Consórcio quer saber o impacto do Rodoanel Sul
Por: Carol Scorce (carol@abcdmaior.com.br)
Comissão será criada para inspecionar compensações ambientais
O Subcomitê de Bacias do Consórcio Intermunicipal vai criar uma comissão especial para inspecionar as compensações ambientais do Rodoanel Mário Covas no ABCD. O subcomitê pretende também concluir no prazo de um mês relatório que aponta quais ações firmadas em contrato entre as prefeituras e a Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.) estão de fato sendo executadas, e o que poderá ser renegociado com o governo do Estado.
A medida é consequência do consenso de integrantes das prefeituras e também da sociedade civil e de ONGs (Organizações Não Governamentais) de que as compensações não estão ocorrendo como combinado, e que a Região, no final das contas, sai perdendo.
De acordo com o coordenador técnico de planejamento e gestão do Subcomitê e também secretário de Meio Ambiente de Mauá, Sérgio Afonso Pereira, mesmo sem o relatório pronto já é possível observar que há um descompasso da Dersa entre as atenções dadas à finalização das obras do trecho Sul do Rodoanel e as ações de mitigação dos impactos ambientais da mesma.
“A Dersa segue leis federais que não permitem o replantio de mudas em áreas urbanas. Para que as mudas destinadas às compensações sejam plantadas, é exigido que as Prefeituras destinem grandes áreas, recriando pequenas florestas. Essas áreas estão escassas na Região, e estamos observando que, por isso, todo planejamento de compensação está sendo deixado de lado”, disse Pereira.
Em Mauá, por exemplo, as compensações acordadas são o replantio de 97 mil mudas e a construção e manutenção de um viveiro. No entanto, além do problema com a falta de áreas para o replantio, a Dersa não disponibilizou o criadouro de sementes para a Prefeitura, inviabilizou o treinamento de funcionários e respectivas contratações, e não deu seguimento à construção da estufa, itens mínimos para o funcionamento do criadouro de plantas.
No início deste mês, o subcomitê recebeu da Dersa relatório do que já foi feito no ABCD. As informações serão cruzadas com as pesquisas feitas pela entidade e, posteriormente, checadas pelos trabalhos de campo. “Queremos garantir que a Região não será prejudicada. Não somos nós que temos de pagar essa conta, e sim o governo do Estado.”
domingo, 28 de março de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário