quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Concessionária do Trecho Sul do Rodoanel terá que construir o Trecho Leste e Norte.

PortalG1 - 12/08/09
Roney Domingos
Concessionária do trecho Sul do Rodoanel terá que construir Norte e Leste
Governo de SP quer que tudo esteja pronto em 2014.
Iniciativa privada deverá investir R$ 8 bilhões.
A concessionária que vencer a licitação para administrar o trecho Sul do Rodoanel Mário Covas, com inauguração prevista para março de 2010, terá que assumir também a construção dos trechos Norte e Leste da rodovia, disse na terça-feira (11/08) o secretário estadual de Transportes de São Paulo, Mauro Arce. "Quem pegar o Sul constrói o
Leste e o Norte", afirmou.
A construção dos trechos Norte e Leste deverá custar cerca de R$ 8 bilhões. Arce afirma que toda a obra deverá ser financiada com recursos privados, por meio de uma concessão simples, sem participação dos governos estadual e federal e sem constituição de parceria
público-privada.
Em troca do investimento, a concessionária que vencer a licitação terá o direito a explorar os pedágios nas três alças do rodoanel (Sul, Norte e Leste). Arce espera que a parte Leste esteja pronta em 2012 e a parte Norte em 2014.
O secretário afirmou que o governo estadual já trabalha no processo de audiências públicas e licenciamento ambiental dos dois trechos. Arce vive a expectativa de que o licenciamento dos trechos remanescentes seja mais fácil do que o do trecho Sul.
Ele descartou a possibilidade de o trecho Sul ser entregue em partes, antes de 27 março de 2010. A rodovia deve entrar em operação ainda sem praças de pedágio, por conta de questionamentos do Tribunal de Contas do Estado ao processo de licitação.
O trecho Oeste foi entregue em outubro de 2002 e interliga as rodovias Régis Bittencourt, Raposo Tavares, Castello Branco, Anhanguera e Bandeirantes. O trecho Sul ligará a Régis Bittencourt com as rodovias Anchieta e Imigrantes e com a Avenida Papa João XXIII, em Mauá, no ABC. O trecho Leste ligará a Papa João XXIII com a Rodovia Presidente Dutra, em Arujá. O trecho Norte ligará as rodovias Dutra e Fernão Dias à Bandeirantes.

A importância do Sistema Cantareira para a Grande São Paulo

Até o fim do século XIX o abastecimento de água em São Paulo era feito principalmente por meio da coleta direta em rios, córregos e fontes que brotavam nos declives das paisagens. Também eram utilizados poços e cisternas. Nas cidades existia a figura dos aguadeiros - pessoas que percorriam as ruas vendendo água. Os escravos também eram utilizados no serviço de coleta e transporte de água até as casas. Posteriormente, foram construídos chafarizes para abastecimento da população.
A higiene pessoal era feita nas casas de banho e para a maioria da população, especialmente os escravos e os pobres, nos banhos de rio. As necessidades fisiológicas se resolviam no mato e o esgotamento sanitário era depositado nos rios mais próximos.
O crescimento populacional na cidade fez com que o abastecimento de água se transformasse em um grave problema social e, em 1863, criou-se um projeto de distribuição de água na capital, o Sistema Cantareira. O projeto só foi executado alguns anos depois, pela Companhia Cantareira e Esgotos, que além de abastecer a cidade com água potável iria explorar também os seus serviços de esgotos, construindo, assim, dois grandes reservatórios de acumulação.
Quatro anos depois as obras foram concluídas e a distribuição de água era capaz de abastecer o equivalente ao dobro da população existente, que era de 30 mil habitantes.
Em 1878, iniciou-se a construção do reservatório velho da Consolação e, em 1882, alguns chafarizes da cidade já recebiam as águas do novo manancial. Em 1883, os moradores do bairro da Luz foram os primeiros beneficiários a ter água encanada.
No mesmo ano, foi entregue a primeira rede de esgotos e foi estabelecido - de acordo com o sistema americano de circulação contínua - que o despejo do esgoto no rio seria feito in natura, sem desinfecção prévia. Essa rede atendeu parte da área urbanizada da cidade, na região central.
Em 1893, a Companhia Cantareira é incorporada pelo Estado que, cria em seu lugar a Repartição de Água e Esgotos da Capital (RAE).
Assim, o Estado ampliou as aduções de água para abastecimento da Serra da Cantareira e, visando a captação e proteção das nascentes, adquiriu inúmeras áreas da região próxima, desapropriando várias fazendas na Serra, a partir do ano de 1890. Esta área compõe a superfície atual do Parque Estadual da Serra da Cantareira.
Hoje, o Sistema Cantareira é considerado um dos maiores do mundo. Sua área total tem aproximadamente 2.270 km², e abrange 12 municípios, sendo quatro deles no estado de Minas Gerais e oito em São Paulo (Bragança Paulista, Caieiras, Franco da Rocha, Joanópolis, Nazaré Paulista, Mairiporã, Piracaia e Vargem). É composto por cinco bacias hidrográficas e seis reservatórios interligados por túneis artificiais subterrâneos, canais e bombas, que produzem 33 m³/s, o que corresponde a quase metade de toda a água consumida pelos habitantes da Grande São Paulo.
Assim, a região do Sistema, que já foi predominantemente rural, passou por intensas mudanças desde a construção dos reservatórios, que juntamente com as rodovias que cortam a região, ajudaram a modificar a configuração socioeconômica dos municípios e, conseqüentemente, o meio ambiente como um todo.
Atualmente, a Região Metropolitana de São Paulo possui oito sistemas de abastecimento de água: Cantareira, Guarapiranga, Rio Claro, Alto Tietê, Rio Grande, Alto Cotia, Baixo Cotia e Ribeirão da Estiva.

sábado, 22 de agosto de 2009

Conheça algumas espécies que estão sendo afetadas pelas obras do Rodoanel

Um triste título; o nosso país é um dos campeões mundiais de destruição da Biodiversidade!

Ministério Público e Tribunal investigam contratados do Rodoanel

Por: Karen Marchetti* (karen@abcdmaior.com.br)
Com suspeita de irregularidade, MPF recomenda bloqueio de repasses federal ao trecho Sul do Rodoanel
O TCU (Tribunal de Contas da União) acionou o MPF (Ministério Público Federal de São Paulo) para apurar supostas irregularidades na execução de contratos das obras do trecho Sul do Rodoanel, que ligará Mauá e as rodovias Imigrantes e Anchieta à Regis Bittencord.
Os órgãos públicos apontaram indícios de anormalidade no pagamento de R$ 236 milhões a empreiteiras por serviços previstos, mas não realizados (7,2% do contrato) para os cinco lotes de construção e na execução de obras não previstas contratualmente, sem formalização de aditivo, da ordem de R$ 244 milhões.
Nesta quinta-feira (20/08), o Ministério Público Federal e o TCU se reuniram com a estatal paulista, Dersa (Desenvolvimento Rodoviário), responsável pelas obras e com o Dnit (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes) para debater um segundo aditivo contratual da obra, discutido entre a Dersa e as empreiteiras.
No encontro, o Ministério recomendou ao Departamento Nacional de Infra-Estrutura o bloqueio dos repasses de verbas federais para o trecho Sul. No relatório do TCU, aponta “irregularidades graves” na execução da principal obra do governo paulista. O MPF defende o bloqueio até o julgamento da obra pelo TCU.
“O MPF quer saber se os valores dos serviços complementares prestados pelas empreiteiras correspondem à realidade”, ressaltou, em nota, o procurador da República José Roberto Pimenta Oliveira, responsável pelo Inquérito Civil Público que apura a correta aplicação dos recursos federais no empreendimento.
Pelo novo regime, o critério de medição passou a ser feito por meio da medição dos avanços físicos, substituindo o critério anterior, realizado com base nas quantidades unitárias (metros, metros quadrados, quilômetros etc). Com a mudança, a medição quantitativa dos principais serviços prestados tornou-se inviável, impossibilitando calcular se os pagamentos efetuados refletem o que foi, efetivamente, projetado e executado.
Até o fechamento desta reportagem, a Dersa não respodeu aos questionamentos do ABCD Maior.
* Com informações da assessoria de imprensa do Ministério Público Federal de São Paulo

