Caminhoneiros retornam à av. dos Bandeirantes
Folha de S.Paulo
Bastaram dez dias de teste para que o caminhoneiro Rogério Conrado, 32, desistisse de usar o trecho sul do Rodoanel nos 180 km entre Sumaré (interior de SP) e Cubatão (Baixada Santista).
A pista é boa, não há trânsito, mas o bolso pesou. "São 30 km a mais por dia e é R$ 1.000 mais caro por mês." Resultado: Conrado voltou para o caminho antigo, pela avenida dos Bandeirantes.
O caso do caminhoneiro não é o único. Boa parte dos caminhões que haviam deixado a Bandeirantes após a inauguração do trecho sul do Rodoanel, em 1º de abril, está de volta à avenida.
A reportagem constatou movimento 18% maior de caminhões na avenida em relação ao período pós-inauguração do Rodoanel. A comparação foi entre as 16h e as 17h, em duas segundas-feiras (5 de abril e anteontem). O fluxo ainda está longe, porém, do tráfego da época em que o trecho sul ainda não existia. Na ocasião, havia, em média, 30% mais caminhões.
É justamente o trânsito livre um dos atrativos dos caminhões para a Bandeirantes. "Aqui fica vazio. Só não ando pela Bandeirantes se ouvir no rádio que o trânsito está ruim", afirma Conrado.
O retorno dos caminhões, especialmente os pequenos, é percebido pelos próprios boletins diários da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Procurada, a companhia não comentou os dados.
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