metros. Se ele andar um pouco para a frente ou um pouco para trás ele vai ter sinal no celular", diz o tenente Luiz Antonio Cajaíba.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Transportadores de carga criticam pedágio no Rodoanel

André Vieira Do Diário do Grande ABC
A autorização do governo do Estado para que seja lançado o edital de exploração dos pedágio nos trechos Sul e Leste do Rodoanel não agradou aos transportadores de carga.
A expectativa do Palácio dos Bandeirantes é de que a concorrência tenha início ainda neste mês. No Trecho Sul, a cobrança não poderá ser maior do que R$ 6. Na porção Leste, a tarifa máxima será de R$ 4,50.
Para o presidente em exercício do Setcesp (Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de São Paulo e Região), Manoel Sousa Lima Júnior, a cobrança é "absurda". "Vai encarecer o frete, fatalmente, pois o pedágio será muito caro, ainda que a empresa que vença a licitação consiga diminuir o valor, como pretende o governo do Estado", afirmou.
Segundo o presidente, a cobrança de tarifa para circular no sistema poderá fazer com que os trechos Sul e Leste sejam desprezados por uma parcela do setor.
"Algumas seguradoras já não aconselham a passagem de caminhões pelo Rodoanel, pois o sistema de rastreamento dos veículos não funciona por falta de sinal", ponderou.
A equipe do Diário procurou também o Sindicato dos Cegonheiros, mas nenhum representante foi localizado para comentar o anúncio do governo do Estado.
EDITAL - A empresa ou consórcio que vencer a licitação para cobrança dos pedágios será responsável, também, pela construção, no intervalo de até 36 meses, dos 42,4 quilômetros do Trecho Leste. O período de concessão será de 35 anos.
O Trecho Sul do Rodoanel tem 61,4 quilômetros e atravessa São Bernardo, Santo André e Mauá. A via, inaugurada em março, faz a conexão das rodovias Régis Bittencourt, e Anchieta e Imigrantes com a Avenida Papa João XVIII.
O Trecho Leste fará a ligação das rodovias Henrique Eroles, Ayrton Senna e Dutra, passando por Mauá, Ribeirão Pires e outras quatro cidades.

Mais uma matéria que mostra o descaso do Dersa e do Governo de São Paulo com os afetados pelo Rodoanel

Moradores do Jd. Oratório cobram indenização
Michelly Cyrillo Do Diário do Grande ABC
Cerca de 300 moradores do Jardim Oratório, em Mauá, aguardam a indenização dos imóveis desde o início das obras de extensão da Avenida Jacu-Pêssego, há dois anos, e cobram posição da empresa responsável pela obra.
Para realizar o prolongamento da via, a Dersa (Companhia de Desenvolvimento Rodoviário S/A) precisou remover cerca de 2.000 famílias. Parte dos moradores resistiu, por conta do baixo valor indenizatório, e continua no local.
"Não sabemos o que irá acontecer com a gente. Já cansamos de pedir uma solução. A Dersa não responde e estamos sem saber o que fazer. Não podemos sair do dia para a noite, precisamos de prazo", disse a dona de casa Maria Aparecida Moraes, 23 anos.
A lider comunitária do Jardim Oratório, Nilza Gomes Auricchio, 55, afirmou que as pessoas já indenizadas saíram prejudicadas. "Houve caso da Dersa pagar R$ 255 em uma casa. Os valores foram muito baixo. Por isso, essas familias resistiram. Por não ter condições de comprar um imóvel com o que ofereceram."
A extensão da Jacu-Pêssego até a Avenida Ragueb Chohfi, em São Mateus, na Zona Leste da Capital, é um complemento ao Trecho Sul do Rodoanel. Questionada pela segunda vez em menos de 15 dias sobre as indenizações, a Dersa não se pronunciou.
Casal garante que obra da da Dersa ‘rachou'' imóvel
Os proprietários de uma casa localizada no bairro Recreio da Borda do Campo, em Santo André, cobram providências da Dersa quanto ao ressarcimento dos prejuízos causados pelas obras do Trecho Sul do Rodoanel Mário Covas. A estrutura do imóvel está comprometida e não há condições de a família continuar vivendo ou alugar a residência.
Os empresários Glberto Silva, 52 anos e Ivone Gonçalves, 48, demoraram mais de uma década para construir a casa dos sonhos. O imóvel é o mais belo da Rua Caturrita, com piscina e um extenso jardim. Segundo o casal, o imóvel foi avaliado pela Dersa em R$ 453 mil, mas não entrou na lista das residências que seriam desapropriadas.
Hoje, o imóvel apresenta diversas rachaduras nos muros e na piscina, além da estrutura da casa ter sido abalada. "Está visível que a casa saiu do prumo. Não podemos morar, Gastamos quase R$ 1.000 por mês para manter a casa para ninguém invadir. Era o nosso lar, a nossa vida."
Questionada, a Dersa não respondeu até o fechamento desta edição.