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Rodoanel vai custar R$ 500 milhões a mais

FOLHA DE S.PAULO – 20/08/2009
CATIA SEABRA
Com inauguração programada para o início do ano que vem, o trecho Sul do Rodoanel deverá custar cerca de R$ 500 milhões a mais do que o originalmente previsto, segundo estimativas do próprio governo de São Paulo.
Em recente discurso, o governador José Serra (PSDB) estimou em cerca de R$ 4,5 bilhões o custo total da obra, de 61,4 quilômetros, cálculo que supera em pelo menos meio bilhão de reais a previsão original do governo.
Segundo o secretário de Transportes, Mauro Arce, o contrato, assinado em 2006, previa inicialmente um gasto de R$ 2,5 bilhões na construção de cinco trechos de rodovia. As despesas adicionais, com remoções, desapropriação e meio-ambiente, não estavam incluídas no contrato. Mas a estimativa era de que somassem outro R$ 1,5 bilhão.
O governo ainda não precisou o custo total da obra. Mas Arce explica que a revisão de estimativa se deve a dois fatores: à correção inflacionária fixada no contrato, que é de 2005, e a intervenções que não estavam programadas.
Como exemplo, o secretário conta que a remoção e construção de duas escolas em São Bernardo do Campo não estavam nos planos do governo.
Além do preço, o governo está reavaliando o cronograma da obra.
No início do ano, a Dersa chegou a anunciar a antecipação da inauguração da obra. Pelo contrato, ele tem de estar pronta até dia 27 de março.
Mas o governo tinha como meta sua liberação ainda em novembro.
Ontem, ao apresentar programa de investimentos a um grupo de empresários, o secretário de Desenvolvimento, Geraldo Alckmin afirmou que o trecho sul vai ser entregue "no comecinho do ano".
Na tela, que Alckmin exibia em power point, a previsão de inauguração da obra era novembro de 2009.
Presidente da Dersa, Delson Amador, alega que o alto índice de chuvas registrado em julho frustrou a expectativa de inauguração ainda em novembro.
Segundo Amador, a obra estará praticamente concluída em novembro, mas detalhes ficarão para 2010. "Tivemos recorde de chuva em julho. Isso não é suficiente para atrasar uma obra, mas impede o seu adiantamento", justificou.
Na sua apresentação, Alckmin afirmou que os investimentos do Estado este ano chegarão a R$ 20,6 bilhões.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

São Paulo é a capital mais poluída do Brasil!

AFRA BALAZINA
da Agência Folha
Um estudo feito em seis capitais brasileiras revelou que nenhuma delas atende ao padrão da Organização Mundial de Saúde para poluição do ar. Segundo pesquisa do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da USP, São Paulo ainda é a capital mais poluída do Brasil, mas Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte e Recife não podem se orgulhar por terem ar limpo. Medições realizadas entre maio e julho deste ano mostram a situação desfavorável em todas elas. O estudo, obtido com exclusividade pela Folha, analisa o poluente material particulado fino (mistura de poeiras e fumaça). A principal fonte de emissão do poluente são os veículos. A OMS recomenda que a concentração de material particulado fino não ultrapasse os 10 microgramas por metro cúbico. Porém, a média foi demais de 20 microgramas por metro cúbico nessas capitais. Em São Paulo, chegou a 30. Recife, que foi a cidade que ultrapassou menos vezes o limite durante a pesquisa, teve média 12 --ainda um pouco acima do padrão. Segundo o patologista Paulo Saldiva, do laboratório de poluição da USP, a exposição de longo prazo a esse tipo de poluição está diretamente relacionada a mortes por doenças cardiovasculares e por bronquites crônicas. Mesmo em exposições de curta duração, as pessoas podem sentir efeitos da alta concentração do poluente: cansaço, tosse seca, irritação nos olhos, no nariz e na garganta. Foi o que aconteceu com o professor de química Elson Barros, 38. Sua camionete quebrou ontem no túnel Anhangabaú (centro de SP). Nos 15 minutos que ficou lá, sentiu dificuldades para respirar e ardor nos olhos. "Geralmente, quando passo nos túneis, fico de vidros fechados para não inspirar a fumaça toda." O professor não sabia que amanhã é o Dia Mundial Sem Carro, uma iniciativa para refletir sobre o excesso de veículos e suas conseqüências. Considera, porém, a idéia positiva. "Eu perco uma hora e meia em congestionamento todos os dias. A cidade fica infernal a partir das 18h." Junto com o dia sem carro, haverá também a Virada Esportiva na capital paulista --a população poderá se exercitar, participar de jogos e passeios ciclísticos em vários locais.
Falta de monitoramento
De acordo com André Ferreira, representante da Fundação Hewlett no Brasil, algumas capitais têm rede de monitoramento precárias ou falhas, o que impede o acompanhamento e a cobrança por medidas que amenizem o problema. "Recife sequer possui rede de monitoramento. Em Porto Alegre, o último dado disponível para o público é de 2002 e a média anual para material particulado mostrava que não atendia ao padrão", afirma. A pesquisa da USP foi encomendada pelo Ministério do Meio Ambiente e patrocinada pela Fundação Hewlett. Ontem, segundo medições da Cetesb (agência ambiental paulista), foi registrada má qualidade do ar na estação Nossa Senhora do Ó (zona norte de SP) --o que a deixou em estado de atenção. Nenhuma das estações automáticas do Estado registrou qualidade boa. A reportagem percorreu São Paulo ontem com um medidor portátil de material particulado fino. Até mesmo a região considerada menos poluída da cidade, a serra da Cantareira, ultrapassa o padrão da OMS. O equipamento foi emprestado do laboratório da USP. Segundo o engenheiro Paulo Afonso de André, responsável pelo instrumento, os ventos levam a poluição até para a área da Cantareira, na zona norte --mais alta e afastada do centro. "Nenhuma região de São Paulo está imune."

60% dos paulistas vivem em área saturada de poluição veicular











Fernanda Aranda
Carros e caminhões ajudam a formar ozônio; 1 em cada 7 cidades sofre consequências da alta concentração do gás
Mais da metade dos paulistas (seis em cada dez, aproximadamente) vive em cidades saturadas por ozônio (O3), um dos poluentes mais nocivos à saúde, resultante da mistura de três fatores: luz solar, baixa umidade e fumaça preta dos veículos. O levantamento foi feito pelo Estado, cruzando dados de um relatório da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) divulgado recentemente. Os resultados mostram que 94 municípios estão em situação alarmante e a mancha de poluição cobre até o interior.
A condição crítica para ozônio foi constatada não apenas na Grande São Paulo, como ao redor das áreas de São José dos Campos, Alto Tietê, Jundiaí, Piracicaba e Baixada Santista, incluindo municípios de pequeno porte como Pirapora do Bom Jesus e Paraibuna. "São Paulo é um Estado peculiar porque, quando falamos em interior, não estamos nos referindo a cidadezinhas, e sim a grandes núcleos urbanos", afirma Rudolf de Noronha, coordenador de Programas de Qualidade do Ar do Ministério do Meio Ambiente. "Até cidades que não têm uma frota tão grande acabam afetadas pela poluição veicular, tanto por causa da mobilidade de pessoas quanto pela ação dos ventos, que carregam os poluentes."
O ozônio é formado pela combinação dos gases hidrocarbonetos (HC) e óxidos de nitrogênio (NOx). Apesar das queimas de cana de açúcar e das indústrias serem consideradas importantes aliadas na formação de ozônio em regiões interioranas, lembra a Cetesb, as informações disponíveis sobre HC e NOx atestam que são os carros, motos e caminhões que respondem por mais da metade - em alguns casos 70% - da emissão.
A responsabilidade dos veículos automotores pode ser medida pelo aumento da frota em alguns locais. Os dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) mostram que nas regiões de Campinas, São José dos Campos, Piracicaba e Itu, todas afetadas pela densidade nociva de ozônio, o crescimento no número de automóveis foi ainda mais expressivo do que na própria capital. Enquanto a frota paulistana aumentou 7,1% entre 2007 e 2008, nessas outras cidades a média de aumento foi acima de 8,3% (em Itu, o acréscimo foi de 9,7%).
A Cetesb classifica como áreas com saturação séria ou severa de ozônio aquelas que nos últimos três anos tiveram concentrações máximas que superaram 200 mg por metro cúbico. Estão incluídos nessa categoria um em cada sete municípios de São Paulo. O médico Paulo Afonso de André - que já estudou os efeitos da poluição e do ozônio fora do eixo de São Paulo - ressalta que, apesar da porcentagem de cidades afetadas parecer pequena (14,57%), são esses locais que concentram o maior número de habitantes. Pelas estatísticas, 63% da população está nesses lugares. "Isso significa que são pessoas mais sujeitas a casos de câncer, envelhecimento precoce do pulmão e doenças respiratórias", alerta o coordenador do Laboratório de Poluição da USP, Paulo Saldiva.

domingo, 16 de agosto de 2009

Qual será o futuro dos nossos netos?Leia mais

Leonardo Boff
Olhando meus netos brincando no jardim, saltitando como cabritos, rolando no chão e subindo e descendo árvores surgem-me dois sentimentos. Um de inveja: já não posso fazer nada disso com as quatro próteses que tenho nos membros inferiores. E outra de preocupação: que mundo irão enfrentar dentro de alguns anos?

(Nada) Respeitável Público

Sábado, 1 de agosto de 2009, 07h36
Paulo Nassar De São Paulo
George Orwell escreveu em 1948 seu famoso "1984", ainda no clima das ideias e ações dos "ismos" dos ditadores da década entre 1930 e 1940, Stalin, Hitler e Mussolini. A ficção de Orwell narra um mundo administrado por meio de câmeras, que escondidas, olham as ruas e as casas, verificam minuciosamente o que acontece nas camas e nas mesas e alimentam de informações um Estado feroz, que invade a intimidade e a comensalidade de seus habitantes. As lentes governamentais procuram detectar os cidadãos que não se enquadram nos padrões estabelecidos para fazer de todos servidores do Estado.
Em 2009 chegamos ao "1984". Mas o toque de recolher não se realizou com o clarim, mas por um vírus com nome de senha, "Influenza A (H1N1)" e codinome de bicho. As recomendações inquestionáveis vêm de especialistas de jaleco branco, legitimadas por vastos currículos. As ordens secas, goela abaixo, explicitam as boas intenções, a responsabilidade social de quem quer salvar as crianças, os velhos, os obesos, os desavisados.
A comunicação, com tom de manual e linguagem didática, orienta a lavar as mãos muito bem várias vezes ao dia, ficar longe do outro, evitar os apertos de mãos e os beijos. As cidades se transformaram em grandes enfermarias e procura-se remediar a falência da estrutura e da política de saúde pública: hospitais sucateados e gestão sofrível, médicos e paramédicos mal-pagos, quase sempre humilhados e desqualificados na atividade de servidores públicos.
Em nosso "2090" como Orwell, a data invertida em razão da pressão de seus editores, a sociedade elege como inimigos a comida, o sexo, o afeto e a festa.
Mais higiene
Em São Paulo, a recente proibição da circulação de ônibus fretados, que transportam diariamente milhares de passageiros, tem a mesma cara da chamada "Lei Cidade Limpa" que, em 2007, proibiu a propaganda "fora das regras", nos outdoors, cartazes e placas na cidade. Medida higienizante.
A ordem municipal vem no embalo da promessa de avenidas e ruas mais fluidas e limpas para os carros particulares, que levam, na maioria dos casos, apenas um passageiro cada. E quer esconder a paralisia do Estado nas questões do transporte público e da mobilidade nas grandes cidades, em particular em São Paulo, onde sempre se privilegia o transporte individual, aquele que vende, aos milhões, carros e motocicletas, na política do "salve-se quem puder".
No mesmo tsunami de medidas sob medida para uma sociedade que adora medidas espetaculares e celebridades, o Estado paulista caminha para transformar em criminoso o fumante, que fica proibido de fumar em todos os lugares, menos na rua e dentro de sua própria casa, por enquanto.
Em uma sociedade de excessos, desequilíbrios e profundas contradições, velhas e novas doenças se alastram, os não-viciados se incomodam, as grandes manobras geram pequenas e localizadas riquezas e o autoritarismo comanda esse espetáculo.
Paulo Nassar é professor da Escola de Comunicações e Artes, da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Diretor-presidente da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (ABERJE). Autor de inúmeros livros, entre eles O que é Comunicação Empresarial, A Comunicação da Pequena Empresa, e Tudo é Comunicação.
Fale com Paulo Nassar: paulo_nassar@terra.com.br

Chuíça (*): política de transportes é um desastre!!!Leia mais

Um ônibus equivale a 35 carros. Menos na Chuiça ...

USP: Fragmentação da Mata Atlântica afeta biodiversidade


Da Agência Estado - 28/01/09
Estudos do Laboratório de Ecologia de Paisagens e Conservação (LEPaC) da Universidade de São Paulo (USP) comprovam o impacto do processo de fragmentação da mata atlântica na biodiversidade de anfíbios e répteis. Uma pesquisa publicada este mês na revista científica Biological Conservation comparou a diversidade genética dos sapos Rhinella ornata - uma das espécies mais comuns no Estado – encontrados em 15 fragmentos do bioma localizados no entorno da Reserva Florestal de Morro Grande, em Cotia (SP), a 35 quilômetros de São Paulo.
A pesquisadora Marianna Dixo instalou armadilhas na mata para capturar cerca de 270 animais e extrair amostras do seu material genético.
Depois cruzou os dados com características do lugar onde foram encontrados: tamanho do fragmento florestal e existência de corredores de vegetação ligando a outros trechos de mata.
O trabalho demonstrou que a diversidade genética está relacionada ao tamanho dos fragmentos. “Quanto maior é o hábitat, maior é a população (de animais) e, como consequência, há maior diversidade genética”, explica Marianna. O empobrecimento na diversidade dos genes pode aumentar o risco de extinção de uma espécie, pois diminui sua capacidade de adaptação a fatores ambientais adversos.

