Após proibição em vias de SP, veículos pesados migraram para municípios vizinhos; Mauá e Santo André estão entre os mais afetados
Eduardo Reina - O Estado de S.Paulo
A exemplo de São Paulo, as prefeituras de Santo André e Mauá também cogitam restringir a circulação de caminhões. Essas cidades do ABC viraram rota alternativa para veículos pesados, proibidos de trafegar pela Marginal do Pinheiros e pelas Avenidas Jornalista Roberto Marinho, dos Bandeirantes e Afonso D"Escragnolle Taunay, na capital.
O número de caminhões nas vias de Santo André e Mauá - a maioria não projetada para esse tráfego - subiu 20% nas últimas semanas. A mudança levou a um aumento nos congestionamentos e danificou o pavimento. As prefeituras estudam aumentar a ação dos agentes de trânsito e a fiscalização com radares.
O problema é potencializado pelos caminhões que usam o Rodoanel. E pode agravar-se a partir de segunda-feira, com a entrada em vigor das restrições a caminhões em outras dez avenidas do Morumbi, na zona sul. A rota alternativa no ABC busca a Avenida dos Estados, ligação direta com a capital. Os principais destinos são Marginal do Tietê, Rodovias Dutra e Ayrton Senna e estradas que levam ao interior.
"Desde o início das restrições aos caminhões e com o início de operação do Rodoanel verificamos aumento de 20% nos caminhões de passagem em Santo André", afirma Adriano Roberto Silva, diretor do Departamento de Trânsito. Já há um projeto pronto para restringir caminhões na cidade. "Agora precisamos monitorar como ficará o tráfego após a inauguração da extensão da Avenida Jacu-Pêssego. Se o problema continuar, não haverá alternativa." A abertura da extensão da Jacu-Pêssego estava prevista para hoje, mas foi adiada.
"Preciso sair de casa mais cedo para não perder o horário da escola", reclama a professora Lucia Souza, que cruza avenidas tomadas pelos caminhões para chegar ao centro de Santo André.
Na vizinha Mauá a situação é ainda mais complicada. Os caminhões vão direto do Rodoanel para o centro. A principal avenida, João Ramalho, é a mais afetada. Técnicos da prefeitura dizem que a restrição só será feita se, após a inauguração da Jacu-Pêssego, os caminhões continuarem passando por Mauá. A Secretaria de Estado dos Transportes prevê que a ampliação da Papa João XXIII, em Mauá, e a extensão da Jacu-Pêssego vão tirar os caminhões das vias secundárias.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Enquanto se gasta milhões com o Rodoanel, o Metrô...Clique e veja as fotos.
Problema no Metrô de SP causa reflexo em 18 estações
Embarque não está realizado na Linha 3-Vermelha.
Passageiros saíram dos trens e caminharam na via.
Do G1 SP, 21/09/2010, com informações do Globo Notícia
O problema que afetou a Linha 3-Vermelha do Metrô de São Paulo na manhã desta terça-feira (21) prejudicava, das 7h50 até por volta das 10h15, o funcionamento das 18 estações da linha, que vai de Coritinhians-Itaquera, na Zona Leste, até a Palmeiras-Barra Funda, na Zona Oeste. Segundo o Metrô, uma blusa que impedia o fechamento das portas teria dado origem ao problema.
Por volta das 9h50, o problema ainda não havia sido resolvido. O Metrô alega que para restabelecer o funcionamento é preciso retirar todos os passageiros da via e dos trens. Os passageiros desceram dos trens e começaram a andar nas vias.
O Metrô afirma que, às 7h50, o botão que aciona a abertura de portas foi acionado e a empresa teve que desenergizar o trecho para evitar riscos para os passageiros. Por isso, os dois sentidos estavam parados.
Na Estação Sé, a maior de São Paulo, o acesso dos passageiros estava restrito apenas a duas catracas para embarque na Linha 1-Azul. Funcionários do Metrô informaram ao G1 que as plataformas da Linha Vermelha estavam lotadas.
A empregada doméstica Maria Aparecida Nicolleti ficou presa por uma hora e meia em um trem. Ela embarcou às 7h15 em Itaquera e a composição parou na estação Belém. “O pessoal do Metrô dizia que [o problema] era a presença de usuário na linha. Está um sufoco, porque o ar-condicionado está desligado e o trem, lotado”. Enquanto conversava por telefone com o G1, por volta das 9h, a porta do trem foi aberta.
De acordo com o Metrô, o Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência (Paese) foi acionado por volta das 8h20. Linhas de ônibus que levavam passageiros da Zona Leste até as estações de metrô da região estão realizando o transporte até o Centro. Além disso, a integração com a Linha 11 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) foi liberada gratuitamente nas estações Tatuapé e Itaquera.
O Metrô informou ainda que a circulação só poderá voltar ao normal após todos os passageiros serem retirados dos trens e das vias.
Embarque não está realizado na Linha 3-Vermelha.
Passageiros saíram dos trens e caminharam na via.
Do G1 SP, 21/09/2010, com informações do Globo Notícia
O problema que afetou a Linha 3-Vermelha do Metrô de São Paulo na manhã desta terça-feira (21) prejudicava, das 7h50 até por volta das 10h15, o funcionamento das 18 estações da linha, que vai de Coritinhians-Itaquera, na Zona Leste, até a Palmeiras-Barra Funda, na Zona Oeste. Segundo o Metrô, uma blusa que impedia o fechamento das portas teria dado origem ao problema.
Por volta das 9h50, o problema ainda não havia sido resolvido. O Metrô alega que para restabelecer o funcionamento é preciso retirar todos os passageiros da via e dos trens. Os passageiros desceram dos trens e começaram a andar nas vias.
O Metrô afirma que, às 7h50, o botão que aciona a abertura de portas foi acionado e a empresa teve que desenergizar o trecho para evitar riscos para os passageiros. Por isso, os dois sentidos estavam parados.
Na Estação Sé, a maior de São Paulo, o acesso dos passageiros estava restrito apenas a duas catracas para embarque na Linha 1-Azul. Funcionários do Metrô informaram ao G1 que as plataformas da Linha Vermelha estavam lotadas.
A empregada doméstica Maria Aparecida Nicolleti ficou presa por uma hora e meia em um trem. Ela embarcou às 7h15 em Itaquera e a composição parou na estação Belém. “O pessoal do Metrô dizia que [o problema] era a presença de usuário na linha. Está um sufoco, porque o ar-condicionado está desligado e o trem, lotado”. Enquanto conversava por telefone com o G1, por volta das 9h, a porta do trem foi aberta.
De acordo com o Metrô, o Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência (Paese) foi acionado por volta das 8h20. Linhas de ônibus que levavam passageiros da Zona Leste até as estações de metrô da região estão realizando o transporte até o Centro. Além disso, a integração com a Linha 11 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) foi liberada gratuitamente nas estações Tatuapé e Itaquera.
O Metrô informou ainda que a circulação só poderá voltar ao normal após todos os passageiros serem retirados dos trens e das vias.
Caminhões migram da marginal Pinheiros para ruas estreitas de bairros de São Paulo
Veículos estão proibidos de circular na via nos dias úteis, das 5h às 21h
Do JR
Com a restrição de caminhões na marginal Pinheiros, no início do mês de setembro, caminhoneiros passaram a disputar espaço nas ruas estreitas dos bairros. A mudança está incomodando os moradores da região oeste da capital. A presidente do Conselho de Bairro do Morumbi reclama.
- Como você não tem a estrutura de asfalto, que é exigido para passar veículo pesado, começa haver rachaduras, você começa a ter problemas nas calçadas. Não dá pra ouvir absolutamente nada, não dá nem pra conversar. É um absurdo.
Já o caminhoneiro Anderson Santos da Silva se diz satisfeito com a nova rota.
- Compensa vir pela cidade porque o rodoanel é muito longe.
Desde o dia 2 de setembro, os caminhões estão proibidos de circular nos dias úteis, das 5h às 21h, na marginal Pinheiros e nas avenidas Jornalista Roberto Marinho e Bandeirantes. Se os motoristas desrespeitarem a nova regra, estarão sujeitos a multa. A restrição também se estende aos sábados, das 10h às 14h, e exclui os feriados.
A regulamentação vale para toda a marginal Pinheiros (pistas expressa e local), entre as pontes do Jaguaré e Morumbi. Os caminhões também estão proibidos de circular em toda a extensão da avenida Afonso D´Escragnole Taunay.
O rodoanel é um conjunto de obras viárias que circula a cidade de São Paulo. Foi criado para desviar os caminhões das congestionadas marginais.
Ele atende quem vem das rodovias Bandeirantes, Anhanguera, Castelo Branco e Raposo Tavares no trecho oeste. No trecho sul, a Régis Bittencourt, Imigrantes e Anchieta.
A obra foi projetada para ficar entre 20 e 40 km do centro da capital, demarcado pelas marginais Pinheiros e Tietê, que também teve o trânsito de caminhões restrito ao período noturno.
Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), são 5.000 caminhões a menos nas marginais durante as horas de pico. Mas como nem todos os caminhoneiros entram no extenso Rodoanel, as pequenas ruas de bairro acabam absorvendo boa parte da demanda.
Confira também
Para o engenheiro especialista em tráfego Jaime Waisman, a solução é os caminhões respeitarem o horário de restrição e circularem apenas à noite na cidade.
- É evidente que eles terão que se adaptar porque não há espaço pra todos na cidade. Como a cidade, os estabelecimentos comerciais também vão ter que se adaptar para receber suas encomendas no período noturno.
Do JR
Com a restrição de caminhões na marginal Pinheiros, no início do mês de setembro, caminhoneiros passaram a disputar espaço nas ruas estreitas dos bairros. A mudança está incomodando os moradores da região oeste da capital. A presidente do Conselho de Bairro do Morumbi reclama.
- Como você não tem a estrutura de asfalto, que é exigido para passar veículo pesado, começa haver rachaduras, você começa a ter problemas nas calçadas. Não dá pra ouvir absolutamente nada, não dá nem pra conversar. É um absurdo.
Já o caminhoneiro Anderson Santos da Silva se diz satisfeito com a nova rota.
- Compensa vir pela cidade porque o rodoanel é muito longe.
Desde o dia 2 de setembro, os caminhões estão proibidos de circular nos dias úteis, das 5h às 21h, na marginal Pinheiros e nas avenidas Jornalista Roberto Marinho e Bandeirantes. Se os motoristas desrespeitarem a nova regra, estarão sujeitos a multa. A restrição também se estende aos sábados, das 10h às 14h, e exclui os feriados.
A regulamentação vale para toda a marginal Pinheiros (pistas expressa e local), entre as pontes do Jaguaré e Morumbi. Os caminhões também estão proibidos de circular em toda a extensão da avenida Afonso D´Escragnole Taunay.
O rodoanel é um conjunto de obras viárias que circula a cidade de São Paulo. Foi criado para desviar os caminhões das congestionadas marginais.
Ele atende quem vem das rodovias Bandeirantes, Anhanguera, Castelo Branco e Raposo Tavares no trecho oeste. No trecho sul, a Régis Bittencourt, Imigrantes e Anchieta.
A obra foi projetada para ficar entre 20 e 40 km do centro da capital, demarcado pelas marginais Pinheiros e Tietê, que também teve o trânsito de caminhões restrito ao período noturno.
Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), são 5.000 caminhões a menos nas marginais durante as horas de pico. Mas como nem todos os caminhoneiros entram no extenso Rodoanel, as pequenas ruas de bairro acabam absorvendo boa parte da demanda.
Confira também
Para o engenheiro especialista em tráfego Jaime Waisman, a solução é os caminhões respeitarem o horário de restrição e circularem apenas à noite na cidade.
- É evidente que eles terão que se adaptar porque não há espaço pra todos na cidade. Como a cidade, os estabelecimentos comerciais também vão ter que se adaptar para receber suas encomendas no período noturno.
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Cidades sofrem com o trânsito proveniente do Rodoanel.Leia mais

Após inauguração do Trecho Sul do Rodoanel, tráfego em Taboão aumentou 78%
Um estudo realizado pela Secretaria de Transporte e mobilidade Urbana, obtido com exclusividade pelo Portal O Taboanense, mostra que a frota flutuante de Taboão da Serra aumentou 78% após a inauguração do Trecho Sul do Rodoanel, em abril deste ano.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Esquemão corrupto do Rodoanel está vindo à tona, reflete a bandalheira do financiamento privado das campanhas políticas, VERGONHA!
Reportagem:Istoé
Um tucano bom de bico
Quem é e como agia o engenheiro Paulo Vieira de Souza, acusado por líderes do PSDB de ter arrecadado dinheiro de empresários em nome do partido e não entregá-lo para o caixa da campanha
Sérgio Pardellas e Claudio Dantas Sequeira

POSIÇÃO ESTRATÉGICA
Paulo Vieira de Souza na obra do Rodoanel, que custou R$ 5 bilhões
Nas últimas semanas, o engenheiro Paulo Vieira de Souza tem sido a principal dor de cabeça da cúpula tucana. Segundo oito dos principais líderes e parlamentares do PSDB ouvidos por ISTOÉ, Souza, também conhecido como Paulo Preto ou Negão, teria arrecadado pelo menos R$ 4 milhões para as campanhas eleitorais de 2010, mas os recursos não chegaram ao caixa do comitê do presidenciável José Serra. Como se trata de dinheiro sem origem declarada, o partido não tem sequer como mover um processo judicial. “Ele arrecadou por conta própria, sem autorização do partido. Não autorizamos ninguém a receber dinheiro de caixa 2. As únicas pessoas autorizadas a atuar em nome do partido na arrecadação são o José Gregori e o Sérgio Freitas”, afirma o ex-ministro Eduardo Jorge, vice-presidente nacional do PSDB. “Não podemos calcular exatamente quanto o Paulo Preto conseguiu arrecadar. Sabemos que foi no mínimo R$ 4 milhões, obtidos principalmente com grandes empreiteiras, e que esse dinheiro está fazendo falta nas campanhas regionais”, confirma um ex-secretário do governo paulista que ocupa lugar estratégico na campanha de José Serra à Presidência.


Segundo dois dirigentes do primeiro escalão do partido, o engenheiro arrecadou “antes e depois de definidos os candidatos tucanos às sucessões nacional e estadual”. Os R$ 4 milhões seriam referentes apenas ao valor arrecadado antes do lançamento oficial das candidaturas, o que impede que a dinheirama seja declarada, tanto pelo partido como pelos doadores. “Essa arrecadação foi puramente pessoal. Mas só faz isso quem tem poder de interferir em alguma coisa. Poder, infelizmente, ele tinha. Às vezes, os governantes delegam poder para as pessoas erradas”, afirmou à ISTOÉ Evandro Losacco, membro da Executiva do PSDB e tesoureiro-adjunto do partido, na quarta-feira 11.
O suposto desvio de recursos que o engenheiro teria promovido nos cofres da campanha tucana foi descoberto na segunda-feira 2. Os responsáveis pelo comitê financeiro da campanha de Serra à Presidência reuniram-se em São Paulo a fim de fechar a primeira parcial de arrecadação, que seria declarada no dia seguinte à Justiça Eleitoral. Levaram um susto quando notaram que a planilha de doações informava um montante muito aquém das expectativas do PSDB e do esforço empenhado pelos tucanos junto aos doadores: apenas R$ 3,6 milhões, o equivalente a um terço do montante arrecadado pela candidata do PT, Dilma Rousseff. Ciosos de seu bom trânsito com o empresariado, expoentes do PSDB não imaginavam ter recolhido tão pouco. Sinal de alerta aceso, deflagrou-se, então, um processo de consulta informal às empresas que já haviam se comprometido a contribuir. O trabalho de checagem contou com a participação do tesoureiro José Gregori e até do candidato José Serra e logo veio a conclusão: Paulo Preto teria coletado mais de R$ 4 milhões, mas nenhum centavo foi destinado aos cofres do partido, oficialmente ou não. Iniciava ali o enredo de uma história nebulosa com potencial para atingir o seio do PSDB às vésperas das eleições presidenciais. “Além de representar uma quantia maior do que a arrecadada oficialmente até agora, o desfalque poderá atrapalhar ainda mais o fluxo de caixa da campanha”, explica um tucano de alta plumagem, que já disputou quatro eleições pelo partido. Segundo ele, muitas vezes as grandes empreiteiras não têm como negar contribuições financeiras, mas, nesse caso, ganharam um forte argumento: basta dizer que já contribuíram através do engenheiro, ainda que não o tenham feito.
Até abril, Paulo Preto ocupou posição estratégica na administração tucana do Estado de São Paulo. Ele atuou como diretor de engenharia da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), estatal paulista responsável por algumas das principais obras viárias do País, entre elas o Rodoanel, empreendimento de mais de R$ 5 bilhões, e a ampliação da marginal Tietê, orçada em R$ 1,5 bilhão – ambas verdadeiros cartões-postais das campanhas do partido. No caso do Rodoanel, segundo um dirigente do PSDB de São Paulo, cabia a Paulo Preto fazer o pagamento às empreiteiras, bem como coordenar as medições das obras, o que, por força de contrato, determina quanto a ser pago às construtoras e quando. No Diretório Estadual do partido, nove entre dez tucanos apontam a construção do eixo sul do Rodoanel como a principal fonte de receita de Paulo Preto. Outro político ligado ao Diretório Nacional do PSDB explica que a função do engenheiro na Dersa aproximou Paulo Preto de empreiteiras como Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, OAS, Mendes Júnior, Carioca e Engevix.

ELO POLÍTICO
Aloysio Nunes Ferreira é amigo de Paulo há mais de 20 anos e seu contato com o PSDB
Losacco, um dos coordenadores das campanhas de Serra e de Geraldo Alckmin em 2006, afirma que o elo principal de Paulo Preto com o PSDB é Aloysio Nunes Ferreira, ex-secretário da Casa Civil de Serra e atual candidato do partido ao Senado por São Paulo. O próprio engenheiro confirma uma amizade de mais de 20 anos com Aloysio (leia entrevista abaixo). De acordo com um importante quadro do PSDB paulista, desde 2008 Paulo Preto estava “passando o chapéu” visando ao financiamento da pré-candidatura de Aloysio ao governo do Estado. “Não fizemos nenhuma doação irregular, mas o engenheiro Paulo foi apresentado como o ‘interlocutor’ do Aloysio junto aos empresários”, disse à ISTOÉ o diretor de uma das empreiteiras responsáveis por obras de remoção de terras no eixo sul do Rodoanel. Geraldo Alckmin acabou se impondo e obtendo a legenda para disputar o governo estadual, mas até a convenção do partido, em junho, a candidatura de Aloysio era considerada uma forte alternativa tucana, pois contava com o apoio do então governador José Serra e da maioria dos secretários. O engenheiro, segundo um membro da Executiva Nacional do partido, agia às claras junto a empresários e a prefeitos do interior de São Paulo. Falastrão, contava vantagens aos companheiros e nos corredores do Palácio dos Bandeirantes. Prometia mundos e fundos num futuro governo Aloysio. E quando Aloysio deixou a Casa Civil de Serra, muitos passaram a torcer por sua exoneração, o que aconteceu sob a batuta do governador Alberto Goldman.

CÚPULA TUCANA
Baixa arrecadação despertou suspeita de desvio de dinheiro na campanha
Losacco, que foi secretário-geral do PSDB paulista até 2007, afirma que desde 2008 alertava a cúpula do partido sobre os movimentos de Paulo Vieira na Dersa. “Esse tipo de pessoa existe na administração pública. Tem a facilidade de achacar e não tem o menor controle. Todo mundo já sabia há muito tempo disso”, conta o dirigente tucano. Diante desses alarmes, a cúpula do partido chegou a cogitar a saída dele da estatal rodoviária há mais de um ano. Mas recuou. “O motivo (do recuo) eu não sei. Deve ter um motivo. Mas no governo às vezes você não consegue fazer tudo o que você quer. Você tem contingências que o obrigam a engolir sapo. E eu acho que esse deve ter sido o caso. Agora, de alguma maneira essa coisa toda vai ter que ser apurada. Sabemos da seriedade que o governo tem, mas infelizmente fica sujeito a esse tipo de gente”, acrescentou Losacco. Segundo o tesoureiro-adjunto do PSDB, o empresário acaba cedendo, pois “entende que o cara tem a caneta e que pode atrapalhar os negócios”. Os motivos que teriam levado Paulo Preto a dar o calote no PSDB ainda estão envoltos em mistério. Mas, entre os tucanos, circula a versão de que o partido teria uma dívida com o engenheiro contraída em eleições passadas. Na entrevista concedida à ISTOÉ, Paulo Preto nega que tenha feito qualquer tipo de arrecadação e desafia os caciques tucanos a provar essas denúncias.
“Acho muito pouco provável que isso tenha acontecido sem que eu soubesse”, disse Aloysio à ISTOÉ. “Não posso falar sobre uma coisa que não existiu, que é uma infâmia”, completou. No PSDB, porém, todos pelo menos já ouviram comentários sobre o suposto desvio praticado por Paulo Preto nos cofres tucanos. “Fiquei sabendo da história desse cara ontem”, disse o deputado José Aníbal (SP), ex-líder do partido na Câmara, na terça-feira 10. “Parece mesmo que ele sumiu. Desapareceu. Me falaram que ele foi para a Europa. Vi esse cara na inauguração do Rodoanel.” De fato, depois de deixar a Dersa, o engenheiro esteve na Espanha e só voltou ao Brasil há poucos dias. Na cúpula do PSDB, porém, até a semana passada poucos sabiam que Paulo Preto havia retornado e o tratavam como “desaparecido”.
As relações de Aloysio e Paulo Preto são antigas e extrapolam a questão política. Em 2007, familiares do engenheiro fizeram um empréstimo de R$ 300 mil para Aloysio. No final do ano passado, o ex-chefe da Casa Civil afirmou que usou o dinheiro para pagar parte do apartamento adquirido no bairro de Higienópolis e que tudo já foi quitado. Apontado como um profissional competente e principal responsável pela antecipação da inauguração do rodoanel, Paulo Vieira de Souza chegou a ser premiado pelo Instituto de Engenharia de São Paulo em dezembro de 2009. O engenheiro não é filiado ao PSDB, mas tem uma história profissional ligada ao setor público e há 11 anos ocupa cargos de confiança nos governos tucanos. No segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, foi assessor especial da Presidência e trabalhou quatro anos no Palácio do Planalto, como coordenador do Programa Brasil Empreendedor. Em São Paulo, também atuou na linha 4 do Metrô e na avenida Jacu Pêssego, ambas obras de grande porte e também cartões-postais das campanhas tucanas, a exemplo do rodoanel e da marginal Tietê.