E por falar em pedágio...


Assista Trololó afasta Barbeiro
Serra ordena demissões na TV Cultura
Por Altamiro Borges em 09/07/2010
Dois renomados jornalistas da TV Cultura, tutelada pelo governo paulista, foram demitidos nos últimos dias: Heródoto Barbeiro e Gabriel Priolli.
Por mera coincidência, ambos questionaram os abusivos pedágios cobrados nas rodovias privatizadas do estado. A mídia demotucana, que tanto bravateia sobre a “liberdade de expressão”, evita tratar do assunto, que relembra a perseguição e a censura nos piores tempos da ditadura. Ela não vacila em blindar o presidenciável José Serra.
Heródoto Barbeiro, apresentador do programa Roda Viva, foi demitido após perguntar, ao vivo, sobre os altos pedágios. O ex-governador Serra, autoritário e despreparado, atacou o jornalista, acusando-o de repetir o “trololó petista”. Heródoto será substituído por Marília Gabriela, uma das estrelas da Rede Globo. Já Gabriel Priolli, que assumira a função de diretor de jornalismo da TV Cultura apenas uma semana antes, foi sumariamente dispensado ao pautar uma reportagem sobre o “delicado” assunto, que tanto incomoda e irrita os tucanos.
Risco à liberdade de expressão
Sua equipe chegou a entrevistar Geraldo Alckmin e Aloizio Mercadante, candidatos ao governo paulista. Mas pouco antes de ser exibida, a reportagem foi suspensa por ordens do novo vice-presidente de conteúdo da emissora, Fernando Vieira de Mello. “Tiveram que improvisar uma matéria anódina sobre viagens dos candidatos” e “Priolli foi demitido do cargo”, relata o sempre bem informado Luis Nassif, que também foi alvo de perseguições na TV Cultura.
Entre os jornalistas, não há dúvida de que mais estas demissões foram ordenadas diretamente por José Serra. Nas redes privadas de rádio e TV e nos jornalões e revistonas, o grão-tucano goza de forte influência. Ele costuma freqüentar as confortáveis salas dos barões da mídia. Ele também é conhecido por ligar para as redações exigindo a cabeça de repórteres inconvenientes. Depois os tucanos e a sua mídia ainda falam nos ataques à liberdade de expressão no governo Lula.
“Para quem ainda têm dúvidas, a maior ameaça à liberdade de imprensa que esse país jamais enfrentou, nas últimas décadas, seria se, por desgraça, Serra juntasse ao poder da mídia, que já tem o poder de Estado”, alerta Nassif. Aguarda-se, agora, algum pronunciamento de Heródoto Barbeiro e Gabriel Priolli sobre o ditador José Serra, para o bem da dignidade dos jornalistas e do jornalismo.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Índios recebem compensação por Rodoanel

Os R$ 6 milhões pagos para as tribos forma para a Funai para aquisição de novas terras
Bruno Ribeiro - Jornal da Tarde 05 de julho de 2010
Eles vivem do artesanato, da ajuda de organizações não-governamentais (ONGs), de empregos no setor público e, também, da caça, da pesca e de pequenos viveiros. Mas têm R$ 6 milhões guardados no banco. Os índios das três aldeias guaranis da cidade de São Paulo receberam essa bolada como compensação pela construção doTrecho Sul do Rodoanel. Mas a quantia não vai para as mãos deles. Será usada pela Fundação Nacional do Índio (Funai) para adquirir novas reservas e transferir parte das tribos.
“Aqui as terras são poucas para a gente viver bem”, diz o cacique Ataíde Gonçalves Vilharve, de 24 anos, da aldeia Barragem, na zona sul.Embora a aldeia viva em situação de pobreza, ele diz que a tribo aguarda a chegada das terras – não do dinheiro. Há cerca de mil índios vivendo nas aldeias Barragem e Krukutu, na região de Parelheiros, a pelo menos 8 quilômetros do Rodoanel (nas margens da Represa Billings). A outra aldeia, a Jaraguá, na zona norte, fica entre as Rodovias Bandeirantes e Anhanguera e também foi beneficiada.
Para os índios, o Rodoanel agravou os transtornos originados pelo adensamento de Parelheiros – que teve a população aumentada em 84% entre 1991 e 2000. Reduziu o espaço para a caça e o número de animais e tirou a tranquilidade.
Compensação
A presença das aldeias da zona sul foi, em parte, uma das complicações no processo de licenciamento ambiental que antecedeu o Rodoanel, que levou cinco anos para sair. O acordo da empresa estadual Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa) com a Funai previu transferênciadeR$2milhõespara cada uma das três tribos. “O depósito servirá para adquirir novas áreas para os indígenas e, com isso, ampliar as áreas hoje ocupadas por eles”, diz a Dersa, em nota. Juntas, as aldeias têm cerca de 50hectares. A expectativa é que a nova área tenha 100 hectares para cada uma.
A Funai não diz se já foi definida uma data para que o processo de seleção das terras termine. Também não fala quantas famílias devem deixar as aldeias da capital. Só quando isso acontecer o dinheiro poderá ser sacado pela fundação.
Para lembrar
A área das aldeias Krukutu e Barragem começou a ser ocupada por tribos guaranis na metade dos anos 1950. Índios vindos do Paraná se fixaram na região após contato com um sitiante japonês que ocupava as terras. O homem teria voltado para o Japão, deixando a propriedade com os guaranis. Ao mesmo tempo, a população de Parelheiros cresceu sem controle.