Obra do Rodoanel devasta 201 hectares de Mata Atlântica entre 2005 e 2008


De 2005 a 2008, foram desmatados 437 hectares na Grande SP.
Estado autorizou obras por entender que anel viário diminui poluição.
A ONG SOS Mata Atlântica e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais(Inpe) mediram 793 hectares desmatados nos últimos três anos nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Vitória, uma área equivalente a quase mil estádios do Morumbi. A devastação foi maior em São Paulo.
De 2005 a 2008, foram desmatados 437 hectares de vegetação, na Grande São Paulo. Esse número é nove vezes maior que no período de 2000 a 2005, quando o desmatamento registrado foi de 48 hectares. Quase metade da área foi desmatada recentemente: 201 hectares para a construção do Rodoanel. Isso foi aprovado pelas autoridades ambientais porque o anel viário, entre outras coisas, permite que os caminhões cortem caminho, rodando menos, queimando menos combustível, poluindo menos.
E, para compensar, o governo do estado se comprometeu a reflorestar outras áreas e criar quatro unidades de conservação. O maior vilão das matas de São Paulo é a ocupação irregular. E quem sofre são as áreas protegidas, que ainda conservam a vegetação nativa, como a Serra da Cantareira.

22 de setembro de 2009 - Dia Mundial Sem Carro

Pelo terceiro ano consecutivo, o Movimento Nossa São Paulo é um dos organizadores do Dia Mundial Sem Carro – comemorado sempre no dia 22 de setembro – e já começa a organizar as ações que marcarão a luta por um transporte público de qualidade, por menos poluição do ar, por respeito ao pedestre, por mais ciclovias, enfim, pela mobilidade urbana.
A data se tornou um marco importante para levar a sociedade a refletir sobre as soluções para melhorar a qualidade de vida nas cidades. O tema está cada vez mais presente no cotidiano dos paulistanos e a busca por um outro modelo possível de transporte é ainda mais urgente.
As atividades para o Dia Mundial Sem Carro 2009 começam já no próximo dia 25 de agosto, quando haverá um debate sobre o projeto de ampliação da Marginal Tietê.
No dia 21 de setembro, o foco será a má qualidade do ar. O seminário “O Impacto da Poluição na Saúde Pública” terá como tema principal os efeitos do diesel com alto teor de enxofre e as consequências do não-cumprimento da resolução 315/2002 do Conama, que previa a comercialização do combustível mais limpo a partir de janeiro deste ano.
Além dos debates, atividades nas ruas da cidade já estão sendo preparadas. A Vaga Viva (transformação de espaços de estacionamento na rua em local de convivência e práticas lúdicas) e o Desafio Intermodal (competição realizada entre vários modos de transporte para verificar quem é mais rápido, em horário de congestionamento, em um mesmo percurso) fazem parte da programação geral.
As ações estão sendo organizadas por um coletivo, proposto pelo Movimento Nossa São Paulo, formado por dezenas de organizações e centenas de pessoas que já se engajaram na campanha. A primeira reunião geral resultou na formação de quatro grupos de trabalho:Debates, Comunicação, Atividades e Articulação - que vão planejar as ações e a mobilização para a data e os dias que antecedem o 22 de setembro.
Agenda prévia de eventos:
21/9 - seminário O Impacto da Poluição na Saúde Pública, no auditório
da Faculdade de Medicina da USP
Realização: as entidades que fazem parte da coalizão
Programação:
9h00- O impacto do enxofre no diesel sobre a saúde pública – avaliação
do acordo judicial – Prof. Paulo Saldiva e convidado internacional
10h00 – comentários dos envolvidos –
-Empresas- Petrobrás, Anfavea, VW, Mercedes, Ford, Volvo, Scania
-Poder Executivo – Ministros e secretários municipais e estaduais da saúde e do meio ambiente, ANP
-Poder Legislativo – Presidentes das Comissões da saúde e do meio ambiente do Congresso Nacional
13h00 – Almoço (lanche) servido no local
14h00 – Medidas a serem anunciadas pela coalizão e pelo poder
judiciário

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Obra de alto impacto ambiental sobre a Mata Atlântica assim como o Rodoanel, tem sua Liçença negada em Minas Gerais

Obra de hidrelétrica em Aiuruoca, em Minas Gerais, não é autorizada;
Publicada em 03/08/2009 às 21h23m
Fábio Fabrini
BELO HORIZONTE - A polêmica construção de uma hidrelétrica em área de proteção ambiental, com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), teve o aval necessário para seguir adiante. O Conselho de Política Ambiental (Copam) de Minas Gerais se reuniu nesta segunda-feira e aprovou licença de implantação
para o empreendimento, que exigirá o corte de árvores e inundação em um santuário ecológico de Airuoca, no Sul do estado.
No entanto, a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas (Semad) negou a permissão, sob o argumento de que será necessária análise da legalidade do ato. O secretário da pasta, José Carlos Carvalho ,adiantou, por meio de sua assessoria de
imprensa, que não vai concedê-la. Ou seja, a obra não poderá ser realizada.
Reportagem publicada na edição de domingo do GLOBO mostrou a polêmica da construção da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) do município de Aiuruoca, no sul de Minas, orçada em R$ 80 milhões.
Na reunião desta segunda-feira, que durou quase cinco horas, em Varginha, sete conselheiros votaram contra e 12 a favor da licença.
Porém, a superintendente de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Sul de Minas, Valéria Cristina Rezende , disse que não poderia assiná-la, pois não há respaldo legal para a obra. Segundo os órgãos gestores da área, a lei brasileira não autoriza a retirada de mata atlântica em estágio médio de regeneração, como é o caso. Além disso, a usina ficará em faixa de amortecimento (espécie de cinturão verde) do Parque Estadual da Serra do Papagaio.
- Se assinasse a licença, poderia ser responsabilizada depois pelo Ministério Público.
É um fato inédito, ao menos no sul de Minas - justificou a superintendente. Caberá ao setor jurídico da secretaria analisar o assunto. A decisão final, a ser oficializada, é do secretário.
A Pequena Central Hidrelétrica (PCH) é um projeto da Empresa de Investimento em Energias Renováveis S.A. (Ersa), que pretende gerar 18 MW de potência no local e está na lista de investimentos do BNDES.
O Instituto Chico Mendes e os órgãos ambientais de Minas deram pareceres contrários a ela. Ainda assim, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a autorizou, considerando de utilidade pública, para fins de desapropriação, terreno de 69,9 hectares dentro da Área de
Preservação Ambiental (APA) da Mantiqueira e da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Cachoeira do Tombo.
Para a barragem sair do papel, seria necessário derrubar 13 hectares de mata atlântica e inundar mais 23 hectares justamente onde ficam as corredeiras do Rio Aiuruoca, usadas para a prática de rafting, tirolesa, canoagem e trekking, vitais para o turismo local. A Ersa
admite o prejuízo a esse mercado, mas promete gerar empregos de forma sustentável e plantar área maior que a desmatada. Foi esse o argumento dos conselheiros que aprovaram o empreendimento, alguns do segmento empresarial. O representante do Ministério Público, Bergson Cardoso Guimarães, disse que, além de trazer grandes impactos à biodiversidade na região, a decisão coloca em xeque o sistema de licenciamento em
Minas.
Representantes da comunidade prometem mover ação contra o resultado, se a licença sair:
- Estamos indignados. Atropelaram todos os pareceres e as leis. Se isso continuar, vamos entrar na Justiça - reclamou o presidente do Grupo Ecológico de Aiuruoca, Marcus Arantes.
A empresa divulgou nota, no início da noite, reiterando que tem por princípio investir em energias limpas, de fontes consideradas renováveis e que contribuem para a redução de emissões de gases de efeito estufa. E que a obra não trará dano à região.
LICENCIAMENTO AMBIENTAL ESTÁ SE TORNANDO UM MAR DE LAMA
Amigos, arrepiado, felicito a Superintendente Valéria, e antecipo meu voto de confiança na decisão do Secretário José Carlos Carvalho.Trata-se a meu ver de um caso inédito e alvissareiro, que deveria ser a regra, no que concerne à postura de Servidores do Estado
em função do interesse público, da moralidade e da Legalidade. Uma luz no fim do túnel em meio ao mar de lama que vem se tornando o licenciamento ambiental em Minas, deliberado em vários casos por agentes espúrios a serviço de corporações e interesses que se coligam, mesmo que o resultado desta coligação fraudulenta atente contra os princípios específicos de uma dada categoria. Exemplo? Alguns representantes da ABES e da Área da Agricultura e Silvicultura ou do Turismo votando a favor de atividades claramente degradadoras de recursos hídricos que são essenciais e pilares da sua própria atividade. Temos visto isso - e funcionários achacados por representantes da Federação das Indústrias, em cargos públicos, para não cumprirem seus atributos funcionais, em prol do licenciamento de atividades.Que o exemplo da Superintendente Valéria inspire seus
colegas no Sisema e em Municípios, que se vendem por muito pouco, e a realidade comece a mudar, para valer, assim nos poupando do desgaste do combate e da denúncia permanente dos energúmenos que com pose de"ambientalistas", vêm contaminando o aparelho público, por nós sustentado.(grifo nosso).
Gustavo T Gazzinelli ("gutgali@gmail.com")
Movimento pelas Serras e Águas de Minas