CARTÕES-POSTAIS
Grandes obras como o Rodoanel, a Marginal e a Jacu Pêssego são vitrines da campanha tucana
Paulo Preto foi exonerado da Dersa oito dias depois de participar da festa de inauguração do Rodoanel, ao lado dos principais líderes do partido. A portaria, publicada no “Diário Oficial” em 21 de abril, não explica os motivos da demissão do engenheiro, mas deputados tucanos ouvidos por ISTOÉ asseguram que foi uma medida preventiva. O nome do engenheiro está registrado em uma série de documentos apreendidos pela Polícia Federal durante a chamada Operação Castelo de Areia, que investigou a construtora Camargo Corrêa entre 2008 e 2009. No inquérito estão planilhas que listam valores que teriam sido pagos pela construtora ao engenheiro. Seriam pelo menos quatro pagamentos de R$ 416,5 mil entre dezembro de 2007 e março do ano seguinte. Apesar de o relatório de inteligência da PF citar o nome do engenheiro inúmeras vezes, Paulo Preto não foi indiciado e, em janeiro, o inquérito da Operação Castelo de Areia foi suspenso por causa de uma liminar concedida pelo Superior Tribunal de Justiça. O temor dos tucanos é que durante a campanha eleitoral a liminar seja suspensa e a Operação Castelo de Areia volte ao noticiário.
Outro episódio envolvendo o ex-diretor da Dersa foi sua prisão em flagrante, em junho deste ano, na loja de artigos de luxo Gucci do Shopping Iguatemi, em São Paulo. Solto um dia depois, ele passou a responder em liberdade à acusação de receptar um bracelete de brilhantes avaliado em R$ 20 mil. Paulo Preto e o joalheiro Musab Fatayer foram à loja para avaliar o bracelete, que pretendiam negociar. Desconfiado da origem da joia, o gerente da loja, Igor Augusto Pereira, pediu para que o engenheiro e Fatayer aguardassem. Ao cruzar informações sobre o bracelete negociado, o gerente da Gucci descobriu que aquela joia havia sido furtada da loja em 7 de maio. Em seu depoimento, o gerente da Gucci disse para a polícia que foi Paulo Preto quem entregou o bracelete para que ele o avaliasse. O ex-diretor da Dersa alegou ter recebido a joia de Fatayer e que estava disposto a pagar R$ 20 mil por ela.
O eventual prejuízo provocado por Paulo Preto pode não se resumir ao caixa da campanha. Um dos desafios imediatos da cúpula tucana é evitar que haja também uma debandada de aliados políticos, que pressionam o comando da campanha em busca de recursos para candidaturas regionais e proporcionais. Além disso, é preciso reconquistar a confiança de eventuais doadores, que se tornarão mais reticentes diante dos arrecadadores do partido.
“Gente como eu tem prazo de validade”
Por Delmo Moreira
Aos 62 anos, Paulo Vieira de Souza está em plena forma. Ele é triatleta, já disputou 40 maratonas, nove ironman (modalidade que junta ciclismo, natação e corrida), 35 meia-ironman e duas ultramaratonas (prova com percurso superior a 42 quilômetros). Desde que foi exonerado da Dersa, em abril, acelerou seus treinos físicos para disputar, em Florianópolis, as provas seletivas para o Ironman mundial, que será realizado no Havaí. “Só fora do governo para fazer um treinamento desses”, diz ele. Mas está confiante: “Pela minha personalidade, não tenho medo de dizer: vou ganhar essa porra.” Este estilo direto de falar, segundo Souza, é responsável pelos problemas que vem colecionando: “Pareço arrogante e por isso incomodo muita gente.” Souza é suspeito de levar propina de empreiteiras, foi envolvido no estranho caso da compra de uma joia possivelmente roubada e acabou acusado de desviar recursos da campanha tucana à Presidência da República. Ele refutou todas essas acusações numa conversa de quase uma hora com ISTOÉ. A seguir, os principais trechos da entrevista:
ISTOÉ – O sr. é apontado como responsável pelo desvio de recursos arrecadados para a campanha do PSDB. O que o sr. tem a dizer sobre isto?
Paulo Vieira de Souza – Tem gente dizendo que sou responsável, mas desafio qualquer um a mostrar que tive qualquer atitude, em qualquer campanha em andamento, que coloquei o pé em alguma empresa, que pedi a alguém alguma coisa. Eles estão em campanha. Querem me eleger como bode expiatório porque estou fora. Mas eu não serei. Nunca trabalhei para a campanha deles.
ISTOÉ – Por que seu nome aparece no caso, então?
Souza – Empresário só ajuda quem ele quer. Acho que tem alguém querendo R$ 4 milhões de ajuda e não está conseguindo. Acho que alguém não foi atendido. Isto é uma briga interna do partido. Nunca fiz parte do PSDB e nunca farei.
ISTOÉ – O sr. nunca foi arrecadador do partido?
Souza – Nunca arrecadei. Não sei nem onde fica o comitê de campanha. Querem dizer que sou maluco? Que apareçam para dizer.
ISTOÉ – Mas o sr. já participou de campanhas políticas do PSDB.
Souza – Da campanha do Aloysio (Aloysio Nunes Ferreira Filho) eu participei. Mas não na gestão. Eu participava da logística, da compra de material, de impressos, da distribuição de material. Eu sempre fiz parte da logística das campanhas dele.
ISTOÉ – Qual é o seu relacionamento com Aloysio?
Souza – Sou amigo pessoal do Aloysio há 21 anos. Amigo de família mesmo. Ele conhece minhas filhas desde pequenas. E eu sempre ajudei como podia o Aloysio nas campanhas.
ISTOÉ – O sr. ainda é amigo do Aloysio?
Souza – Sempre.
ISTOÉ – Vocês ainda se falam?
Souza – Sempre.
ISTOÉ – Qual foi a última vez que o sr. o encontrou?
Souza – Foi hoje (quarta-feira 11) pela manhã. Ele ia fazer a gravação do programa dele à tarde ou à noite. Meu relacionamento no governo do Estado sempre foi com o Aloysio e com o Luna, o secretário do Planejamento, que era o coordenador dos convênios entre Estado e prefeitura. Sou amigo pessoal do Aloysio e isso não vou negar nunca. Não sei o que ele vai falar. Mas sou amigo pessoal dele. Só não estou na campanha agora porque pedi para não participar. Não queria dar nenhum problema, em função daquele caso recente que aconteceu comigo.
ISTOÉ – O sr. está sendo processado como receptador de joias roubadas?
Souza – Jamais eu compraria alguma coisa roubada. Só ainda não dei a minha versão porque não tranquei o processo, que está entrando agora em juízo, com minha defesa. Depois vou falar. A tese é de receptação, mas eu não comprei. Por isso é que fui na Gucci. Alguém que quer vender joia roubada vai lá? Eu levei uma joia para verificar a autenticidade e o valor. Agora, você vai comprar um carro, o carro tem problema e você acaba preso? É uma aberração. Eu não fui preso no Iguatemi. O “Estadão” também diz que eu estava vendendo a joia. É mentira.
ISTOÉ – O seu nome também aparece na investigação da operação Castelo de Areia, da PF, sob acusação de receber propina da construtora Camargo Corrêa. Foi outro engano? Não é muito azar?
Souza – Eu não sei como colocaram meu nome lá, com que propósito ou baseado em quê. Vi que tem uma lista de ajuda política, para deputado estadual, federal. Tem até o Carvalho Pinto! Vi que colocaram meu nome na lista: Paulo de Souza, coordenador do Rodoanel. Acho que adotaram um critério dentro da Camargo Corrêa de colocar o nome dos coordenadores relacionados a cada obra.
ISTOÉ – Ao lado de seu nome aparecem valores: quatro parcelas de R$ 416 ,5 mil em quatro datas seguidas. O que são esses valores?
Souza – Não sei. A mim nunca ninguém entregou absolutamente nada. O lote da Camargo Corrêa na obra era de R$ 700 milhões e a obra foi entregue no prazo, só com 6,52% de acréscimo. É o menor aditivo que já houve em obra pública no Brasil. Se isso desagradou a alguém, não sei.
ISTOÉ – Por que o sr. saiu da Dersa?
Souza – Eu fui exonerado pelo atual governador no dia 9 de abril. Até hoje não me informaram o motivo. Minha exoneração foi uma decisão de governo. Eu não pedi as contas.
ISTOÉ – O sr. nem imagina as razões de sua exoneração?
Souza – Acho que tem a ver com a forma como sempre agi nesses cinco anos em que trabalhei no governo. Tem a ver com meu estilo. Sou de tomar atitudes, de decisão, de falar o que penso. Fui premiado por meu trabalho como gestor público. Eu criei muito ciúme no governo.
ISTOÉ – Quem tinha ciúme do sr.?
Souza – Acho que pessoas como eu têm prazo de validade. O Rodoanel foi a primeira obra pública que tinha dia e hora para terminar. É meu estilo de gestão e nem todo governante gosta desta forma de agir. Na engenharia da Dersa quem mandou fui eu. Não sou mais uma jovem promessa. Sou uma ameaça para os incompetentes.
Um tucano bom de bico
Quem é e como agia o engenheiro Paulo Vieira de Souza, acusado por líderes do PSDB de ter arrecadado dinheiro de empresários em nome do partido e não entregá-lo para o caixa da campanha
Sérgio Pardellas e Claudio Dantas Sequeira

POSIÇÃO ESTRATÉGICA
Paulo Vieira de Souza na obra do Rodoanel, que custou R$ 5 bilhões
Nas últimas semanas, o engenheiro Paulo Vieira de Souza tem sido a principal dor de cabeça da cúpula tucana. Segundo oito dos principais líderes e parlamentares do PSDB ouvidos por ISTOÉ, Souza, também conhecido como Paulo Preto ou Negão, teria arrecadado pelo menos R$ 4 milhões para as campanhas eleitorais de 2010, mas os recursos não chegaram ao caixa do comitê do presidenciável José Serra. Como se trata de dinheiro sem origem declarada, o partido não tem sequer como mover um processo judicial. “Ele arrecadou por conta própria, sem autorização do partido. Não autorizamos ninguém a receber dinheiro de caixa 2. As únicas pessoas autorizadas a atuar em nome do partido na arrecadação são o José Gregori e o Sérgio Freitas”, afirma o ex-ministro Eduardo Jorge, vice-presidente nacional do PSDB. “Não podemos calcular exatamente quanto o Paulo Preto conseguiu arrecadar. Sabemos que foi no mínimo R$ 4 milhões, obtidos principalmente com grandes empreiteiras, e que esse dinheiro está fazendo falta nas campanhas regionais”, confirma um ex-secretário do governo paulista que ocupa lugar estratégico na campanha de José Serra à Presidência.


Segundo dois dirigentes do primeiro escalão do partido, o engenheiro arrecadou “antes e depois de definidos os candidatos tucanos às sucessões nacional e estadual”. Os R$ 4 milhões seriam referentes apenas ao valor arrecadado antes do lançamento oficial das candidaturas, o que impede que a dinheirama seja declarada, tanto pelo partido como pelos doadores. “Essa arrecadação foi puramente pessoal. Mas só faz isso quem tem poder de interferir em alguma coisa. Poder, infelizmente, ele tinha. Às vezes, os governantes delegam poder para as pessoas erradas”, afirmou à ISTOÉ Evandro Losacco, membro da Executiva do PSDB e tesoureiro-adjunto do partido, na quarta-feira 11.
O suposto desvio de recursos que o engenheiro teria promovido nos cofres da campanha tucana foi descoberto na segunda-feira 2. Os responsáveis pelo comitê financeiro da campanha de Serra à Presidência reuniram-se em São Paulo a fim de fechar a primeira parcial de arrecadação, que seria declarada no dia seguinte à Justiça Eleitoral. Levaram um susto quando notaram que a planilha de doações informava um montante muito aquém das expectativas do PSDB e do esforço empenhado pelos tucanos junto aos doadores: apenas R$ 3,6 milhões, o equivalente a um terço do montante arrecadado pela candidata do PT, Dilma Rousseff. Ciosos de seu bom trânsito com o empresariado, expoentes do PSDB não imaginavam ter recolhido tão pouco. Sinal de alerta aceso, deflagrou-se, então, um processo de consulta informal às empresas que já haviam se comprometido a contribuir. O trabalho de checagem contou com a participação do tesoureiro José Gregori e até do candidato José Serra e logo veio a conclusão: Paulo Preto teria coletado mais de R$ 4 milhões, mas nenhum centavo foi destinado aos cofres do partido, oficialmente ou não. Iniciava ali o enredo de uma história nebulosa com potencial para atingir o seio do PSDB às vésperas das eleições presidenciais. “Além de representar uma quantia maior do que a arrecadada oficialmente até agora, o desfalque poderá atrapalhar ainda mais o fluxo de caixa da campanha”, explica um tucano de alta plumagem, que já disputou quatro eleições pelo partido. Segundo ele, muitas vezes as grandes empreiteiras não têm como negar contribuições financeiras, mas, nesse caso, ganharam um forte argumento: basta dizer que já contribuíram através do engenheiro, ainda que não o tenham feito.
Até abril, Paulo Preto ocupou posição estratégica na administração tucana do Estado de São Paulo. Ele atuou como diretor de engenharia da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), estatal paulista responsável por algumas das principais obras viárias do País, entre elas o Rodoanel, empreendimento de mais de R$ 5 bilhões, e a ampliação da marginal Tietê, orçada em R$ 1,5 bilhão – ambas verdadeiros cartões-postais das campanhas do partido. No caso do Rodoanel, segundo um dirigente do PSDB de São Paulo, cabia a Paulo Preto fazer o pagamento às empreiteiras, bem como coordenar as medições das obras, o que, por força de contrato, determina quanto a ser pago às construtoras e quando. No Diretório Estadual do partido, nove entre dez tucanos apontam a construção do eixo sul do Rodoanel como a principal fonte de receita de Paulo Preto. Outro político ligado ao Diretório Nacional do PSDB explica que a função do engenheiro na Dersa aproximou Paulo Preto de empreiteiras como Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, OAS, Mendes Júnior, Carioca e Engevix.

