terça-feira, 23 de novembro de 2010

Empresas alegam que pressa aumentou custos do Rodoanel

Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, publicada nesta quinta-feira (28), as empreiteiras responsáveis pelo trecho sul do Rodoanel, inaugurado em abril, afirmaram que o aumento do custo da obra foi causado pela cobrança da empresa estatal Dersa para entregá-la antes do candidato José Serra deixar o governo do Estado e se lançar candidato à presidência da República pelo PSDB. De acordo com o jornal, "esse é um dos principais argumentos utilizados pelas construtoras para reivindicar da Dersa pagamentos extras que superam R$ 180 milhões".
O jornal informa ainda que as obras do trecho sul do Rodoanel já contabilizam R$ 3,3 bilhões e as empresas que participaram da obra afirmam que a pressa para sua conclusão fez com que fosse alterado o projeto original de terraplanagem da construção. Por causa disso, os gastos em novos materiais, maior quantidade de caminhões e de funcionários acabaram extrapolando a previsão inicial.
Ainda de acordo com a Folha de S. Paulo, o secretário dos Transportes do Estado de São Paulo, Mauro Arce, afirmou que as reivindicações das empreiteiras serão avaliadas, mas disse que a entrega da obra em abril era uma obrigação contratual.
O consórcio Arcosul (Odebrecht/Constran), um dos responsáveis pela obra, alegou que o atraso e os custos acima do previsto foram gerados devido às "chuvas excessivas" em 2009. Os demais consórcios não falaram com a reportagem do jornal.
Segundo a Folha de S. Paulo, quem negociava com as construtoras responsáveis pela obra era o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto e que ganhou projeção após ser mencionado pela candidata Dilma Rousseff (PT) em debate promovido pela Rede Bandeirantes no início do mês.
A petista citou uma reportagem da revista Isto é, de agosto, em que o engenheiro da Dersa foi acusado de ter arrecado e desviado R$ 4 milhões da campanha de Serra. Paulo Preto e os dirigentes tucanos negam qualquer irregularidade.

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