CAROS AMBIENTALISTAS E CIDADÃOS
Por todo o Brasil os LICENCIAMENTOS AMBIENTAIS, cuja função seria a de proteger a natureza, adequando as obras e empreendimentos à proteção da vida natural, está, cada vez mais, se tornando um MAR DE LAMA, fonte de corrupção, dinheiro fácil e dilapidação do meio ambiente. Tudo capitaneado pelo sistema político-partidário apodrecido que subjuga e manipula o capital da pior espécie.
Sabemos também que a sociedade brasileira está imóvel, passiva e não protege seu dinheiro pago em impostos da sanha dos roubadores. Pior para a sociedade e pior para o Brasil, onde as leis que funcionam são as que arrecadam ou multam. Sabemos que "só" email, reportagem e reclamações nas filas não adianta.
O RODOANEL SUL, foi um exemplo clássico de LICENCIAMENTO AMBIENTAL subordinado à dilapidação dos recursos do povo de S.Paulo e do Brasil, onde entre 1 e 2 bilhões foram jogados fora pelo aumento "inútil e destruidor da mata atlântica" pelo percurso que "passeou pela mata", conforme o documento "RODOANEL SUL-Estudo Denúncia Devastação e Recursos Desperdiçados.doc" distribuido na rede.
Hoje temos 3 poderes:1-O governo 2-Os órgãos subordinados ao governo e que tem uma função específica para exercer 3-O povo que paga aos dois.
O governo subjuga seus órgãos subordinados para fazer "sua vontade". O povo não quer ou não tem força para fiscalizar a aplicação de seus impostos.
Nota-se a quase ausência do Ministério Público e a impossibilidade de a sociedade representar diretamente no judiciário, ficando assim sem justiça, sem força e sem representatividade.
LICENCIAMENTO AMBIENTAL está se tornando um documento de legalização da destruição da natureza brasileira.
Sérgio Lisse Associação dos Amigos do Parque Central Santo André

Índios da São Paulo dizem que foram prejudicados pelo Rodoanel.Leia mais

As terras que serão concedidas às três comunidades guarani mbyá da capital paulista pela Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa) como compensação dos impactos da construção do Rodoanel Mário Covas são apenas uma solução temporária para os problemas enfrentados pelas comunidades. A avaliação é das lideranças indígenas das aldeias.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Marinho vistoria obras do Rodoanel e cobra Dersa.Leia mais

Para prefeito, impactos da obra são muito maiores do que o previsto
O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), vistoriou na manhã desta sexta-feira (07/08) as obras do trecho Sul do Rodoanel que cortam o Bairro Baraldi. Marinho ainda negocia com a Dersa, estatal responsável pela construção do anel viário, o valor da compensação ambiental e social que será fixado para a cidade. Para o prefeito, a vistoria foi necessária para que saber quais foram os reais impactos da obra e a resposta é categórica: "o Rodoanel interferiu muito mais em São Bernardo do que estava previsto no papel"...

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Rodoanel não alivia congestionamento no trânsito de SP