ELO POLÍTICO
Aloysio Nunes Ferreira é amigo de Paulo há mais de 20 anos e seu contato com o PSDB
Losacco, um dos coordenadores das campanhas de Serra e de Geraldo Alckmin em 2006, afirma que o elo principal de Paulo Preto com o PSDB é Aloysio Nunes Ferreira, ex-secretário da Casa Civil de Serra e atual candidato do partido ao Senado por São Paulo. O próprio engenheiro confirma uma amizade de mais de 20 anos com Aloysio (leia entrevista abaixo). De acordo com um importante quadro do PSDB paulista, desde 2008 Paulo Preto estava “passando o chapéu” visando ao financiamento da pré-candidatura de Aloysio ao governo do Estado. “Não fizemos nenhuma doação irregular, mas o engenheiro Paulo foi apresentado como o ‘interlocutor’ do Aloysio junto aos empresários”, disse à ISTOÉ o diretor de uma das empreiteiras responsáveis por obras de remoção de terras no eixo sul do Rodoanel. Geraldo Alckmin acabou se impondo e obtendo a legenda para disputar o governo estadual, mas até a convenção do partido, em junho, a candidatura de Aloysio era considerada uma forte alternativa tucana, pois contava com o apoio do então governador José Serra e da maioria dos secretários. O engenheiro, segundo um membro da Executiva Nacional do partido, agia às claras junto a empresários e a prefeitos do interior de São Paulo. Falastrão, contava vantagens aos companheiros e nos corredores do Palácio dos Bandeirantes. Prometia mundos e fundos num futuro governo Aloysio. E quando Aloysio deixou a Casa Civil de Serra, muitos passaram a torcer por sua exoneração, o que aconteceu sob a batuta do governador Alberto Goldman.

CÚPULA TUCANA
Baixa arrecadação despertou suspeita de desvio de dinheiro na campanha
Losacco, que foi secretário-geral do PSDB paulista até 2007, afirma que desde 2008 alertava a cúpula do partido sobre os movimentos de Paulo Vieira na Dersa. “Esse tipo de pessoa existe na administração pública. Tem a facilidade de achacar e não tem o menor controle. Todo mundo já sabia há muito tempo disso”, conta o dirigente tucano. Diante desses alarmes, a cúpula do partido chegou a cogitar a saída dele da estatal rodoviária há mais de um ano. Mas recuou. “O motivo (do recuo) eu não sei. Deve ter um motivo. Mas no governo às vezes você não consegue fazer tudo o que você quer. Você tem contingências que o obrigam a engolir sapo. E eu acho que esse deve ter sido o caso. Agora, de alguma maneira essa coisa toda vai ter que ser apurada. Sabemos da seriedade que o governo tem, mas infelizmente fica sujeito a esse tipo de gente”, acrescentou Losacco. Segundo o tesoureiro-adjunto do PSDB, o empresário acaba cedendo, pois “entende que o cara tem a caneta e que pode atrapalhar os negócios”. Os motivos que teriam levado Paulo Preto a dar o calote no PSDB ainda estão envoltos em mistério. Mas, entre os tucanos, circula a versão de que o partido teria uma dívida com o engenheiro contraída em eleições passadas. Na entrevista concedida à ISTOÉ, Paulo Preto nega que tenha feito qualquer tipo de arrecadação e desafia os caciques tucanos a provar essas denúncias.
“Acho muito pouco provável que isso tenha acontecido sem que eu soubesse”, disse Aloysio à ISTOÉ. “Não posso falar sobre uma coisa que não existiu, que é uma infâmia”, completou. No PSDB, porém, todos pelo menos já ouviram comentários sobre o suposto desvio praticado por Paulo Preto nos cofres tucanos. “Fiquei sabendo da história desse cara ontem”, disse o deputado José Aníbal (SP), ex-líder do partido na Câmara, na terça-feira 10. “Parece mesmo que ele sumiu. Desapareceu. Me falaram que ele foi para a Europa. Vi esse cara na inauguração do Rodoanel.” De fato, depois de deixar a Dersa, o engenheiro esteve na Espanha e só voltou ao Brasil há poucos dias. Na cúpula do PSDB, porém, até a semana passada poucos sabiam que Paulo Preto havia retornado e o tratavam como “desaparecido”.
As relações de Aloysio e Paulo Preto são antigas e extrapolam a questão política. Em 2007, familiares do engenheiro fizeram um empréstimo de R$ 300 mil para Aloysio. No final do ano passado, o ex-chefe da Casa Civil afirmou que usou o dinheiro para pagar parte do apartamento adquirido no bairro de Higienópolis e que tudo já foi quitado. Apontado como um profissional competente e principal responsável pela antecipação da inauguração do rodoanel, Paulo Vieira de Souza chegou a ser premiado pelo Instituto de Engenharia de São Paulo em dezembro de 2009. O engenheiro não é filiado ao PSDB, mas tem uma história profissional ligada ao setor público e há 11 anos ocupa cargos de confiança nos governos tucanos. No segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, foi assessor especial da Presidência e trabalhou quatro anos no Palácio do Planalto, como coordenador do Programa Brasil Empreendedor. Em São Paulo, também atuou na linha 4 do Metrô e na avenida Jacu Pêssego, ambas obras de grande porte e também cartões-postais das campanhas tucanas, a exemplo do rodoanel e da marginal Tietê.



