terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Trecho Sul do Rodoanel pode tirar empresas do Grande ABC

Trecho Sul do Rodoanel pode tirar empresas do Grande ABC
Pedro Souza Do Diário do Grande ABC
Com previsão de entrega para março de 2010, o Trecho Sul do Rodoanel, que terá acessos em São Bernardo e Mauá, pode prejudicar, em parte, a economia do Grande ABC. Com o sistema viário, as empresas da região poderiam migrar às cidades de Embu das Artes e Itapecerica da Serra, por incentivos fiscais e facilidades para chegar ao Interior.
"Tenho receio que os investimentos na região diminuam", ressaltou o diretor do escritório de São Bernardo do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Mauro Miaguti. Sem dar nomes aos bois, ele afirma saber de empresários, dos setores de autopeças, químico e gráfico, que têm a intenção de trocar o Grande ABC por Embu e Itapecerica.
Além da questão do incentivo fiscal, Miaguti diz que as duas cidades atraem os empresários com terrenos mais baratos e a facilidade de acesso para o interior paulista e Porto de Santos.
Em Embu, a entrada do empreendimento rodoviário é ligada à Rodovia Régis Bittencourt, uma das principais vias ao Interior. A Rodovia Raposo Tavares também está próxima, já que o Trecho Oeste tem acesso à via e será ligado ao empreendimento que passa pelo Grande ABC.
Embu e Itapecerica são protegidas por leis ambientais, pois a região é de mananciais. Em Itapecerica, a Secretaria de Comunicação informou que não existe incentivo fiscal para empresas e as leis ambientais dificultam a instalação de indústrias na cidade.
Por outro lado, em Embu existe a desoneração como atratividade. Empresários interessados, e que se encaixem nos padrões exigidos pelo Executivo municipal, podem ter até 100% de isenção do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e ISS (Imposto Sobre Serviços).
Segundo o secretário de Administração de Embu, José Roberto Jorge, a abertura de estabelecimento na cidade necessita de aprovação de comissão formada por políticos locais.
"É necessário que a companhia gere número considerável de empregos locais e receita ao município. Também deve se encaixar dentro das leis de proteção ambiental", explica Jorge.
Ele lembra que a Giroflex, empresa de mobiliários de escritório, instalou unidade em Embu. "Mas teve isenção por um ano apenas. Haverá nova avaliação", completa.
PROCURA - A Prefeitura de São Bernardo, por meio de nota da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo, informou que existe interesse de várias companhias do setor de logística para abrir unidades na cidade. Na contramão, a secretaria lembrou que a Makita, fabricante de ferramentas, deixou o município recentemente.
Conforme a Lei Municipal número 5.570, companhias têm isenção de alguns tributos contanto que deem contrapartidas, como investimento em recuperação ambiental.
Companhias esperam término da obra para decidir instalação
Em junho, a montadora de motocicletas Haobao anunciou que transferiria seu departamento comercial, centro técnico e o departamento de peças do Amazonas ao Grande ABC. Os planos mudaram.
Conforme havia informado o diretor comercial da empresa, Mauro Angeli, o escoamento das peças ao Porto de Santos por meio do Trecho Sul do Rodoanel ajudou na decisão da transferência. "Mas mudamos de decisão. Estamos prospectando um local em São Paulo", afirma.
Ele argumenta que desta maneira, a unidade estaria mais próxima do principal centro comercial do País e dos acessos tanto ao Porto de Santos, quanto ao Interior.
Por outro lado, a ColgatePalmolive continua com planos contando com o anel viário. A empresa terá um centro de distribuição na região. Segundo a responsável pela obra, Bracor Investimentos Imobiliários, por nota, a unidade será entregue dentro do prazo previsto pelo contrato, que é até março de 2010.
O empreendimento está em construção em São Bernardo, no km 27 da Rodovia dos Imigrantes.

11 comentários:

  1. leoncio de albuquerque16 de fevereiro de 2010 às 11:38

    muito me espanta,este ato mesquinho,de um diretor da Ciesp,sr Mauro Miaguti.so lembramos que enquanto o ABC vivia o auge dos anos 70 e 80 , nós de EMBU-GUAÇU,não tinhamos nem onibus para o metro,e continuamos a merce de grandes industrias para ca.voces do abc ja faturaram muito ja.sr Mauro Miaguti, dÊ chances a nos .vamos pensar grande.

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  2. 1- Sempre que temos obras de grande porte derrubando milhares de quilômetros quadrados de matas nativas, aparecem os "ambientaoportunistas". Por que essa turma não vai impedir a criação de favelas nos morros? Fiquem de plantão lá! Chamen a polícia ambiental quando aparecer o primeiro barraco!
    2- O grande ABC teme a evasão de empresas devido aos incentivos fiscais? Ofereçam os mesmos incentivos, seus G A N A N C I O S O S! A população - não, os eleitores agradecem!
    3- Todos falam do grande número de veículos que rodam no Estado de São Paulo sem pagamento do IPVA; da legião de "Gersons" que registra o carro em outro estado com cobrança mais modesta do valor do imposto. Ninguém fala do absurdo que é o valor do imposto em São Paulo! O que há com a mídia no Brasil? É toda comprada pelo Governo? Por que não há protesto contra esta e todas as roubalheiras? O brasileiro é um frouxo, mesmo! A C O R D A, brasileiro! Se nada for feito, não haverá futuro para nossos filhos, não importa quanto dinheiro você tenha não haverá onde ir, no que gastar!