O gigantismo da cidade gera e induz seu tráfego, e o Rodoanel será de pequena valia contra este fato.Em farta propaganda o Rodoanel Mário Covas tem sido veiculado pelo Governo como uma forma de aliviar o tráfego caótico da cidade.“Banners”, “outdoors” e cartazes com logomarcas dos Governos Federal, do Estado de São Paulo e da DERSA pipocaram na região metropolitana, usando frases de efeito em textos como este: “Rodoanel Para tirar você do sufoco. Menos congestionamento, menos poluição”. Uma análise mais minuciosa do planejamento da obra revela que tal afirmação não reflete a verdade por inteiro, como você vai ver.Em texto gravado na CBN, em 9 de maio de 2001, às 9:30 hs, o próprio presidente da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) declarou que “o Rodoanel será de pequena valia, para aliviar o trânsito da cidade.Retirará apenas 13% do tráfego de passagem das marginais”.No entanto, também nas audiências públicas, – que a rigor deveriam funcionar como um canal para a voz do cidadão as informações chegam filtradas e róseas. Tipo propaganda. Do mesmo modo chegam às escolas e entidades comunitárias.
Nem tão eficiente assim a afirmação do Presidente da CET coincide com os estudos e análises desenvolvidos por especialistas a partir dos dados fornecidos pelo próprio Poder Público - Dados da Pesquisa de Origem-Destino/1977
Região Metropolitana de São Paulo, Síntese de Informações Domiciliares da Linha de Contorno.A observação atenta de mapas, gráficos e tabelas, permite concluir que o aglomerado urbano gera seu próprio tráfego e este é dominante. O gigantismo da cidade gera e induz este fenômeno.Portanto, o Rodoanel tem pouca incidência no aspecto crucial de aliviar o tráfego na malha viária existente e trazer solução para seus problemas. Tal observação também permite concluir que o transporte e locomoção da cidade estão lastreados numa equivocada política de privilégio do transporte privado em detrimento do público. Ignorou-se completamente o transporte sobre trilho, contrariando a evolução do sistema.
EFICIÊNCIA DO RODOANEL
Os dados da tabela a seguir resultam de análise produzida por técnicos, em 1998, e refletem a baixa eficiência do Rodoanel no alívio do tráfego da grande cidade.(Considerando que 100% dos veículos que não tenham por destino a Região Metropolitana de SP o utilizem )
Total de viagens/dia dentro da RMSP (A)
20.215.000,00
Total de viagens/dia na linha de contorno (B)
666.966, 00
Total max de viagens/dia no Rodoanel (C)
476. 364,00
Total max de caminhões/dia no Rodoanel (D)
77.731,00
(B/A)
3.30%
(C/A)
2.36%
(C/(A +B))
2.28%
(D/(A+B))
0.37%
Estudo revela que Rodoanel é inútil
O conceito foi formulado por uma das maiores autoridades em engenharia rodoviária do país em matéria publicada no jornal Diário Popular de 24 de junho de 1997 sob o título "Estudo mostra que o Rodoanel é inútil”:“O traçado do Rodoanel, uma das grandes obras prometidas pelo Governo do Estado, é equivocado e corre o risco de ficar ultrapassado antes mesmo de ser concluído".Esta é a conclusão de um estudo realizado pelo engenheiro e ex-presidente da DERSA, Luiz Célio Bottura, sobre a obra que está prometendo ser a válvula de escape para o trânsito caótico da cidade. "O traçado do Rodoanel apresenta erros básicos como a prioridade pelo trecho Oeste”, condena Bottura. Com mais de 20 páginas, o estudo "Trânsito Metropolitano – Coragem Política" feito por Bottura demonstra que, caso fique como está, o traçado do Rodoanel vai atingir uma parcela quase insignificante dos veículos que circulam diariamente pela cidade. Segundo ele, dos aproximadamente 400.000 veículos que trafegam todos os dias pela marginal do Tietê, apenas 384 caminhões que circulam nos horários de pico não têm vínculo com a Região Metropolitana. Ou seja, estão de passagem pela cidade. De acordo com Bottura, grande parte dos veículos que circulam pelas marginais, vindos principalmente de outros Estados, tem algum tipo de ligação com a Região Metropolitana. A maioria dos caminhões que infernizam os motoristas, por exemplo, entra na cidade para realizar entregas e não vai continuar passando apenas pelo Rodoanel. Para lograr maior eficiência, o traçado do Rodoanel deveria passar mais próximo ao centro urbano, mas aí, aumentaria o número de desapropriações, sustenta o engenheiro”.
A teoria dos "3 is"
Veja agora o que diz o professor Dr. Nicolau D. F. Gualda, chefe do Departamento de Engenharia de Transportes da EPUSP – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - em matéria publicada na Revista do Instituto de Engenharia, outubro de 98: “A integração
rodoviária será promovida pelo Rodoanel, mas e quanto a colaborar na redução do trânsito?" ... "É uma falácia dizer que o Rodoanel irá retirar congestionamentos das marginais porque o tráfego existe em três níveis: intrazona, tráfego de passagem e interzona". Segundo Gualda, o complexo viário poderá trazer muito mais problemas que
benefícios caso não se considerem as comunidades aos arredores do Rodoanel. Para o professor da Poli, é absurdo haver plano de transportes sem Plano Diretor. O processo de tomada de decisão, para Gualda, envolve a teoria que ele chama ‘3 is’: depende de incompetência, ignorância e interesse. A universidade não pode mudar o "interesse", mas sim reduzir a ignorância. E a incompetência, esta é resolvida com pessoas competentes, no lugar certo ", ele completa: As análises revelam e as maiores autoridades em transportes afirmam que, visto como solução para aliviar o trânsito da grande cidade, o Rodoanel não tem razão de ser.
Obsolescência planejada?
Ainda existe uma outra questão: segundo depoimento do Engenheiro Oliver Sales de Lima, do CDHU, publicado no jornal Diário Popular em 13 de agosto de 1990 (época da tentativa abortada de se construir a Via Perimetral), alguns estudos oficiais apontam a saturação do
tráfego de trechos do empreendimento em seis anos! Nesta lógica precisaríamos construir o RODO-1, depois o RODO-2, logo o RODO-3 e assim por diante. O modelo sob esta ótica não se sustenta. Vale a pergunta: por que investir bilhões em uma obra que estará obsoleta em poucos anos?
Degradação ambiental das grandes cidades
Se, de fato, for demonstrada a necessidade da construção do Rodoanel nos termos em que está sendo posto, será necessário esquadrinhar seu traçado inicial. Especialistas do porte do professor Aziz Ab’ Saber sustentam que o traçado marcadamente circular, herança de um
geometrismo primário, não se justifica (você pode conferir em seu livro "O Braço Oeste do Rodoanel - Uma Peritagem Não-governamental”. 1998. Instituto de Estudos Avançados – USP). Ao contrário, choca-se com a própria anatomia do terreno, já que a bacia sedimentar
quaternária do Tietê alonga-se no sentido Leste-Oeste. Preste atenção no seguinte: embora o atual governo do Estado queira minimizar a visão do impacto, o Rodoanel atropela o maciço da Cantareira ao Norte, áreas de abastecimento de água ao Sul e áreas de extrema fragilidade ambiental ao longo de todo o seu traçado.
Por isso é preciso que este traçado seja bem detalhado, estudando-se alternativas de menor custo e impacto social, como vias articuladas secundárias, vias expressas marginais (sem pedágio...) e o uso de rodovias e malha viária já existentes, como a D. Pedro, por exemplo. O planejamento do Rodoanel também deveria estar inserido no Plano Diretor de São Paulo e dos demais municípios onde o traçado se desenvolve, pois sua interferência será marcante e as conseqüências incontroláveis. A grande cidade cresce ainda mais e desordenadamente.
Nesse sentido, vale mencionar a advertência de Marc Dourojeanni, do Banco Mundial: "A necessidade de fixar limites ao crescimento das megalópoles é reconhecida em todo o Hemisfério Sul, porém as medidas concretas para atingir esta meta não estão claras". ... “Todos os políticos do Hemisfério Sul também reconhecem, que a ausência de planejamento em longo prazo é uma das causas maiores da degradação ambiental das grandes cidades. Planos existem, mas raramente são seguidos, mesmo por aqueles que os submetem. Projetos de desenvolvimento, devido à ausência desse planejamento geral,
Freqüentemente são de pequeno benefício”.
Jornal da Serra da Cantareira
Rodoanel Mário Covas Edição Especial - Rodoanel: conforto caro demais

Obras do Rodoanel prejudicam moradores em Itapecerica da Serra.Clique e assista!

TCU corta pagamento de obra ao mesmo Consórcio que atua no Rodoanel.Leia mais

TCU corta pagamento de obra no aeroporto de Guarulhos
O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou a suspensão do pagamento de R$ 70,9 milhões ao consórcio Queiroz Galvão/Constran/Serveng, responsável pela realização de obras de melhoria e ampliação do Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos. A decisão suspende de modo cautelar pagamentos derivados de um acordo judicial resultante da rescisão do contrato celebrado entre o consórcio e a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

Sindicato quer que Dersa amplie debate sobre a obra

André Vieira Do Diário do Grande ABC
Preocupado com os inúmeros impactos da construção do Trecho Leste do Rodoanel Mário Covas, que passará por Mauá, Ribeirão Pires e outras quatro cidades, o Sasp (Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo), em carta aberta, pediu à Dersa (Desenvolvimento Rodoviário) que amplie o debate público sobre a obra.
Orçado em R$ 2,8 bilhões, o segmento terá extensão de 43,5 quilômetros. A previsão é de que os trabalhos tenham início em 2010 e término em 2012.
O receio da entidade se dá principalmente pelo fato de as pistas atravessarem faixa coberta por vegetação nativa, como em Ribeirão, inserida em área de manancial.
"O objetivo é de democratizar a informação, estendendo o debate, pois a construção do Rodoanel envolve o destino de muitas populações, são consequências, ambientais, de transito e de ordem econômica", afirmou a diretora do sindicato, Mariângela Portela da Silva.
Para a diretora, o debate precisa extrapolar a realização de audiências públicas. "Essa é uma das formas, mas não esgota. É um fórum oficial, mas é muito limitado como espaço de discussão."
Nos últimos dois meses, segundo o site da Dersa, foram realizadas sete audiências públicas para discutir a construção do trecho, sendo a última no dia 28. Procurada pelo Diário, a empresa informou que se posicionará hoje sobre o assunto.
Para prestar esclarecimentos à população impactada, a Dersa mantém postos itinerantes que oferecem acesso ao traçado da obra, informações sobre desapropriações e remoções, e consulta aos estudos ambientais.
Nas seis cidades percorridas pelo Trecho Leste, os postos instalados pela companhia atenderão em novos endereços.
Em Mauá, a unidade funcionará as terças na Avenida do Pilar Velho, 340; as quartas, sextas e sábados na Praça 22 de Novembro; e às quintas na Avenida Barão de Mauá, 2.612.
Em Ribeirão, o posto abre às terças, quintas e sábados na Rua do Comércio, 57; às quartas na Rua Capitão José Galo, 1915; e às sextas na esquina das ruas Maria do Figueiredo e Goiana.