CARTÕES-POSTAIS
Grandes obras como o Rodoanel, a Marginal e a Jacu Pêssego são vitrines da campanha tucana
Paulo Preto foi exonerado da Dersa oito dias depois de participar da festa de inauguração do Rodoanel, ao lado dos principais líderes do partido. A portaria, publicada no “Diário Oficial” em 21 de abril, não explica os motivos da demissão do engenheiro, mas deputados tucanos ouvidos por ISTOÉ asseguram que foi uma medida preventiva. O nome do engenheiro está registrado em uma série de documentos apreendidos pela Polícia Federal durante a chamada Operação Castelo de Areia, que investigou a construtora Camargo Corrêa entre 2008 e 2009. No inquérito estão planilhas que listam valores que teriam sido pagos pela construtora ao engenheiro. Seriam pelo menos quatro pagamentos de R$ 416,5 mil entre dezembro de 2007 e março do ano seguinte. Apesar de o relatório de inteligência da PF citar o nome do engenheiro inúmeras vezes, Paulo Preto não foi indiciado e, em janeiro, o inquérito da Operação Castelo de Areia foi suspenso por causa de uma liminar concedida pelo Superior Tribunal de Justiça. O temor dos tucanos é que durante a campanha eleitoral a liminar seja suspensa e a Operação Castelo de Areia volte ao noticiário.
Outro episódio envolvendo o ex-diretor da Dersa foi sua prisão em flagrante, em junho deste ano, na loja de artigos de luxo Gucci do Shopping Iguatemi, em São Paulo. Solto um dia depois, ele passou a responder em liberdade à acusação de receptar um bracelete de brilhantes avaliado em R$ 20 mil. Paulo Preto e o joalheiro Musab Fatayer foram à loja para avaliar o bracelete, que pretendiam negociar. Desconfiado da origem da joia, o gerente da loja, Igor Augusto Pereira, pediu para que o engenheiro e Fatayer aguardassem. Ao cruzar informações sobre o bracelete negociado, o gerente da Gucci descobriu que aquela joia havia sido furtada da loja em 7 de maio. Em seu depoimento, o gerente da Gucci disse para a polícia que foi Paulo Preto quem entregou o bracelete para que ele o avaliasse. O ex-diretor da Dersa alegou ter recebido a joia de Fatayer e que estava disposto a pagar R$ 20 mil por ela.
O eventual prejuízo provocado por Paulo Preto pode não se resumir ao caixa da campanha. Um dos desafios imediatos da cúpula tucana é evitar que haja também uma debandada de aliados políticos, que pressionam o comando da campanha em busca de recursos para candidaturas regionais e proporcionais. Além disso, é preciso reconquistar a confiança de eventuais doadores, que se tornarão mais reticentes diante dos arrecadadores do partido.
“Gente como eu tem prazo de validade”
Por Delmo Moreira
Aos 62 anos, Paulo Vieira de Souza está em plena forma. Ele é triatleta, já disputou 40 maratonas, nove ironman (modalidade que junta ciclismo, natação e corrida), 35 meia-ironman e duas ultramaratonas (prova com percurso superior a 42 quilômetros). Desde que foi exonerado da Dersa, em abril, acelerou seus treinos físicos para disputar, em Florianópolis, as provas seletivas para o Ironman mundial, que será realizado no Havaí. “Só fora do governo para fazer um treinamento desses”, diz ele. Mas está confiante: “Pela minha personalidade, não tenho medo de dizer: vou ganhar essa porra.” Este estilo direto de falar, segundo Souza, é responsável pelos problemas que vem colecionando: “Pareço arrogante e por isso incomodo muita gente.” Souza é suspeito de levar propina de empreiteiras, foi envolvido no estranho caso da compra de uma joia possivelmente roubada e acabou acusado de desviar recursos da campanha tucana à Presidência da República. Ele refutou todas essas acusações numa conversa de quase uma hora com ISTOÉ. A seguir, os principais trechos da entrevista:
ISTOÉ – O sr. é apontado como responsável pelo desvio de recursos arrecadados para a campanha do PSDB. O que o sr. tem a dizer sobre isto?
Paulo Vieira de Souza – Tem gente dizendo que sou responsável, mas desafio qualquer um a mostrar que tive qualquer atitude, em qualquer campanha em andamento, que coloquei o pé em alguma empresa, que pedi a alguém alguma coisa. Eles estão em campanha. Querem me eleger como bode expiatório porque estou fora. Mas eu não serei. Nunca trabalhei para a campanha deles.
ISTOÉ – Por que seu nome aparece no caso, então?
Souza – Empresário só ajuda quem ele quer. Acho que tem alguém querendo R$ 4 milhões de ajuda e não está conseguindo. Acho que alguém não foi atendido. Isto é uma briga interna do partido. Nunca fiz parte do PSDB e nunca farei.
ISTOÉ – O sr. nunca foi arrecadador do partido?
Souza – Nunca arrecadei. Não sei nem onde fica o comitê de campanha. Querem dizer que sou maluco? Que apareçam para dizer.
ISTOÉ – Mas o sr. já participou de campanhas políticas do PSDB.
Souza – Da campanha do Aloysio (Aloysio Nunes Ferreira Filho) eu participei. Mas não na gestão. Eu participava da logística, da compra de material, de impressos, da distribuição de material. Eu sempre fiz parte da logística das campanhas dele.
ISTOÉ – Qual é o seu relacionamento com Aloysio?
Souza – Sou amigo pessoal do Aloysio há 21 anos. Amigo de família mesmo. Ele conhece minhas filhas desde pequenas. E eu sempre ajudei como podia o Aloysio nas campanhas.
ISTOÉ – O sr. ainda é amigo do Aloysio?
Souza – Sempre.
ISTOÉ – Vocês ainda se falam?
Souza – Sempre.
ISTOÉ – Qual foi a última vez que o sr. o encontrou?
Souza – Foi hoje (quarta-feira 11) pela manhã. Ele ia fazer a gravação do programa dele à tarde ou à noite. Meu relacionamento no governo do Estado sempre foi com o Aloysio e com o Luna, o secretário do Planejamento, que era o coordenador dos convênios entre Estado e prefeitura. Sou amigo pessoal do Aloysio e isso não vou negar nunca. Não sei o que ele vai falar. Mas sou amigo pessoal dele. Só não estou na campanha agora porque pedi para não participar. Não queria dar nenhum problema, em função daquele caso recente que aconteceu comigo.
ISTOÉ – O sr. está sendo processado como receptador de joias roubadas?
Souza – Jamais eu compraria alguma coisa roubada. Só ainda não dei a minha versão porque não tranquei o processo, que está entrando agora em juízo, com minha defesa. Depois vou falar. A tese é de receptação, mas eu não comprei. Por isso é que fui na Gucci. Alguém que quer vender joia roubada vai lá? Eu levei uma joia para verificar a autenticidade e o valor. Agora, você vai comprar um carro, o carro tem problema e você acaba preso? É uma aberração. Eu não fui preso no Iguatemi. O “Estadão” também diz que eu estava vendendo a joia. É mentira.
ISTOÉ – O seu nome também aparece na investigação da operação Castelo de Areia, da PF, sob acusação de receber propina da construtora Camargo Corrêa. Foi outro engano? Não é muito azar?
Souza – Eu não sei como colocaram meu nome lá, com que propósito ou baseado em quê. Vi que tem uma lista de ajuda política, para deputado estadual, federal. Tem até o Carvalho Pinto! Vi que colocaram meu nome na lista: Paulo de Souza, coordenador do Rodoanel. Acho que adotaram um critério dentro da Camargo Corrêa de colocar o nome dos coordenadores relacionados a cada obra.
ISTOÉ – Ao lado de seu nome aparecem valores: quatro parcelas de R$ 416 ,5 mil em quatro datas seguidas. O que são esses valores?
Souza – Não sei. A mim nunca ninguém entregou absolutamente nada. O lote da Camargo Corrêa na obra era de R$ 700 milhões e a obra foi entregue no prazo, só com 6,52% de acréscimo. É o menor aditivo que já houve em obra pública no Brasil. Se isso desagradou a alguém, não sei.
ISTOÉ – Por que o sr. saiu da Dersa?
Souza – Eu fui exonerado pelo atual governador no dia 9 de abril. Até hoje não me informaram o motivo. Minha exoneração foi uma decisão de governo. Eu não pedi as contas.
ISTOÉ – O sr. nem imagina as razões de sua exoneração?
Souza – Acho que tem a ver com a forma como sempre agi nesses cinco anos em que trabalhei no governo. Tem a ver com meu estilo. Sou de tomar atitudes, de decisão, de falar o que penso. Fui premiado por meu trabalho como gestor público. Eu criei muito ciúme no governo.
ISTOÉ – Quem tinha ciúme do sr.?
Souza – Acho que pessoas como eu têm prazo de validade. O Rodoanel foi a primeira obra pública que tinha dia e hora para terminar. É meu estilo de gestão e nem todo governante gosta desta forma de agir. Na engenharia da Dersa quem mandou fui eu. Não sou mais uma jovem promessa. Sou uma ameaça para os incompetentes.
No discurso a prioridade é o transporte coletivo, mas na prática...
Gasto com dez obras viárias supera investimento em metrô
O gasto com dez obras viárias foi maior que o investimento no metrô de São Paulo em 2000 e 2010. Ampliações do sistema viário, como os trechos oeste e sul do Rodoanel, o prolongamento da Jacu-Pêssego e as novas Radial Leste e Marginal Tietê custaram R$ 13,5 bilhões, contra R$ 12 bilhões de 30 km de metrô. Segundo a Folha de S.Paulo, os R$ 13,5 bilhões dariam para aumentar a rede de metrô em 50%. O governo estadual alegou que os investimentos visaram atacar os gargalos do trânsito, mas a prioridade é transporte coletivo.
Higienópolis
Moradores de Higienópolis fizeram abaixo-assinado contra uma estação de metrô no bairro. Eles consideram que a obra atrai camelôs, ladrões e mendigos.
Destak Jornal
O gasto com dez obras viárias foi maior que o investimento no metrô de São Paulo em 2000 e 2010. Ampliações do sistema viário, como os trechos oeste e sul do Rodoanel, o prolongamento da Jacu-Pêssego e as novas Radial Leste e Marginal Tietê custaram R$ 13,5 bilhões, contra R$ 12 bilhões de 30 km de metrô. Segundo a Folha de S.Paulo, os R$ 13,5 bilhões dariam para aumentar a rede de metrô em 50%. O governo estadual alegou que os investimentos visaram atacar os gargalos do trânsito, mas a prioridade é transporte coletivo.
Higienópolis
Moradores de Higienópolis fizeram abaixo-assinado contra uma estação de metrô no bairro. Eles consideram que a obra atrai camelôs, ladrões e mendigos.
Destak Jornal
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Moradores culpam rodoanel por rachaduras em prédios de Osasco.Clique e assista!
Por conta do anel viário, muro no entorno do condomínio desabou
Do R7, com SP no Ar
Moradores de um condomínio de 18 blocos, em Osasco, na Grande São Paulo, reclamam das rachaduras que começaram a surgir em um dos prédios. Segundo eles, o motivo das fissuras são as obras do rodoanel.
Os problemas aparecem tanto na área externa quanto no interior dos apartamentos. Os condôminos relatam que a Defesa Civil já foi acionada para fazer vistorias no local, que abriga cerca de 5.000 pessoas.
Do R7, com SP no Ar
Moradores de um condomínio de 18 blocos, em Osasco, na Grande São Paulo, reclamam das rachaduras que começaram a surgir em um dos prédios. Segundo eles, o motivo das fissuras são as obras do rodoanel.
Os problemas aparecem tanto na área externa quanto no interior dos apartamentos. Os condôminos relatam que a Defesa Civil já foi acionada para fazer vistorias no local, que abriga cerca de 5.000 pessoas.
terça-feira, 27 de julho de 2010
Mais uma matéria que mostra a grande mentira da "Compensação Ambiental"Clique e assista!
Em nome do desenvolvimento muitas áreas verdes são desmatadas e quase sempre essa mata derrubada não é replantada da forma correta. Ambientalistas alertam que devido a isso é preciso ficar atento às obras que serão realizadas para Copa de 2014. Em grandes obras de São Paulo, como a da construção do rodoanel, por exemplo, foram derrubados mais de 200 hectares de mata nativa.
Sem sinal de celular, caminhões fogem do Trecho Sul do Rodoanel
Um problema no rastreamento dos veículos tem afastado os caminhoneiros do Trecho Sul do Rodoanel Mário Covas, inaugurado em abril deste ano com objetivo de desafogar o trânsito na capital paulista.
O rastreamento de caminhões hoje é indispensável para quem enfrenta as estradas. Por isso, uma parte do Trecho Sul do Rodoanel está fora das rotas dos caminhões que levam cargas com valor acima de R$ 60 mil. É que o sinal de celular é falho na região. Se uma carga for roubada ali, as seguradoras não cobrem o prejuízo.
A área de sombra apontada fica entre o km 40 e o km 56 no Trecho Sul do Rodoanel. O sinal da antena é instável. Os administradores do Rodoanel admitem a falta de sinal e já estão em negociação com as operadoras. Os motoristas de caminhão preferem não arriscar e alguns até voltaram a circular pela Avenida dos Bandeirantes.
Em nota, a Associação Nacional das Operadoras de Celulares confirmou que o Trecho Sul do Rodoanel tem problemas de sinal na região de Itapecerica da Serra. E diz que as operadoras devem resolver o problema até setembro.
"Toda essa conjunção acaba fazendo com que o caminhão retorne ao Centro da cidade de São Paulo e 30% de todo o movimento já está de volta", diz Manoel de Souza Lima Jr, presidente do Sindicato dos Transportes de Cargas.
"O policiamento está adequado ao trecho que nós temos para cobrir de policiamento. Os pontos de sombra são pequenos trechos e são poucos metros. Se ele andar um pouco para a frente ou um pouco para trás ele vai ter sinal no celular", diz o tenente Luiz Antonio Cajaíba.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Transportadores de carga criticam pedágio no Rodoanel
André Vieira Do Diário do Grande ABC
A autorização do governo do Estado para que seja lançado o edital de exploração dos pedágio nos trechos Sul e Leste do Rodoanel não agradou aos transportadores de carga.
A expectativa do Palácio dos Bandeirantes é de que a concorrência tenha início ainda neste mês. No Trecho Sul, a cobrança não poderá ser maior do que R$ 6. Na porção Leste, a tarifa máxima será de R$ 4,50.
Para o presidente em exercício do Setcesp (Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de São Paulo e Região), Manoel Sousa Lima Júnior, a cobrança é "absurda". "Vai encarecer o frete, fatalmente, pois o pedágio será muito caro, ainda que a empresa que vença a licitação consiga diminuir o valor, como pretende o governo do Estado", afirmou.
Segundo o presidente, a cobrança de tarifa para circular no sistema poderá fazer com que os trechos Sul e Leste sejam desprezados por uma parcela do setor.
"Algumas seguradoras já não aconselham a passagem de caminhões pelo Rodoanel, pois o sistema de rastreamento dos veículos não funciona por falta de sinal", ponderou.
A equipe do Diário procurou também o Sindicato dos Cegonheiros, mas nenhum representante foi localizado para comentar o anúncio do governo do Estado.
EDITAL - A empresa ou consórcio que vencer a licitação para cobrança dos pedágios será responsável, também, pela construção, no intervalo de até 36 meses, dos 42,4 quilômetros do Trecho Leste. O período de concessão será de 35 anos.
O Trecho Sul do Rodoanel tem 61,4 quilômetros e atravessa São Bernardo, Santo André e Mauá. A via, inaugurada em março, faz a conexão das rodovias Régis Bittencourt, e Anchieta e Imigrantes com a Avenida Papa João XVIII.
O Trecho Leste fará a ligação das rodovias Henrique Eroles, Ayrton Senna e Dutra, passando por Mauá, Ribeirão Pires e outras quatro cidades.
A autorização do governo do Estado para que seja lançado o edital de exploração dos pedágio nos trechos Sul e Leste do Rodoanel não agradou aos transportadores de carga.
A expectativa do Palácio dos Bandeirantes é de que a concorrência tenha início ainda neste mês. No Trecho Sul, a cobrança não poderá ser maior do que R$ 6. Na porção Leste, a tarifa máxima será de R$ 4,50.
Para o presidente em exercício do Setcesp (Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de São Paulo e Região), Manoel Sousa Lima Júnior, a cobrança é "absurda". "Vai encarecer o frete, fatalmente, pois o pedágio será muito caro, ainda que a empresa que vença a licitação consiga diminuir o valor, como pretende o governo do Estado", afirmou.
Segundo o presidente, a cobrança de tarifa para circular no sistema poderá fazer com que os trechos Sul e Leste sejam desprezados por uma parcela do setor.
"Algumas seguradoras já não aconselham a passagem de caminhões pelo Rodoanel, pois o sistema de rastreamento dos veículos não funciona por falta de sinal", ponderou.
A equipe do Diário procurou também o Sindicato dos Cegonheiros, mas nenhum representante foi localizado para comentar o anúncio do governo do Estado.
EDITAL - A empresa ou consórcio que vencer a licitação para cobrança dos pedágios será responsável, também, pela construção, no intervalo de até 36 meses, dos 42,4 quilômetros do Trecho Leste. O período de concessão será de 35 anos.
O Trecho Sul do Rodoanel tem 61,4 quilômetros e atravessa São Bernardo, Santo André e Mauá. A via, inaugurada em março, faz a conexão das rodovias Régis Bittencourt, e Anchieta e Imigrantes com a Avenida Papa João XVIII.
O Trecho Leste fará a ligação das rodovias Henrique Eroles, Ayrton Senna e Dutra, passando por Mauá, Ribeirão Pires e outras quatro cidades.
Mais uma matéria que mostra o descaso do Dersa e do Governo de São Paulo com os afetados pelo Rodoanel
Moradores do Jd. Oratório cobram indenização
Michelly Cyrillo Do Diário do Grande ABC
Cerca de 300 moradores do Jardim Oratório, em Mauá, aguardam a indenização dos imóveis desde o início das obras de extensão da Avenida Jacu-Pêssego, há dois anos, e cobram posição da empresa responsável pela obra.
Para realizar o prolongamento da via, a Dersa (Companhia de Desenvolvimento Rodoviário S/A) precisou remover cerca de 2.000 famílias. Parte dos moradores resistiu, por conta do baixo valor indenizatório, e continua no local.
"Não sabemos o que irá acontecer com a gente. Já cansamos de pedir uma solução. A Dersa não responde e estamos sem saber o que fazer. Não podemos sair do dia para a noite, precisamos de prazo", disse a dona de casa Maria Aparecida Moraes, 23 anos.
A lider comunitária do Jardim Oratório, Nilza Gomes Auricchio, 55, afirmou que as pessoas já indenizadas saíram prejudicadas. "Houve caso da Dersa pagar R$ 255 em uma casa. Os valores foram muito baixo. Por isso, essas familias resistiram. Por não ter condições de comprar um imóvel com o que ofereceram."
A extensão da Jacu-Pêssego até a Avenida Ragueb Chohfi, em São Mateus, na Zona Leste da Capital, é um complemento ao Trecho Sul do Rodoanel. Questionada pela segunda vez em menos de 15 dias sobre as indenizações, a Dersa não se pronunciou.
Casal garante que obra da da Dersa ‘rachou'' imóvel
Os proprietários de uma casa localizada no bairro Recreio da Borda do Campo, em Santo André, cobram providências da Dersa quanto ao ressarcimento dos prejuízos causados pelas obras do Trecho Sul do Rodoanel Mário Covas. A estrutura do imóvel está comprometida e não há condições de a família continuar vivendo ou alugar a residência.
Os empresários Glberto Silva, 52 anos e Ivone Gonçalves, 48, demoraram mais de uma década para construir a casa dos sonhos. O imóvel é o mais belo da Rua Caturrita, com piscina e um extenso jardim. Segundo o casal, o imóvel foi avaliado pela Dersa em R$ 453 mil, mas não entrou na lista das residências que seriam desapropriadas.
Hoje, o imóvel apresenta diversas rachaduras nos muros e na piscina, além da estrutura da casa ter sido abalada. "Está visível que a casa saiu do prumo. Não podemos morar, Gastamos quase R$ 1.000 por mês para manter a casa para ninguém invadir. Era o nosso lar, a nossa vida."
Questionada, a Dersa não respondeu até o fechamento desta edição.
Michelly Cyrillo Do Diário do Grande ABC
Cerca de 300 moradores do Jardim Oratório, em Mauá, aguardam a indenização dos imóveis desde o início das obras de extensão da Avenida Jacu-Pêssego, há dois anos, e cobram posição da empresa responsável pela obra.
Para realizar o prolongamento da via, a Dersa (Companhia de Desenvolvimento Rodoviário S/A) precisou remover cerca de 2.000 famílias. Parte dos moradores resistiu, por conta do baixo valor indenizatório, e continua no local.
"Não sabemos o que irá acontecer com a gente. Já cansamos de pedir uma solução. A Dersa não responde e estamos sem saber o que fazer. Não podemos sair do dia para a noite, precisamos de prazo", disse a dona de casa Maria Aparecida Moraes, 23 anos.
A lider comunitária do Jardim Oratório, Nilza Gomes Auricchio, 55, afirmou que as pessoas já indenizadas saíram prejudicadas. "Houve caso da Dersa pagar R$ 255 em uma casa. Os valores foram muito baixo. Por isso, essas familias resistiram. Por não ter condições de comprar um imóvel com o que ofereceram."
A extensão da Jacu-Pêssego até a Avenida Ragueb Chohfi, em São Mateus, na Zona Leste da Capital, é um complemento ao Trecho Sul do Rodoanel. Questionada pela segunda vez em menos de 15 dias sobre as indenizações, a Dersa não se pronunciou.
Casal garante que obra da da Dersa ‘rachou'' imóvel
Os proprietários de uma casa localizada no bairro Recreio da Borda do Campo, em Santo André, cobram providências da Dersa quanto ao ressarcimento dos prejuízos causados pelas obras do Trecho Sul do Rodoanel Mário Covas. A estrutura do imóvel está comprometida e não há condições de a família continuar vivendo ou alugar a residência.
Os empresários Glberto Silva, 52 anos e Ivone Gonçalves, 48, demoraram mais de uma década para construir a casa dos sonhos. O imóvel é o mais belo da Rua Caturrita, com piscina e um extenso jardim. Segundo o casal, o imóvel foi avaliado pela Dersa em R$ 453 mil, mas não entrou na lista das residências que seriam desapropriadas.
Hoje, o imóvel apresenta diversas rachaduras nos muros e na piscina, além da estrutura da casa ter sido abalada. "Está visível que a casa saiu do prumo. Não podemos morar, Gastamos quase R$ 1.000 por mês para manter a casa para ninguém invadir. Era o nosso lar, a nossa vida."
Questionada, a Dersa não respondeu até o fechamento desta edição.
E por falar em pedágio...
Assista Trololó afasta Barbeiro
Serra ordena demissões na TV Cultura
Por Altamiro Borges em 09/07/2010
Dois renomados jornalistas da TV Cultura, tutelada pelo governo paulista, foram demitidos nos últimos dias: Heródoto Barbeiro e Gabriel Priolli.
Por mera coincidência, ambos questionaram os abusivos pedágios cobrados nas rodovias privatizadas do estado. A mídia demotucana, que tanto bravateia sobre a “liberdade de expressão”, evita tratar do assunto, que relembra a perseguição e a censura nos piores tempos da ditadura. Ela não vacila em blindar o presidenciável José Serra.
Heródoto Barbeiro, apresentador do programa Roda Viva, foi demitido após perguntar, ao vivo, sobre os altos pedágios. O ex-governador Serra, autoritário e despreparado, atacou o jornalista, acusando-o de repetir o “trololó petista”. Heródoto será substituído por Marília Gabriela, uma das estrelas da Rede Globo. Já Gabriel Priolli, que assumira a função de diretor de jornalismo da TV Cultura apenas uma semana antes, foi sumariamente dispensado ao pautar uma reportagem sobre o “delicado” assunto, que tanto incomoda e irrita os tucanos.
Risco à liberdade de expressão
Sua equipe chegou a entrevistar Geraldo Alckmin e Aloizio Mercadante, candidatos ao governo paulista. Mas pouco antes de ser exibida, a reportagem foi suspensa por ordens do novo vice-presidente de conteúdo da emissora, Fernando Vieira de Mello. “Tiveram que improvisar uma matéria anódina sobre viagens dos candidatos” e “Priolli foi demitido do cargo”, relata o sempre bem informado Luis Nassif, que também foi alvo de perseguições na TV Cultura.
Entre os jornalistas, não há dúvida de que mais estas demissões foram ordenadas diretamente por José Serra. Nas redes privadas de rádio e TV e nos jornalões e revistonas, o grão-tucano goza de forte influência. Ele costuma freqüentar as confortáveis salas dos barões da mídia. Ele também é conhecido por ligar para as redações exigindo a cabeça de repórteres inconvenientes. Depois os tucanos e a sua mídia ainda falam nos ataques à liberdade de expressão no governo Lula.
“Para quem ainda têm dúvidas, a maior ameaça à liberdade de imprensa que esse país jamais enfrentou, nas últimas décadas, seria se, por desgraça, Serra juntasse ao poder da mídia, que já tem o poder de Estado”, alerta Nassif. Aguarda-se, agora, algum pronunciamento de Heródoto Barbeiro e Gabriel Priolli sobre o ditador José Serra, para o bem da dignidade dos jornalistas e do jornalismo.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Índios recebem compensação por Rodoanel
Os R$ 6 milhões pagos para as tribos forma para a Funai para aquisição de novas terras
Bruno Ribeiro - Jornal da Tarde 05 de julho de 2010
Eles vivem do artesanato, da ajuda de organizações não-governamentais (ONGs), de empregos no setor público e, também, da caça, da pesca e de pequenos viveiros. Mas têm R$ 6 milhões guardados no banco. Os índios das três aldeias guaranis da cidade de São Paulo receberam essa bolada como compensação pela construção doTrecho Sul do Rodoanel. Mas a quantia não vai para as mãos deles. Será usada pela Fundação Nacional do Índio (Funai) para adquirir novas reservas e transferir parte das tribos.
“Aqui as terras são poucas para a gente viver bem”, diz o cacique Ataíde Gonçalves Vilharve, de 24 anos, da aldeia Barragem, na zona sul.Embora a aldeia viva em situação de pobreza, ele diz que a tribo aguarda a chegada das terras – não do dinheiro. Há cerca de mil índios vivendo nas aldeias Barragem e Krukutu, na região de Parelheiros, a pelo menos 8 quilômetros do Rodoanel (nas margens da Represa Billings). A outra aldeia, a Jaraguá, na zona norte, fica entre as Rodovias Bandeirantes e Anhanguera e também foi beneficiada.
Para os índios, o Rodoanel agravou os transtornos originados pelo adensamento de Parelheiros – que teve a população aumentada em 84% entre 1991 e 2000. Reduziu o espaço para a caça e o número de animais e tirou a tranquilidade.
Compensação
A presença das aldeias da zona sul foi, em parte, uma das complicações no processo de licenciamento ambiental que antecedeu o Rodoanel, que levou cinco anos para sair. O acordo da empresa estadual Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa) com a Funai previu transferênciadeR$2milhõespara cada uma das três tribos. “O depósito servirá para adquirir novas áreas para os indígenas e, com isso, ampliar as áreas hoje ocupadas por eles”, diz a Dersa, em nota. Juntas, as aldeias têm cerca de 50hectares. A expectativa é que a nova área tenha 100 hectares para cada uma.
A Funai não diz se já foi definida uma data para que o processo de seleção das terras termine. Também não fala quantas famílias devem deixar as aldeias da capital. Só quando isso acontecer o dinheiro poderá ser sacado pela fundação.
Para lembrar
A área das aldeias Krukutu e Barragem começou a ser ocupada por tribos guaranis na metade dos anos 1950. Índios vindos do Paraná se fixaram na região após contato com um sitiante japonês que ocupava as terras. O homem teria voltado para o Japão, deixando a propriedade com os guaranis. Ao mesmo tempo, a população de Parelheiros cresceu sem controle.
Bruno Ribeiro - Jornal da Tarde 05 de julho de 2010
Eles vivem do artesanato, da ajuda de organizações não-governamentais (ONGs), de empregos no setor público e, também, da caça, da pesca e de pequenos viveiros. Mas têm R$ 6 milhões guardados no banco. Os índios das três aldeias guaranis da cidade de São Paulo receberam essa bolada como compensação pela construção doTrecho Sul do Rodoanel. Mas a quantia não vai para as mãos deles. Será usada pela Fundação Nacional do Índio (Funai) para adquirir novas reservas e transferir parte das tribos.
“Aqui as terras são poucas para a gente viver bem”, diz o cacique Ataíde Gonçalves Vilharve, de 24 anos, da aldeia Barragem, na zona sul.Embora a aldeia viva em situação de pobreza, ele diz que a tribo aguarda a chegada das terras – não do dinheiro. Há cerca de mil índios vivendo nas aldeias Barragem e Krukutu, na região de Parelheiros, a pelo menos 8 quilômetros do Rodoanel (nas margens da Represa Billings). A outra aldeia, a Jaraguá, na zona norte, fica entre as Rodovias Bandeirantes e Anhanguera e também foi beneficiada.
Para os índios, o Rodoanel agravou os transtornos originados pelo adensamento de Parelheiros – que teve a população aumentada em 84% entre 1991 e 2000. Reduziu o espaço para a caça e o número de animais e tirou a tranquilidade.
Compensação
A presença das aldeias da zona sul foi, em parte, uma das complicações no processo de licenciamento ambiental que antecedeu o Rodoanel, que levou cinco anos para sair. O acordo da empresa estadual Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa) com a Funai previu transferênciadeR$2milhõespara cada uma das três tribos. “O depósito servirá para adquirir novas áreas para os indígenas e, com isso, ampliar as áreas hoje ocupadas por eles”, diz a Dersa, em nota. Juntas, as aldeias têm cerca de 50hectares. A expectativa é que a nova área tenha 100 hectares para cada uma.
A Funai não diz se já foi definida uma data para que o processo de seleção das terras termine. Também não fala quantas famílias devem deixar as aldeias da capital. Só quando isso acontecer o dinheiro poderá ser sacado pela fundação.
Para lembrar
A área das aldeias Krukutu e Barragem começou a ser ocupada por tribos guaranis na metade dos anos 1950. Índios vindos do Paraná se fixaram na região após contato com um sitiante japonês que ocupava as terras. O homem teria voltado para o Japão, deixando a propriedade com os guaranis. Ao mesmo tempo, a população de Parelheiros cresceu sem controle.
Cada vez mais, fica evidente a mentira da "Compensação Ambiental"
29/06/2010 - MEIO AMBIENTE
Dersa planta só 3,5% de mudas no Pq. do Pedroso
Por: Camila Galvez (camila@abcdmaior.com.br)
Governo do Estado havia prometido plantar 300 mil mudas para compensar devastação do Rodoanel
O Parque Natural do Pedroso, em Santo André, recebeu 10,5 mil mudas de árvores nativas da Mata Atlântica como forma de compensação ambiental do desmatamento causado pela construção do Trecho Sul do Rodoanel, inaugurado há quase três meses. O número representa 3,5% das 300 mil mudas prometidas pelo gerente de gestão ambiental da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário
S.A.), Marcelo Arreguy Barbosa, em entrevista concedida em março para o ABCD MAIOR.
O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) informou que foram plantadas 80 espécies por hectare. A área compensada é equivalente a 4,15 hectares, dos 815 hectares de extensão total do parque. As mudas estão em fase de manutenção, que deve durar cerca de dois anos e meio, e algumas delas podem nem vingar. A Dersa ainda deve investir R$ 10 milhões em infraestrutura no parque, conforme a autarquia andreense.
De acordo com a assessoria de imprensa da Dersa, a compensação em Santo André ainda não foi finalizada, mas não deve ser muito superior ao número de mudas já plantadas. Ao todo a empresa irá plantar 1.016 hectares, o equivalente a 2,5 milhões de mudas como forma de compensar o desmatamento total causado pela obra. O plantio realizado no Parque do Pedroso representa menos de 0,5% do total.
Dersa planta só 3,5% de mudas no Pq. do Pedroso
Por: Camila Galvez (camila@abcdmaior.com.br)
Governo do Estado havia prometido plantar 300 mil mudas para compensar devastação do Rodoanel
O Parque Natural do Pedroso, em Santo André, recebeu 10,5 mil mudas de árvores nativas da Mata Atlântica como forma de compensação ambiental do desmatamento causado pela construção do Trecho Sul do Rodoanel, inaugurado há quase três meses. O número representa 3,5% das 300 mil mudas prometidas pelo gerente de gestão ambiental da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário
S.A.), Marcelo Arreguy Barbosa, em entrevista concedida em março para o ABCD MAIOR.
O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) informou que foram plantadas 80 espécies por hectare. A área compensada é equivalente a 4,15 hectares, dos 815 hectares de extensão total do parque. As mudas estão em fase de manutenção, que deve durar cerca de dois anos e meio, e algumas delas podem nem vingar. A Dersa ainda deve investir R$ 10 milhões em infraestrutura no parque, conforme a autarquia andreense.
De acordo com a assessoria de imprensa da Dersa, a compensação em Santo André ainda não foi finalizada, mas não deve ser muito superior ao número de mudas já plantadas. Ao todo a empresa irá plantar 1.016 hectares, o equivalente a 2,5 milhões de mudas como forma de compensar o desmatamento total causado pela obra. O plantio realizado no Parque do Pedroso representa menos de 0,5% do total.
Estado de SP ganha um pedágio a cada 40 dias
Repórter Diário - 28/06/2010
Desde o início da privatização das rodovias de São Paulo, em 1998, foram instalados 112 pedágios nas estradas paulistas - o equivalente a uma praça nova a cada 40 dias. O Estado já tem mais pedágios do que todo o resto do Brasil. São 160 pontos de cobrança em vias estaduais e federais no território paulista, ante 113 no restante do País, segundo a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias.
Nos últimos 12 anos, a segurança e a qualidade das rodovias melhoraram, mas os altos preços cobrados se tornaram alvo frequente de críticas dos motoristas. Nesta semana, as reclamações devem aumentar ainda mais. Os pedágios nas rodovias estaduais serão reajustados a partir da 0h de quinta-feira (1.º) e terão tarifas "quebradas" em R$ 0,05. O principal pedágio do sistema Anchieta-Imigrantes vai aumentar de R$ 17,80 para R$ 18,50.
Para se ter uma ideia, ficou mais barato viajar a outro Estado do que internamente. Cruzar de carro os 404 quilômetros entre a capital paulista e Curitiba, no Paraná, por exemplo, custa R$ 9 em tarifas. Já para cobrir distância semelhante até Catanduva, por exemplo, é preciso desembolsar R$ 46,70.
Isso se explica, em parte, pelo modelo adotado no programa de concessões paulista. As licitações, em 1998 e 2008, levaram em conta o montante que as empresas ofereciam ao Estado para ter a concessão, a chamada outorga. A vantagem é que o dinheiro pode ser aplicado em novas estradas. Por outro lado, esse valor é repassado aos motoristas.
A Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) alega que as outorgas permitiram o investimento de R$ 12 bilhões nas rodovias. Para a agência, falar em "média mensal de praças instaladas" não é pertinente, pois a definição da instalação das praças foi feita em apenas dois momentos: na primeira e na segunda rodadas de concessões, em 1998 e 2008. (AE)
Desde o início da privatização das rodovias de São Paulo, em 1998, foram instalados 112 pedágios nas estradas paulistas - o equivalente a uma praça nova a cada 40 dias. O Estado já tem mais pedágios do que todo o resto do Brasil. São 160 pontos de cobrança em vias estaduais e federais no território paulista, ante 113 no restante do País, segundo a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias.
Nos últimos 12 anos, a segurança e a qualidade das rodovias melhoraram, mas os altos preços cobrados se tornaram alvo frequente de críticas dos motoristas. Nesta semana, as reclamações devem aumentar ainda mais. Os pedágios nas rodovias estaduais serão reajustados a partir da 0h de quinta-feira (1.º) e terão tarifas "quebradas" em R$ 0,05. O principal pedágio do sistema Anchieta-Imigrantes vai aumentar de R$ 17,80 para R$ 18,50.
Para se ter uma ideia, ficou mais barato viajar a outro Estado do que internamente. Cruzar de carro os 404 quilômetros entre a capital paulista e Curitiba, no Paraná, por exemplo, custa R$ 9 em tarifas. Já para cobrir distância semelhante até Catanduva, por exemplo, é preciso desembolsar R$ 46,70.
Isso se explica, em parte, pelo modelo adotado no programa de concessões paulista. As licitações, em 1998 e 2008, levaram em conta o montante que as empresas ofereciam ao Estado para ter a concessão, a chamada outorga. A vantagem é que o dinheiro pode ser aplicado em novas estradas. Por outro lado, esse valor é repassado aos motoristas.
A Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) alega que as outorgas permitiram o investimento de R$ 12 bilhões nas rodovias. Para a agência, falar em "média mensal de praças instaladas" não é pertinente, pois a definição da instalação das praças foi feita em apenas dois momentos: na primeira e na segunda rodadas de concessões, em 1998 e 2008. (AE)
terça-feira, 29 de junho de 2010
Superfaturamento, destruição da Mata Atlântica e dos Mananciais, desapropriações, estímulo a ocupação desordenada e tantos outros impactos...
Caminhoneiros retornam à av. dos Bandeirantes
Folha de S.Paulo
Bastaram dez dias de teste para que o caminhoneiro Rogério Conrado, 32, desistisse de usar o trecho sul do Rodoanel nos 180 km entre Sumaré (interior de SP) e Cubatão (Baixada Santista).
A pista é boa, não há trânsito, mas o bolso pesou. "São 30 km a mais por dia e é R$ 1.000 mais caro por mês." Resultado: Conrado voltou para o caminho antigo, pela avenida dos Bandeirantes.
O caso do caminhoneiro não é o único. Boa parte dos caminhões que haviam deixado a Bandeirantes após a inauguração do trecho sul do Rodoanel, em 1º de abril, está de volta à avenida.
A reportagem constatou movimento 18% maior de caminhões na avenida em relação ao período pós-inauguração do Rodoanel. A comparação foi entre as 16h e as 17h, em duas segundas-feiras (5 de abril e anteontem). O fluxo ainda está longe, porém, do tráfego da época em que o trecho sul ainda não existia. Na ocasião, havia, em média, 30% mais caminhões.
É justamente o trânsito livre um dos atrativos dos caminhões para a Bandeirantes. "Aqui fica vazio. Só não ando pela Bandeirantes se ouvir no rádio que o trânsito está ruim", afirma Conrado.
O retorno dos caminhões, especialmente os pequenos, é percebido pelos próprios boletins diários da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Procurada, a companhia não comentou os dados.
Folha de S.Paulo
Bastaram dez dias de teste para que o caminhoneiro Rogério Conrado, 32, desistisse de usar o trecho sul do Rodoanel nos 180 km entre Sumaré (interior de SP) e Cubatão (Baixada Santista).
A pista é boa, não há trânsito, mas o bolso pesou. "São 30 km a mais por dia e é R$ 1.000 mais caro por mês." Resultado: Conrado voltou para o caminho antigo, pela avenida dos Bandeirantes.
O caso do caminhoneiro não é o único. Boa parte dos caminhões que haviam deixado a Bandeirantes após a inauguração do trecho sul do Rodoanel, em 1º de abril, está de volta à avenida.
A reportagem constatou movimento 18% maior de caminhões na avenida em relação ao período pós-inauguração do Rodoanel. A comparação foi entre as 16h e as 17h, em duas segundas-feiras (5 de abril e anteontem). O fluxo ainda está longe, porém, do tráfego da época em que o trecho sul ainda não existia. Na ocasião, havia, em média, 30% mais caminhões.
É justamente o trânsito livre um dos atrativos dos caminhões para a Bandeirantes. "Aqui fica vazio. Só não ando pela Bandeirantes se ouvir no rádio que o trânsito está ruim", afirma Conrado.
O retorno dos caminhões, especialmente os pequenos, é percebido pelos próprios boletins diários da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Procurada, a companhia não comentou os dados.
Para quem não conhecia o Dr.Paulo...

