quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Sindicato quer que Dersa amplie debate sobre a obra

André Vieira Do Diário do Grande ABC
Preocupado com os inúmeros impactos da construção do Trecho Leste do Rodoanel Mário Covas, que passará por Mauá, Ribeirão Pires e outras quatro cidades, o Sasp (Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo), em carta aberta, pediu à Dersa (Desenvolvimento Rodoviário) que amplie o debate público sobre a obra.
Orçado em R$ 2,8 bilhões, o segmento terá extensão de 43,5 quilômetros. A previsão é de que os trabalhos tenham início em 2010 e término em 2012.
O receio da entidade se dá principalmente pelo fato de as pistas atravessarem faixa coberta por vegetação nativa, como em Ribeirão, inserida em área de manancial.
"O objetivo é de democratizar a informação, estendendo o debate, pois a construção do Rodoanel envolve o destino de muitas populações, são consequências, ambientais, de transito e de ordem econômica", afirmou a diretora do sindicato, Mariângela Portela da Silva.
Para a diretora, o debate precisa extrapolar a realização de audiências públicas. "Essa é uma das formas, mas não esgota. É um fórum oficial, mas é muito limitado como espaço de discussão."
Nos últimos dois meses, segundo o site da Dersa, foram realizadas sete audiências públicas para discutir a construção do trecho, sendo a última no dia 28. Procurada pelo Diário, a empresa informou que se posicionará hoje sobre o assunto.
Para prestar esclarecimentos à população impactada, a Dersa mantém postos itinerantes que oferecem acesso ao traçado da obra, informações sobre desapropriações e remoções, e consulta aos estudos ambientais.
Nas seis cidades percorridas pelo Trecho Leste, os postos instalados pela companhia atenderão em novos endereços.
Em Mauá, a unidade funcionará as terças na Avenida do Pilar Velho, 340; as quartas, sextas e sábados na Praça 22 de Novembro; e às quintas na Avenida Barão de Mauá, 2.612.
Em Ribeirão, o posto abre às terças, quintas e sábados na Rua do Comércio, 57; às quartas na Rua Capitão José Galo, 1915; e às sextas na esquina das ruas Maria do Figueiredo e Goiana.

Um comentário:

  1. Sou Gestora Ambiental e estudante de Ciências Biológicas e é triste o descaso vindo das autoridades para com os recursos naturais.A manipulação muitas vezes do relatório de impacto ambiental, chega a ser triste e vergonhoso o fato de como alguns colegas perdem o valor alterando o resultado do EIA/RIMA vezes por dinheiro ou por ceder a pressões.
    Ressalto que não são todos (felizmente) que se prestam a esse papel deprimente. Ainda há pessoas, seres humanos conscientes e profissionais de valor que sabem o que realmente está em jogo e não carregam sobre sí a responsabilidade, a vergonha de assinar um laudo como esse que está prestes a nos deixar órfãos de mais um pedaço da nossa RICA natureza.
    Não é dessa maneira que resolveremos os problemas de políticas públicas, os problemas de trânsito e habitacionais que sabemos que são ocasionados principalmente pelo crescimento populacional desenfreado.
    Mas ainda acredito na minha profissão, acredito em um Planeta sustentável e no valor verdadeiro das coisas, acredito em Deus e na Natureza e tenho, ainda que pouca, fé no homem. Mudaremos o rumo das coisas para às futuras gerações.
    Viviane

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