Clube de Campo continua apreensivo com Rodoanel

Kelly Zucatelli Do Diário do Grande ABC
Ao passo que as obras do trecho Sul do Roadoanel evoluem na região do Clube de Campo, em Santo André, os moradores vivem os percalços de estarem isolados da parte urbanizada do bairro.
Cerca de 160 famílias aguardam por uma decisão da empresa Dersa (Desenvolvimento Rodoviário) sobre serem ou não desapropriados. Por diversas vezes a concessionária responsável pela obra realizou avaliações dos imóveis para possíveis desapropriações, mas nada foi decidido.
O motivo de apreensão e medo de todos está na possibilidade de fechamento da Avenida Mico Leão Dourado, principal via de ligação entre as partes isolada e urbanizada do bairro. A Dersa garante que a via não será fechada.
Da sacada da casa do autônomo Francisco de Assis Casimiro, 31 anos, tem-se uma vista panorâmica da obra. "Moro aqui há seis anos. Achei que teria uma vida tranquila depois de trabalhar para ter minha casa, mas isso não aconteceu com a chegada dessa obra."
A Prefeitura de Santo André é favorável à desapropriação dos moradores, demolição das casas, retirada dos resíduos e reflorestamento da área, para que a mesma seja integrada ao Parque Natural do Pedroso. A administração aguarda posicionamento da Dersa e da Secretaria Estadual do Meio Ambiente. A Dersa ressaltou que as famílias não estão isoladas e que a questão da retirada depende de decisão do Ministério Público.

CPTM rejeita ceder áreas para Mauá.Leia mais

A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) negou nesta quarta-feira (06/08) o pedido de Mauá à cessão de terrenos para alargamento da avenida Rosa Kasinski. A proposta da Prefeitura foi enviada a Dersa para viabilizar as obras de extensão da avenida Papa João 23(Obras complementares para receber o trânsito do Rodoanel).A companhia argumentou que área irá servir para uma futura expansão da linha do trem.

Serra ofereceu apenas 10% do necessário para o pós-Rodoanel.Leia mais

O prefeito Marinho de São Bernardo do Campo,endurece com a Arrogante Dersa,e não assina o "convênio de cooperação".Enquanto isso o Dersa no trecho do Oratório-Jacú-Pêssego realiza reunião na igreja evangélica à "portas fechadas" para garantir a obediência das "ovelhas".Trazem até Perua Kombi com placa de Londrina para conduzir as pessoas para São Mateus ,para concluir o "acerto".Enquanto isso Mauá.................?

quarta-feira, 5 de agosto de 2009


Audiência Pública do Trecho Leste na Casa de Portugal


As "Barbies" do Dersa fazendo um lanchinho.Tanto em Arujá como na Casa de Portugal o
DERSA providenciou o transporte e o lanche para as pessoas que defenderam as obras do Rodoanel.

Para a socióloga Ana Maria Iverson encarregada pelo EIA/RIMA do Trecho Leste do Rodoanel, Árvore não produz água...

No circo montado pelo DERSA os palhaços somos nós!!!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Alguns depoimentos recebidos sobre as Audiências do Trecho Leste do Rodoanel

GOVERNO TUCANO NÃO EXPLICA
COMO SERÃO AS OBRAS DO RODOANEL
Tida como a maior obra em andamento do governo do estado, o Rodoanel ,conforme seu traçado proposto, irá passar em Suzano e em mais cinco cidades, Mauá, Ribeirão Pires, Poá, Itaquaquecetuba e Arujá.
Por ser uma obra que causará grandes impactos ambientais e sociais o seu licenciamento ambiental necessita de um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) por serem um instrumento da Política Nacional de Meio Ambiente e está regida pela Resolução CONAMA 01/86 .
As obras do Rodoanel também necessitam de audiências públicas um espaço para que a população que será diretamente afetada, possa expressar suas opiniões.Deveria ser assim, mas não foi.
As explicações dadas durante as audiências acontecidas nas seis cidades não foram capazes de convencer a população, ambientalistas e técnicos sobre o assunto sobre qual forma esta obra será executada.
Foram vários os questionamentos durante as audiências e, nem os técnicos responsáveis pelos estudos do EIA/RIMA e diretores do Dersa, empresa responsável pela execução da obra, souberam explicar de forma clara e objetiva quais seriam os impactos ambientais e sociais que a obra trará por onde pretendem passar
O que se viu nas audiências foi uma grande farsa ,onde os representantes do governo do estado apresentaram ,tentando convencer a todos presentes nas audiências, que a obra é técnica e ambientalmente correta.
O motivo que alegaram sobre a necessidade da obra foi apenas um, desafogar o transito na área central da capital. Porém, não souberam explicar qual a importância da obra em nossa região ,já que afetará diretamente grande área de mananciais (somos produtores de água para a capital), remanescentes de mata atlântica que abrigam diversas espécies da fauna e flora, afetando diversos produtores ,dificultando suas produções de alimentos e suas subsistências, além de expulsar os moradores de suas residências.
Se a obra for licenciada, o pior está para vir,pois está em jogo toda a fragilidade do ecossistema de nossa região. Passaremos por grandes modificações urbanas como isolamento de bairros e populações trazendo mais ocupações irregulares,aumento de áreas de inundação, comprometimento de abastecimento de água em nossa represa em função do deterioramento da Bacia do Rio Guaió, sem contar com o aumento da poluição sonora, do ar, do solo e danos a nossa qualidade de vida.
PAULO BARBOSA – Suzano

Boa tarde,
A Empresa Dersa nas Audiências Públicas de Arujá e São Paulo,apresentou um filme produzido com dinheiro público,onde as pessoas alegavam que o Dersa havia "dado moradias para eles e melhorado a sua condição de vida(São Bernardo do Campo -trecho Sul) do Rodoanel." A Dersa se encarregou de os levar até Arujá,e também a São Paulo com transporte fretado e o famoso lanche "Kit Dersa".Um desses lugares "doados" é justamente o Jardim das Oliveiras( São Bernardo do Campo,)que foi denunciado nas Audiências Pública de Arujá e São Paulo respectivamente como área contaminada e irregular.A matéria de Jornal abaixo comprova a denúncia que já havia sido denunciada pelo mesmo jornal anteriormente.
Cabe uma representação ao ministério público contra a Dersa por manipular as audiências públicas e abusar da dignidade das pessoas ?
Quem tiver acesso a promotora de São Bernardo pode consultá-la se há possibilidade para esse procedimento.
José Soares Rio Grande da Serra