Ex-diretor da Dersa é preso ao negociar joia na Gucci em shopping de SP
Paulo Vieira de Souza, 61, ex-diretor de engenharia da Dersa (empresa de transportes do Estado de São Paulo), foi preso em flagrante no sábado, na loja de artigos de luxo Gucci, do shopping Iguatemi (zona oeste de SP). A informação é da reportagem de André Caramante publicada na edição desta terça-feira da Folha.De acordo com o texto, Souza é acusado de receptação de material ilícito --no caso, um bracelete de brilhantes avaliado em R$ 20 mil, que havia sido furtado da própria Gucci. A Justiça mandou libertá-lo na noite de ontem (14).
Souza e o joalheiro Musab Asmi Fatayer, 28, foram à loja para pedir que os funcionários avaliassem o bracelete. Pretendiam negociar a joia entre si. Ao cruzar as informações sobre o bracelete negociado por Souza e Fatayer, o gerente da Gucci descobriu que aquela mesma joia havia sido furtada da loja no dia 7 de maio passado.
Outro lado
O advogado José Mendes de Oliveira Lima, defensor do ex-diretor da Dersa, disse que a prisão dele "foi uma das maiores aberrações jurídicas já vistas em sua carreira". "Ele foi até a Gucci para saber se a joia era verdadeira. Quem quer praticar um crime não vai à loja. Isso é um absurdo!", disse Lima.
Jorge Merched Mussi, defensor de Musab Fatayer, disse ter como provar a origem da joia negociada por ele. "Ele está acima de qualquer suspeita", disse Mussi. "Ele comprou [o bracelete], pagou e revendeu." O advogado de Fatayer já pediu à Justiça a sua libertação.
Folha Cotidiano
A Raposa tomando conta do galinheiro!!!
AE - Agência Estado
Depois de quase 72 horas na carceragem do 23.º Distrito Policial, em Perdizes, na zona oeste da capital paulista, o engenheiro Paulo Vieira de Souza, preso em flagrante no sábado sob acusação de receptação de joia furtada, foi libertado ontem por ordem judicial. Ele é ex-diretor da Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa) e foi o responsável por obras como o Trecho Sul do Rodoanel e a ampliação das pistas da Marginal do Tietê. O joalheiro Musab Asmi Fatayer, preso com Souza, continuava detido ontem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Depois de quase 72 horas na carceragem do 23.º Distrito Policial, em Perdizes, na zona oeste da capital paulista, o engenheiro Paulo Vieira de Souza, preso em flagrante no sábado sob acusação de receptação de joia furtada, foi libertado ontem por ordem judicial. Ele é ex-diretor da Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa) e foi o responsável por obras como o Trecho Sul do Rodoanel e a ampliação das pistas da Marginal do Tietê. O joalheiro Musab Asmi Fatayer, preso com Souza, continuava detido ontem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Bomba:Responsável pelo Trecho Sul do Rodoanel é preso sob acusação de receptação de jóia furtada
Quem diria hein, Dr.Paulo...
Preso ex-diretor da Dersa acusado por receptação de jóia
AE - Agência Estado
Paulo Vieira de Souza, ex-diretor do Dersa, foi preso em flagrante no sábado sob a acusação de receptar um bracelete de ouro furtado de uma loja no Shopping Iguatemi. Souza foi responsável por duas das principais obras viárias em São Paulo - o Trecho Sul do Rodoanel e a ampliação da Marginal do Tietê.
Souza estava com o joalheiro Musab Asmi Ftayer, que também foi preso. Na delegacia, o engenheiro disse que havia comprado o bracelete por R$ 20 mil de um desconhecido. A prisão ocorreu quando ele e o joalheiro foram à Gucci do Iguatemi para avaliar a peça que o engenheiro pretendia vender a Ftayer. O vendedor da loja reconheceu a joia e chamou a polícia. A peça havia sido furtada em 7 de maio.
O engenheiro estava com R$ 12,8 mil em dinheiro. Demitido da Dersa em 9 de abril deste ano, ele foi eleito Eminente Engenheiro do Ano pelo Instituto de Engenharia em 2009. Souza disse que não sabia que a joia era roubada e afirmou ter agido de boa-fé. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Preso ex-diretor da Dersa acusado por receptação de jóia
AE - Agência Estado
Paulo Vieira de Souza, ex-diretor do Dersa, foi preso em flagrante no sábado sob a acusação de receptar um bracelete de ouro furtado de uma loja no Shopping Iguatemi. Souza foi responsável por duas das principais obras viárias em São Paulo - o Trecho Sul do Rodoanel e a ampliação da Marginal do Tietê.
Souza estava com o joalheiro Musab Asmi Ftayer, que também foi preso. Na delegacia, o engenheiro disse que havia comprado o bracelete por R$ 20 mil de um desconhecido. A prisão ocorreu quando ele e o joalheiro foram à Gucci do Iguatemi para avaliar a peça que o engenheiro pretendia vender a Ftayer. O vendedor da loja reconheceu a joia e chamou a polícia. A peça havia sido furtada em 7 de maio.
O engenheiro estava com R$ 12,8 mil em dinheiro. Demitido da Dersa em 9 de abril deste ano, ele foi eleito Eminente Engenheiro do Ano pelo Instituto de Engenharia em 2009. Souza disse que não sabia que a joia era roubada e afirmou ter agido de boa-fé. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Pedágio, reajuste será maior em concessões recentes como o Trecho Oeste do Rodoanel
Foto:Eduardo Metroviche