Cada vez mais, fica evidente a mentira da "Compensação Ambiental"

29/06/2010 - MEIO AMBIENTE
Dersa planta só 3,5% de mudas no Pq. do Pedroso
Por: Camila Galvez (camila@abcdmaior.com.br)
Governo do Estado havia prometido plantar 300 mil mudas para compensar devastação do Rodoanel
O Parque Natural do Pedroso, em Santo André, recebeu 10,5 mil mudas de árvores nativas da Mata Atlântica como forma de compensação ambiental do desmatamento causado pela construção do Trecho Sul do Rodoanel, inaugurado há quase três meses. O número representa 3,5% das 300 mil mudas prometidas pelo gerente de gestão ambiental da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário
S.A.), Marcelo Arreguy Barbosa, em entrevista concedida em março para o ABCD MAIOR.
O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) informou que foram plantadas 80 espécies por hectare. A área compensada é equivalente a 4,15 hectares, dos 815 hectares de extensão total do parque. As mudas estão em fase de manutenção, que deve durar cerca de dois anos e meio, e algumas delas podem nem vingar. A Dersa ainda deve investir R$ 10 milhões em infraestrutura no parque, conforme a autarquia andreense.
De acordo com a assessoria de imprensa da Dersa, a compensação em Santo André ainda não foi finalizada, mas não deve ser muito superior ao número de mudas já plantadas. Ao todo a empresa irá plantar 1.016 hectares, o equivalente a 2,5 milhões de mudas como forma de compensar o desmatamento total causado pela obra. O plantio realizado no Parque do Pedroso representa menos de 0,5% do total.

Estado de SP ganha um pedágio a cada 40 dias

Repórter Diário - 28/06/2010
Desde o início da privatização das rodovias de São Paulo, em 1998, foram instalados 112 pedágios nas estradas paulistas - o equivalente a uma praça nova a cada 40 dias. O Estado já tem mais pedágios do que todo o resto do Brasil. São 160 pontos de cobrança em vias estaduais e federais no território paulista, ante 113 no restante do País, segundo a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias.
Nos últimos 12 anos, a segurança e a qualidade das rodovias melhoraram, mas os altos preços cobrados se tornaram alvo frequente de críticas dos motoristas. Nesta semana, as reclamações devem aumentar ainda mais. Os pedágios nas rodovias estaduais serão reajustados a partir da 0h de quinta-feira (1.º) e terão tarifas "quebradas" em R$ 0,05. O principal pedágio do sistema Anchieta-Imigrantes vai aumentar de R$ 17,80 para R$ 18,50.
Para se ter uma ideia, ficou mais barato viajar a outro Estado do que internamente. Cruzar de carro os 404 quilômetros entre a capital paulista e Curitiba, no Paraná, por exemplo, custa R$ 9 em tarifas. Já para cobrir distância semelhante até Catanduva, por exemplo, é preciso desembolsar R$ 46,70.
Isso se explica, em parte, pelo modelo adotado no programa de concessões paulista. As licitações, em 1998 e 2008, levaram em conta o montante que as empresas ofereciam ao Estado para ter a concessão, a chamada outorga. A vantagem é que o dinheiro pode ser aplicado em novas estradas. Por outro lado, esse valor é repassado aos motoristas.
A Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) alega que as outorgas permitiram o investimento de R$ 12 bilhões nas rodovias. Para a agência, falar em "média mensal de praças instaladas" não é pertinente, pois a definição da instalação das praças foi feita em apenas dois momentos: na primeira e na segunda rodadas de concessões, em 1998 e 2008. (AE)