Folha Online
O Ministério Público Federal em São Paulo encaminhou representações para unidades do órgão em oito Estados e no Distrito Federal pedindo a abertura de novas investigações para apurar indícios de conluio da construtora Camargo Corrêa e outras empresas para fraudar licitações e superfaturar 14 obras espalhadas pelo país.
Procurada pela reportagem, a construtora ainda não se manifestou sobre o pedido do Ministério Público.
Segundo a Procuradoria, os pedidos de investigação foram enviados com laudos de elaborados pelo INC (Instituto Nacional de Criminalística) durante as investigações da Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal --que apura supostos crimes cometidos por diretores da Camargo Correa e doações feitas a partidos.
Os pedidos de investigação foram encaminhados para o Ministério Público Federal no Paraná, Pernambuco, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão e Rio de Janeiro, além do Distrito Federal.
Na semana passada, o Ministério Público Federal em São Paulo já havia encaminhado 18 representações pedindo a abertura de investigações sobre 14 obras da Camargo Corrêa. Entre as obras estão as da linha 4 do Metrô de São Paulo e o Rodoanel.
A Procuradoria pediu ainda que fosse investigada a planilha encontrada pela PF. O documento, encontrado na casa de Pietro Francesco Giavina Bianchi, diretor da Camargo Corrêa, revelaria pagamentos feitos pela construtora a mais de 200 políticos.
Em nota, a Procuradoria informa que há suspeita de improbidade administrativa e irregularidades eleitorais. No entanto, o Ministério Público Federal não é competente para investigar o caso pois os suspeitos são da esfera estadual ou gozam de foro privilegiado.
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