No já congestionado Trecho Oeste do Rodoanel, motorista paga atualmente R$ 1,30
11 de junho de 2010
Pedágio vai ficar mais caro nas rodovias estaduais
Os pedágio nas rodovias estaduais de São Paulo ficam mais caros a partir do dia 1º de julho. O reajuste será maior nas vias onde a concessão foi feita mais recentemente, como o Trecho Oeste do Rodoanel, que atravessa a região.
Na estrada, que interliga as rodovias Raposo Tavares, Regis Bittencourt, Castello Branco e Anhanguera/Bandeirantes, a taxa atual é de R$ 1,30 e deve ser reajustada de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Portanto, o aumento deve ser de 5,22%.
A agência estadual que cuida das concessões de rodovias (Artesp) vai calcular nos próximos dias os preços exatos das novas tarifas. Com o arredondamento, a tarifa pode passar a R$ 1,40.
Outras estradas que têm o aumento atrelado ao IPCA são a Ayrton Senna, Carvalho Pinto e Dom Pedro 1º.
Nas rodovias Anchieta/Imigrantes e Castello Branco, o aumento é calculado de acordo com outro índice de inflação, o IGP-M. Portanto, o aumento será de 4,19%, que é o índice acumulado nos últimos 12 meses.
No caminho para o litoral Sul, o motorista desembolsa hoje R$ 17,80 e, a partir de julho, terá que pagar R$ 18,50.
Castello Branco
Na Castello Branco, onde o pedágio agora é cobrado em todas as pistas, a prefeitura de Osasco chegou a conseguir liminar na justiça contra o fechamento de um acesso ao Rodoanel, localizado antes da praça de pedágio.
O acesso era utilizado pelos motoristas para acessar o Rodoanel ainda antes de pagar o pedágio da Castello, mas foi fechado pela concessionária ViaOeste. O vereador de Osasco, João Góis (PT), um dos organizadores do movimento anti-pedágio na região, diz que considera a situação irreversível. “É uma questão política, teria que mudar o governo para mudar a situação”, diz.
Góis lembrou que o recém inaugurado Trecho Sul do Rodoanel também terá cobrança de pedágio a partir do ano que vem. “Todas as vias que chegam ao Rodoanel são pedagiadas. Aí você chega ao Rodoanel e também paga”, protesta.
Tema está na agenda de pré-candidatos ao governo
Pré-candidatos ao governo do estado têm criticado a quantidade e o valor dos pedágios nas rodovias paulistas. O petista Aloizio Mercadante já disse que pretende rever critérios para a cobrança das tarifas, do que classifica como “abuso dos pedágios”.
Nesta semana, Paulo Skaf (PSB) propôs devolver aos usuários das rodovias o valor pago nos pedágios com descontos no Imposto de Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). “Na prática, hoje os preços dos pedágios são um absurdo, penalizam o usuário e é injusto, então nós temos que dar uma solução”, disse.