    Ulisses

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  3. Caros,

    É uma das coisas mais estúpidas que já li sobre o Rodoanel. Coisa de empresário atrasado, do século retrasado. Eles preferem prejudicar a vida dos habitantes das cidades do que tornar suas empresas eficientes.

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  4. Já é comum alguem do ABC ir trabalhar no EMBU ou Guarulhos.
    Reduzindo a atividade industrial, cai a poluição dos mananciais, cai o boom imobiliario que gera o caos e deve aumentar sim a violencia se a população sem qualifgicação não migrar para outras regioes e manter altas taxas de fecundidade.
    Vale lembrar que o governo poderá declarar guerra fiscal e manter tudo como está.]
    Vale lembrar que o PT governa na região.

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  5. A min indiguinação fica por que uma obra que vai dividir a cidade de Itapecica ao meio não tera nenhum ascesso a os abitantes da mesma.

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  6. Princesinha de Garanhuns1 de abril de 2010 às 17:20

    Parabéns pela isenção do blog.A "menas" que eu não saiba de nada(ops alguém já falou isso na" História deste PAÍS")

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  7. A verdade é que muitos políticos preguiçosos e acomodados, estão incomodados porque a concorr
    ência de quem é mais eficiente fala mais alto.
    Que as empresas se mudem mesmo!!!
    Ainda bem que a ditadura acabou, assim vale o que melhor prá maioria, e não o grupinho de burgueses acomodados!
    marcos

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  8. nao deveria ter porra nenhuma na cidade de são paulo. deveria ter 300 km de congestionamento todo dia

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  9. Ambienta oportunista?? Estudo urbanismo, mas tenho ciência de que uma obra dessa é realmente prejudicial ao meio ambiente e que atrairá população para áreas de manciais. PARA QUEM NÃO SABE, ISSO PODE CONTAMINAR TODA A ÁGUA QUE BOA PARTE DA POPULAÇÃO CONSOME. O governo terá que adotar medidas severas p/ preservar isso.
    Vale lembrar que a obra também beneficia e muito o Estado como um todo.
    Empresas migrarem? Isso infelizmente acontecerá e não se trata de um ato egoísta querer que elas permaneçam no ABC. Sua mudança para outras cidades aumentará o no. de empregos na região, mas quantas pessoas perderam seus empregos para isso? Perderam seus empregos não apenas nas industrias que migraram, mas também no comércio e em outros locais já que a economia se desestabiliza como um todo.
    É muito mais complexo do que muitos podem imaginar.

    Juliane - Estudante de Engenharia Ambiental e Urbana

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  10. A Zona Sul de São Paulo está isolada! Caminhões que saem da Castelo Branco não podem pegar a Marginal Pinheiros; não há como entrar nesta região; porque o estúpido do Kassab ordenou a proibição da circulação até as 5:00 da manhã, e agora para completar o caos, a empresa que gere a Castelo Branco proibiu caminhões na Rodovia de Domingo das 14:00 hrs até a 1:00 da manhã de 2af.
    Resultado que as cidades vizinhas a Oeste(Itapecerica, Taboão, Embu e Embuguaçu) que estavam recebendo este fluxo como rota alternativa para acesso a Zona Sul, tambem estão proibidos.
    Pergunto:Devemos inundar a cidade com VUCS? Cada caminhão de 14 Ton.(truck) traz 2,5 a 3 vezes o que um truck trás, mas ocupam 60% do espaço que 3 vucs um atras do outro ocupam, alem de que haverão milhares destes caminhõeszinhos a mais pela cidade.
    O frete, aumentará 150% nos produtos básicos, e pergunto se o povo ficará feliz com isso...
    Prefeito Kassab proibiu e não deu alternativas viárias, apenas disse troquem o caminhão grande por pequenos...coisa de gente dsinformada mesmo.
    A Zona Sul de Sã Paulo passará por 2 possiveis situações; ou um colapso no abastecimento por falta de alternativa de entregas, ou uma greve monstro de caminhoneiros no Rodoanel, exigindo que criem saidas de acesso dele para a Zona Sul urgentemente.
    Como nossos governates não dão a menor pelota até que a bomba estoure, qualquer uma das duas seria horrivel, mas desabastecer a cidade vai gerar um aumento de preços brutal.
    Se eu fosse caminhoneiro, parava o Rodoanel dia sim dia não, aí os caras iriam se mexer.
    O Rodoanel veio prejudicar todos os motoristas que entram em São Paulo para entregar na Zona Sul, nem todos que saem da Castelo Branco vão para o porto de Santos, e isto o estúpido do Kassab não quer ver, porque saber ele sabe.

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  11. Rodoanel, fonte de mais corrupção. O governo constroi e dá pra uns explorarem de graça.
    E com dinheiro do povo, que quando usar tem que pagar mais um pedagio.

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