DIÁRIO DO GRANDE ABC - terça-feira, 4 de agosto de 2009, 07:58
Ministério Público cobra decisão sobre Jardim das Oliveiras
André Vieira
O julgamento da ação no Ministério Público que pede o desfazimento do bairro Jardim das Oliveiras em São Bernardo do Campo, pode ser apreciado pela justiça antes da realização do estudo que deverá determinar o real grau de contaminação da região, irregularmente loteada em área de manancial que abrigou antigo lixão.
Interposto pelo MP no TJ (Tribunal de Justiça) em julho, um agravo de instrumento pede a revisão da decisão do juiz Gersino Donizete do Prado, da 7° Vara Civil de São Bernardo, de realizar a nova prospecção ambiental.
Publicado com exclusividade pelo Diário em outubro do ano passado, relatório da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) apontou que amostras colhidas no bairro detectaram a presença de benzeno, substância cancerígena, e de metais pesados no lençol freático.
A análise se baseou em relatórios do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) elaborados nos anos de 2004 e 2007. Na parte em que foram encontradas as maiores concentrações das substâncias nocivas estão cerca de 3.000 pessoas. Em todo o bairro, formado por cinco
loteamentos, estão distribuídos 12 mil moradores.
"O objetivo do recurso é que o Tribunal se manifeste sobre a necessidade de prosseguimento da prova pericial porque, para o MP, já existe prova suficiente para o julgamento da ação", afirmou a promotora Rosangela Staurenghi.
Por outro lado, Donizete do Prado entende que ainda faltam recursos para tomar uma decisão sobre a desocupação do bairro ou como deverá ser realizada a remediação dos danos ao meio ambiente. "Não tenho hoje todos os elementos para julgar. A real contaminação do bairro ainda não está clara", ponderou o juiz.
A apreciação final do recurso pelo TJ deverá ocorrer em 90 dias. Até lá segundo o MP, fica suspensa a determinação.
Segundo Gersino, a empresa que foi escolhida para realizar a prospecção está avaliando os custos para a realização serviço. A expectativa é de que os trabalhos consumam 180 dias e que fossem iniciados ainda em 2009.
Para Rosangela, o julgamento da ação não impede o estudo, uma vez que a Cetesb, em advertência, determinou que a Prefeitura de São Bernardo caracterize e dimensione a contaminação no Jardim das Oliveiras.

Tive a oportunidade de participar das Audiências Públicas do Trecho Leste do Rodoanel em Mauá, Ribeirão Pires, Suzano, Arujá e na Casa de Portugal em São Paulo, em todas pude verificar a preocupação e até mesmo a indignação dos moradores das cidades que serão atingidas e dos representantes das entidades ambientalistas, devido a maneira que as mesmas ocorreram.
Nas cidades não houve uma divulgação eficiente das audiências e também na apresentação do projeto do Trecho Leste e do EIA/RIMA, muitas dúvidas surgiram não sendo esclarecidas para a sociedade.
Isto sem contar nas várias pendências sócio ambientais que ficaram dos outros trechos, Oeste e Sul.
Um fato vergonhoso que pude presenciar foi que tanto na Audiência de Arujá como na de São Paulo, o DERSA forneceu transporte e também lanches para os moradores das áreas afetadas dos Trechos Oeste e Sul, onde na fala destas pessoas em defesa do Rodoanel a obra mais parecia ser de habitação e não de transporte.Estas pessoas foram usadas, não conhecendo seus próprios direitos, é esta democracia que queremos para o nosso país?
José Carlos Vieira Associação dos Amigos do Parque Central Santo André

PROSTITUIÇÃO DE MAUÁ
Hoje tive a oportunidade de participar de um evento em Mauá, município que receberá, caso licenciado, uma parte do Trecho Leste do RODOANEL.
Tenho participado das audiências públicas realizadas no Grande ABC (uma em Mauá e outra em Ribeirão Pires) e vem me preocupando a maneira com que as coisas são tratadas, com o objetivo de licenciar essa obra, como: “velocidade” e “questionamento da regularidade do processo”.
No caso de Mauá em específico, algumas preocupações emergentes surgem na minha inocente e humilde cabecinha oca, digo oca pois parece que só eu estou preocupado com isso, afinal, jovem se preocupa com coisas diferentes dos adultos né? Talvez preocupação à toa, boabagem...rs.
Minhas preocupações:
1) Mauá tem 20% do seu território em área de manancial, e o RODOANEL passará bem nessa área;
2) O volume de veículos na cidade aumentará cerca de 300%, ou seja, mais tráfego e mais emissões de gases poluentes;
3) O aumento excessivo de gases poluentes produzidos pelos veículos, num município que já recebe as contribuições do Pólo Petroquímico de Capuava (PQU). Teremos o monitoramento da qualidade do ar pela CETESB e isso resolverá o quê, depois do RODOANEL construído?;
4) O risco da Gruta Santa Luzia perder o olho d´água de uma das nascentes do Rio Tamanduateí, motivo de orgulho e referência histórica do município;
5) Desapropriação de cerca de 1.900 famílias só em um dos bairros, desprezando a topofilia (vínculo do ser humano com seu território de origem = identidade, história, cultura);
6) Preocupa-me a auto-estima desse povo recebendo mais uma “tranqueira” dessas, guela abaixo, mesmo com seu posicionamento contrário. Depois perguntarão o motivo de muitos mauaenses terem vergonha de dizer que moram na cidade, pois esse RODOANEL não ajudará Mauá em nada!
Considerando os itens acima, considero que Mauá será realmente PROSTITUÍDA (essa palavra está me ajudando a esclarecer muitas coisas que acontecem na região do Grande ABC, Estado e país) pelo Governo Estadual e sua amante, “D. Dersa”, servindo de trampolim eleitoral para um dos candidatos à presidência, o mais novo ditador, José Serra!
Em Ribeirão Pires a coisa talvez seja bem mais grave, até porque está localizada em área 100% manancial, mas é conteúdo pra outro texto, pois a promotora do Ministério Público Estadual já sintetizou tudo o que penso sobre essa obra no município, mas utilizando embasamento técnico e legal pra mostrar a “palhaçada” que está sendo feita!
PROSTITUIÇÃO = 4. por ex uso degradante de qualquer coisa. (Fonte: Minidicionário Soares Amora).
Bandana®
(13/06/2009)

domingo, 2 de agosto de 2009

Mais um refexo da falta de investimentos em transporte público

PM de São Paulo reprime manifestação pacífica que defendia o transporte fretado

Imagens da destruição da arborização na Marginal do Tietê

Provérbio Brasileiro: "A COMPENSAÇÃO AMBIENTAL DE HOJE SERÁ DESTRUÍDA AMANHÃ"

Matando uma Árvore Secular!

Árvore que não foi poupada para a construção da Freeway do Serra
Assim como esta inúmeras outras árvores também foram destruídas,demonstrando mais uma vez este enorme equívoco, cada vez menos se investe em tranporte público e sim em obras como o Rodoanel e a ampliação das pistas da Marginal Tietê.Isto é que estamos assistindo é progresso?Tudo realizado com os avais das Secretarias Municipal e Estadual do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo.

sábado, 1 de agosto de 2009

DERSA trata com descaso os afetados pelas obras do RODOANEL.Leia mais

Moradores afimam que obras do Rodoanel causaram problemas na estrutura dos imóveis...








José Antonio do Nascimento mostra reparo parcial realizado pelo DERSA.
Foto:Antonio Ledes