Trecho Sul do Rodoanel completa um mês operando com má sinalização
Kelly Zucatelli Do Diário do Grande ABC
Após um mês de inaugurado, o Trecho Sul do Rodoanel Mário Covas ainda apresenta problemas de sinalização que causam dificuldades para os motoristas. No acesso à estrada não há placas que indiquem outras cidades da região, além de São Bernardo e Mauá. O motorista percorre inúmeros quilômetros para descobrir em que cidade está. Questionada, a Dersa (Desenvolvimento Rodoviário SA), empresa responsável pelas obras do Rodoanel, não respondeu sobre os problemas encontrados pela reportagem.
O Diário apontou à empresa que no percurso da região até a cidade turística de Embu, na Capital, faltam retornos. O primeiro aparece apenas na altura do km 69, em frente a um posto rodoviário, nas proximidades do Jardim Canaã, em São Bernardo. Os poucos retornos encontrados são operacionais.
Na viagem de aproximadamente duas horas, com saída de São Bernardo indo até a Rodovia Régis Bittencourt e para Mauá, não há nenhum telefone de socorro na estrada. O motorista que precisar de ajuda terá que contar com seu celular para ligar num número 0800 comunicado aos motoristas em placas.
Mas contar com o celular também não é algo fácil ao trafegar pelo Rodoanel. Na altura do km 51, quase na divisa entre a Capital e Itapecerica da Serra, os aparelhos costumam ficar sem sinal.
Retorno - O motorista do Grande ABC que tiver que voltar de Embu terá o desafio de descobrir onde estão as placas que indicam a Régis Bittencourt, assim como as cidades da região. Após passar por confusas bifurcações em Embu, placas improvisadas indicam a via.
Após andar mais alguns quilômetros, pode-se visualizar placas que orientam sentido Anchieta/Imigrantes, Mauá e Litoral. Nem São Bernardo e Santo André estão listados.
A Avenida Papa João XXIII só é identificada das imediações do km 70, mas a placa não comunica que a avenida fica em Mauá.
O aposentado José Marques Costa, 62 anos, de São Bernardo, tentou, mas desistiu de pegar o Rodoanel no fim de semana para voltar da casa do irmão, em Ibiúna. "Não encontrei nenhuma placa indicando o Grande ABC e nem as vias Anchieta e Imigrantes. Resolvi não arriscar e voltar pela Raposo Tavares", lamentou Costa.
O presidente do Setrans (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do ABC) Sallum Kalil Neto, disse que os empresários do setor estão satisfeitos com a alternativa que pretende economizar tempo no percurso. " Teremos que esperar por mais 60 dias para avaliar melhor", afirmou.
A CET (Companhia de Engenharia de Trânsito), que controla o trânsito da Capital, não fechou balanço sobre a diminuição do trânsito nas marginais e na Avenida dos Bandeirantes.
Trabalhadores reclamam de falta de pagamento de consórcio viário
Uma aglomeração de cerca de 200 trabalhadores do Consórcio SVM (Sistema Viário Metropolitano) na agência do Banco Real da Avenida Dom Pedro II, no bairro Jardim, em Santo André, chamou a atenção de quem passava no local ontem. Eles tentavam receber os salários, reclamando que os valores não haviam sido depositados em suas contas.
"O pagamento cai no dia 1º, e normalmente eles depositam antes, quando (a data) cai no fim de semana. Mas já puxei extrato, e até agora nada", disse um dos funcionários, que atua nas obras da Jacú Pêssego Sul e preferiu não se identificar. Casado, o morador de São Bernardo contou que estava precisando dos R$ 600 que ganha para quitar contas como aluguel e luz. "Toda vez é a mesma coisa. A gente vem e tem que ficar esperando. No mês passado, saí daqui às 19h. Faltam caixas, e meu cartão do banco não veio até agora", declarou outro trabalhador, há três meses no SVM.
O consórcio informou que o pagamento dos trabalhadores acontece "invariavelmente" no primeiro dia útil de cada mês, e que ontem estava disponível no banco. O Banco Real, do Grupo Santander, disse que vai apurar os fatos para garantir qualidade no atendimento. (Deborah Moreira)
domingo, 23 de maio de 2010
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