No já congestionado Trecho Oeste do Rodoanel, motorista paga atualmente R$ 1,30
11 de junho de 2010
Pedágio vai ficar mais caro nas rodovias estaduais
Os pedágio nas rodovias estaduais de São Paulo ficam mais caros a partir do dia 1º de julho. O reajuste será maior nas vias onde a concessão foi feita mais recentemente, como o Trecho Oeste do Rodoanel, que atravessa a região.
Na estrada, que interliga as rodovias Raposo Tavares, Regis Bittencourt, Castello Branco e Anhanguera/Bandeirantes, a taxa atual é de R$ 1,30 e deve ser reajustada de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Portanto, o aumento deve ser de 5,22%.
A agência estadual que cuida das concessões de rodovias (Artesp) vai calcular nos próximos dias os preços exatos das novas tarifas. Com o arredondamento, a tarifa pode passar a R$ 1,40.
Outras estradas que têm o aumento atrelado ao IPCA são a Ayrton Senna, Carvalho Pinto e Dom Pedro 1º.
Nas rodovias Anchieta/Imigrantes e Castello Branco, o aumento é calculado de acordo com outro índice de inflação, o IGP-M. Portanto, o aumento será de 4,19%, que é o índice acumulado nos últimos 12 meses.
No caminho para o litoral Sul, o motorista desembolsa hoje R$ 17,80 e, a partir de julho, terá que pagar R$ 18,50.
Castello Branco
Na Castello Branco, onde o pedágio agora é cobrado em todas as pistas, a prefeitura de Osasco chegou a conseguir liminar na justiça contra o fechamento de um acesso ao Rodoanel, localizado antes da praça de pedágio.
O acesso era utilizado pelos motoristas para acessar o Rodoanel ainda antes de pagar o pedágio da Castello, mas foi fechado pela concessionária ViaOeste. O vereador de Osasco, João Góis (PT), um dos organizadores do movimento anti-pedágio na região, diz que considera a situação irreversível. “É uma questão política, teria que mudar o governo para mudar a situação”, diz.
Góis lembrou que o recém inaugurado Trecho Sul do Rodoanel também terá cobrança de pedágio a partir do ano que vem. “Todas as vias que chegam ao Rodoanel são pedagiadas. Aí você chega ao Rodoanel e também paga”, protesta.
Tema está na agenda de pré-candidatos ao governo
Pré-candidatos ao governo do estado têm criticado a quantidade e o valor dos pedágios nas rodovias paulistas. O petista Aloizio Mercadante já disse que pretende rever critérios para a cobrança das tarifas, do que classifica como “abuso dos pedágios”.
Nesta semana, Paulo Skaf (PSB) propôs devolver aos usuários das rodovias o valor pago nos pedágios com descontos no Imposto de Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). “Na prática, hoje os preços dos pedágios são um absurdo, penalizam o usuário e é injusto, então nós temos que dar uma solução”, disse.
Como era de se esperar, ampliação da Marginal Tietê e Rodoanel não melhoram o trânsito!
Alívio na marginal Tietê não se reflete no trânsito da cidade
O alívio inicial no trânsito da marginal Tietê e da avenida dos Bandeirantes após a ampliação das pistas e a inauguração do trecho sul do Rodoanel não bastou para que a velocidade dos carros melhorasse no resto da cidade na hora do rush.
O alívio inicial no trânsito da marginal Tietê e da avenida dos Bandeirantes após a ampliação das pistas e a inauguração do trecho sul do Rodoanel não bastou para que a velocidade dos carros melhorasse no resto da cidade na hora do rush.
Ainda de acordo com o texto, relatório oficial da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) aponta que, em abril, primeiro mês com as duas novas obras, os veículos circularam em média a 29,37 km/h no pico da manhã e a 15,20 km/h no da tarde nas principais vias monitoradas da capital. O ritmo esteve até um pouquinho inferior ao de março, quando a velocidade na malha viária foi de 30,63 km/h e 16,11 km/h, respectivamente.
Especialistas avaliam que os impactos da Nova Marginal e do Rodoanel tendem a se limitar a alguns pontos. Eles acrescentam duas explicações: 1) a frota não para de crescer --há quase mil veículos a mais diariamente na cidade--; 2) com novo espaço viário, a demanda reprimida de viagens volta para as ruas.
Fonte: da redação, com Folha de S.Paulo
O alívio inicial no trânsito da marginal Tietê e da avenida dos Bandeirantes após a ampliação das pistas e a inauguração do trecho sul do Rodoanel não bastou para que a velocidade dos carros melhorasse no resto da cidade na hora do rush.
O alívio inicial no trânsito da marginal Tietê e da avenida dos Bandeirantes após a ampliação das pistas e a inauguração do trecho sul do Rodoanel não bastou para que a velocidade dos carros melhorasse no resto da cidade na hora do rush.
Ainda de acordo com o texto, relatório oficial da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) aponta que, em abril, primeiro mês com as duas novas obras, os veículos circularam em média a 29,37 km/h no pico da manhã e a 15,20 km/h no da tarde nas principais vias monitoradas da capital. O ritmo esteve até um pouquinho inferior ao de março, quando a velocidade na malha viária foi de 30,63 km/h e 16,11 km/h, respectivamente.
Especialistas avaliam que os impactos da Nova Marginal e do Rodoanel tendem a se limitar a alguns pontos. Eles acrescentam duas explicações: 1) a frota não para de crescer --há quase mil veículos a mais diariamente na cidade--; 2) com novo espaço viário, a demanda reprimida de viagens volta para as ruas.
Fonte: da redação, com Folha de S.Paulo
Sem sinalização, sem policiamento, sem telefonia celular, mas em breve o pedágio vai funcionar...Leia mais
Caminhoneiros pedem policiamento no Rodoanel
Fabiana Piasentin Do Diário OnLine
Dois meses após a abertura do Trecho Sul do Rodoanel Mário Covas, o temor com relação a assaltos atinge, sobretudo, a classe caminhoneira, uma das mais beneficiadas pela inauguração da rodovia.
Fabiana Piasentin Do Diário OnLine
Dois meses após a abertura do Trecho Sul do Rodoanel Mário Covas, o temor com relação a assaltos atinge, sobretudo, a classe caminhoneira, uma das mais beneficiadas pela inauguração da rodovia.
Quem pode acreditar na grande mentira da "Compensação Ambiental"
Meus caros,
Aproveitando as fotos e o protesto do colega Fabio Schunck, aproveito sua foto para ampliar ainda mais o que a imagem tenta dizer. (Em anexo)
A Eritrina da foto, bifurcada na base, jamais será uma árvore. Apesar de ser uma espécie altamente rústica e adaptável a solos pobres, a sobrevida da muda nos mostra que as condições as quais ela foi submetida no plantio foram as mais drásticas possíveis. Literalmente enterrada. Isso sem contar a procedência, já que a bifurcação na base, que inviabiliza a boa formação de copa, mostra como o viveiro trata sem critério as mudas para esta compensação.
O Instituto de Botânica diz que foram plantadas mais de 80% das mudas.
A pergunta que não quer calar é: ONDE ESTÂO AS MUDAS?
Quem souber de outras áreas "compensadas" por favor fotografem ou nos comuniquem, para que possamos acompanhar de perto este descaso com o meio ambiente.
Abraços,
Silvano - Projeto Mais Verde
"www.projetomaisverde.xpg.com.br"
Aproveitando as fotos e o protesto do colega Fabio Schunck, aproveito sua foto para ampliar ainda mais o que a imagem tenta dizer. (Em anexo)
A Eritrina da foto, bifurcada na base, jamais será uma árvore. Apesar de ser uma espécie altamente rústica e adaptável a solos pobres, a sobrevida da muda nos mostra que as condições as quais ela foi submetida no plantio foram as mais drásticas possíveis. Literalmente enterrada. Isso sem contar a procedência, já que a bifurcação na base, que inviabiliza a boa formação de copa, mostra como o viveiro trata sem critério as mudas para esta compensação.
O Instituto de Botânica diz que foram plantadas mais de 80% das mudas.
A pergunta que não quer calar é: ONDE ESTÂO AS MUDAS?
Quem souber de outras áreas "compensadas" por favor fotografem ou nos comuniquem, para que possamos acompanhar de perto este descaso com o meio ambiente.
Abraços,
Silvano - Projeto Mais Verde
"www.projetomaisverde.xpg.com.br"

sexta-feira, 4 de junho de 2010
Diretor do Dersa Paulo Vieira de Souza, que era investigado pela PF é exonerado!Leia mais
Como diretor de Engenharia do Dersa, Paulo Vieira de Souza, também conhecido pelo apelido de Paulo Preto, foi responsável pelas grandes obras viárias do governo de São Paulo nos últimos três anos. Seu trabalho lhe rendeu, em dezembro de 2009, o prêmio de profissional do ano do Instituto de Engenharia de São Paulo. Em 1º de abril deste ano, ele festejou a inauguração do trecho sul do Rodoanel. Oito dias depois, no entanto, foi demitido de seu cargo...
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